Brasília Agora


COLUNAS

AGORA-DF

23 de julho, 2021

A polêmica do Museu da Bíblia ​A polêmica em torno da construção do Museu da Bíblia no meio do Eixo Monumental chama atenção por dois pontos: […]

AGORA-DF

A polêmica do Museu da Bíblia

​A polêmica em torno da construção do Museu da Bíblia no meio do Eixo Monumental chama atenção por dois pontos: o descompromisso da bancada evangélica, que se esconde das críticas, e o preconceito da mídia. O que está sendo construído é um museu e não um templo. A Secretaria de Cultura está contratando os melhores especialistas em museologia para fazer do local um ponto de atração turística, como é hoje, por exemplo, o templo da LBV e a própria Catedral de Brasília.

Preconceito puro e simples

​Há quem acredite que seja simplesmente um preconceito contra as igrejas evangélicas, se esquecendo que a Bíblia é o livro seminal dos cristãos – inclusive os católicos. Não se ouve protesto de ninguém pelo fato da Catedral ter sido entregue, sem qualquer custo, para a Cúria Metropolitana. Mesmo caso da Igrejinha da 107 sul, da Ermida D. Bosco e da Igreja D. Bosco, na 502 Sul. Também não houve protesto quando foi erguida a igreja Rainha da Paz, católica, bem no meio do Eixo Monumental.

Templo era provisório

​Aliás, a Rainha da Paz é uma construção precária que virou permanente. Ela foi erguida quando o Oratório do Soldado, do Setor Militar Urbano, foi fechada para uma reforma e foi ficando, ficando, até se tornar permanente. Agora tem até fama de milagrosa – todo dia 23, em qualquer mês, o templo fica lotado de fiéis em busca de cura.

Falta tolerância

​O secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, deu um nó em alguns jornalistas que contestam a construção do Museu da Bíblia. “Se fosse museu das religiões afro-brasileiras haveria protesto ou aplauso? É preciso que a sociedade seja mais tolerante nesses casos. Eu garanto que teremos um museu da melhor qualidade”, afirmou.

É bom falar menos

Nos eventos mais recentes do Governo do Distrito Federal aumentou o número de parlamentares no dispositivo principal, o que demonstra a força da base aliada e a vontade de muitos aparecer e ganhar uns votinhos. Por outro lado, alguns deputados, sedentos por falar, estão sendo avisados que as falas devem ser curtas, já que muitos não seguem uma frase repetida pelo governador: “Fale alto para ser ouvido, direto para ser entendido e pouco para ser aplaudido”.

Barrado no baile

Algumas vezes, o staff do GDF pisa na bola. Durante o lançamento da obra do viaduto do Sudoeste, o deputado Reginaldo Sardinha soube que o nome dele não estava entre os que subiriam no palanque principal e foi embora, revoltado com a situação, sem participar do evento. Nas suas redes sociais, no entanto, o deputado não reclamou do governo e destacou a importância da obra.

Morde e assopra

O presidente da Codhab, Wellington Luiz, está entre tapas e beijos com o Bispo Renato Andrade, administrador regional de Taguatinga, num evento recente, quando foi anunciada a regularização do Setor Primavera. Wellingtondisse que ele gostava do Bispo, mas que o Bispo não gostava dele. Mas não perdeu a oportunidades de elogiá-lo como administrador

Vice trabalhador

O deputado distrital Rodrigo Delmasso tem ressaltado a importância do vice-governador, atualmente governador em exercício, Paco Brito, nas ações do Governo do Distrito Federal. Ao contrário de governos anteriores, segundo o deputado, quando os vices queriam trabalhar, mas eram vítimas do ciúme dos titulares, Paco tem liberdade para agir e aproveita essa confiança do governador nele para ter ação efetiva, segundo o parlamentar.

 

[email protected]