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Com ações contínuas, casos de dengue caem quase 80% no DF

7 de junho, 2021

O combate ao mosquito Aedes aegypti é rotineiro; mesmo com a seca, a população deve manter todos os cuidados O trabalho da Diretoria de Vigilância […]

Com ações contínuas, casos de dengue caem quase 80% no DF
Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

O combate ao mosquito Aedes aegypti é rotineiro; mesmo com a seca, a população deve manter todos os cuidados

O trabalho da Diretoria de Vigilância Ambiental não para; graças a isso, os casos de dengue no Distrito Federal têm apresentado queda. As ações continuam sendo realizadas conforme a análise e integração de diversas áreas do conhecimento que preveem o estudo não só da doença, como também dos fatores condicionantes e determinantes na inter-relação entre a espécie humana e o meio ambiente.

7.058Número de casos prováveis de dengue registrados até 20 de maio; em 2020, no mesmo período, foram 35.080

Operações de combate à doença e aos focos do mosquito que a transmite são frequentes | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde

Em 2021, até a Semana Epidemiológica 20 – resultados aferidos em 20 de maio deste ano –, foram notificados 7.058 casos prováveis de dengue, o que corresponde a uma taxa de incidência de 231,22 casos por 100 mil habitantes. Na comparação com o mesmo período de 2020, quando foram registrados 35.080 casos prováveis, os números deste ano apontam um decréscimo de 79,9%.

De acordo com o diretor da Vigilância Ambiental, José Carlos Natal, diversas são as ações específicas de combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença. Entre essas, estão o tratamento focal com aplicação de inseticidas e larvicidas em territórios específicos, bloqueio focal e visitas domiciliares.

O fumacê elimina as fêmeas infectadas, cortando a transmissão viral | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

“Apesar de o número de casos cair na época da seca, as ações de prevenção devem ser continuadas”José Carlos Natal, diretor da Vigilância Ambiental

“Orientações quanto ao manejo de inservíveis, objetos que não servem mais – podem ser reservatórios de água parada, ou seja, lixo que serve como criadouro de mosquitos – e educação permanente da população em geral, necessariamente devem ser priorizadas em acordo com o fundamento epidemiológico e com as necessidades do público-alvo, levando em consideração a tríade de caracterização epidemiológica: pessoa, tempo e lugar”, explica Natal.

O diretor pontua que, no caso das arboviroses,“todo dia é dia D”, pois os surtos epidêmicos ocorrem de maneira sazonal com uma periodicidade que dá à Vigilância Ambiental alguma capacidade de previsão.

Foto: Acácio Pinheiro/Agência BrasíliaCenário de queda reflete as ações que a Secretaria de Saúde tem feito em todo o DF e a colaboração da população em ajudar por meio da vigilância contra possíveis criadouros | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Ações continuadas

Natal salienta que ações periódicas são de extrema importância, pois requerem atenção permanente à dengue: “Apesar de o número de casos cair na época da seca, as ações de prevenção devem ser continuadas”. Por isso, orienta ele, é necessário que a população continue evitando a proliferação do Aedes aegypti.

Moradora de Sobradinho, Ana Maria diz que chove muito no local | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Para o sucesso das ações contra a arbovirose, o trabalho da Vigilância Ambiental ocorre de maneira conjunta com a Vigilância Epidemiológica e por meio da Sala Distrital, na qual vários órgãos do GDF trabalham em parceria nas ações contra a dengue. Estão envolvidas as secretarias de Cidades, Agricultura, DF Legal, Educação, Comunicação, a Casa Civil, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Novacap, Caesb, Corpo de Bombeiros Militar do DF, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Brasília Ambiental e administrações regionais.

Além da dengue, o Aedes Aegypti transmite também o zika vírus, a febre amarela e a chikungunya | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Além disso, para manter o cenário positivo de diminuição de casos de dengue no Distrito Federal, é preciso que os cuidados continuem sendo praticados pela população dentro e fora de casa. Deve-se sempre evitar o acúmulo de água parada, que favorece a proliferação do mosquito da dengue.

*Com informações da Secretaria de Saúde