Com os SUVs cada vez mais presentes nas garagens das famílias brasileiras, a Chevrolet Spin ainda resiste como a principal opção para quem precisa de um veículo de sete lugares
Lançada no mercado brasileiro há oito anos, a minivan chegou recentemente à linha 2021 com algumas novidades (e mais cara), mas será que ela compensa o investimento?
Não foi desta vez que a Spin trocou o veterano motor 1.8 aspirado por um moderno propulsor turbinado ou passou a oferecer airbags laterais e de cortina. No entanto, todas as versões agora são equipadas de série com assistente de partida em rampa e controles de estabilidade e tração.
A minivan ganhou também o alerta de não afivelamento do cinto de segurança do passageiro dianteiro e painel de instrumentos com grafismo do velocímetro atualizado para mais condizentes 180 km/h. A partir da versão LT automática, a Spin já conta com controle de cruzeiro.
Na configuração testada, a topo de linha Premier (parte de R$ 95.390), a minivan acrescenta faróis com acendimento automático e luzes de posição de LED, sensor de chuva, faróis de neblina, grade cromada, rodas de liga leve de 16 polegadas, bancos e volante revestidos de couro, computador de bordo, câmera de ré, sensor de estacionamento traseiro, entre outros.
A central multimídia MyLink com tela de 7”, Bluetooth, Android Auto e Apple CarPlay é item de série desde a versão LT, mas ainda não oferece a conexão de internet 4G como nos modelos mais recentes da Chevrolet.
Adicionando a transmissão automática (R$ 4.200) e a pintura metálica prata Switchblade (R$ 1.600) do carro avaliado, a Spin Premier chega a custar salgados R$ 101.190, valor que a posiciona na faixa de preços dos SUVs compactos.
Por exemplo: um Chevrolet Tracker LT automático zero quilômetro sai por R$ 97.490 já contando a pintura metálica. O projeto mais moderno do SUV é contemplado com seis airbags (ante apenas os dois frontais obrigatórios da Spin), além da eficiente motorização 1.0 turbo de três cilindros de 116 cv de potência e 16,8 kgfm de torque.
Falando em motor, a Spin manteve na linha 2021 o polivalente 1.8 de 8 válvulas naturalmente aspirado, que entrega até 111 cv e 17,7 kgfm. Combinado ao câmbio automático de seis velocidades, esse propulsor “tira leite de pedra” ao fornecer desempenho condizente com a proposta da minivan e consumo bastante satisfatório.
Velocímetro teve a escala reduzida de 220 km/h para 180 km/h
Nos testes instrumentados do Instituto Mauá de Tecnologia, a Spin abastecida com gasolina chegou a fazer médias de 11,5 km/l na cidade e 17 km/l na estrada (veja o teste completo na tabela abaixo).
Nas provas de aceleração, a minivan precisou de 12 segundos para atingir os 100 km/h quando abastecida com etanol. Número razoável para um carro de 1.235 kg com centro de gravidade elevado e sem pretensões esportivas.
Por entregar seu torque máximo abaixo de 3.000 rpm, o antigo motor 1.8 até que é competente no uso diário na cidade. A calibração da caixa automática também colabora para uma condução tranquila e voltada à economia de combustível. Mas é na estrada que a Spin sente mais a falta do fôlego extra que um motor turbinado poderia proporcionar, situação em que o câmbio precisa intervir com reduções de marcha para embalar a minivan em retomadas. Ainda assim, ela passa a impressão de ser mais esperta que os SUVs equipados com motores aspirados abaixo de 2.0 litros.