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Ponto Final

21 de janeiro, 2022

Euforia petista Não se ganha eleição de véspera, mas alguns petistas estão tão confiantes que já falam em nomes para o futuro ministério de Lula. […]

Ponto Final

Euforia petista

Não se ganha eleição de véspera, mas alguns petistas estão tão confiantes que já falam em nomes para o futuro ministério de Lula. Já são lembrados os ainda governadores Welington Dias (Piauí) e Camilo Santana (Ceará). O chanceler pode ser Celso Amorim. Já Gabriel Chalita é lembrado para Educação. O curioso é que até o nome de Ciro Gomes – jura que não volta mais a conviver com o petismo – está dentro das pretensões petistas. A chamada “ala pé no chão” da campanha atribui a citação de nomes a “euforia” de alguns entusiastas. Não custa lembrar um episódio curioso. Em 1985, FHC concorreu à Prefeitura de São Paulo pelo PMDB e sentou na cadeia antes da eleição. Deu azar. Perdeu a eleição para Jânio Quadros, que depois da posse pegou uma lata de inseticida e borrifou na cadeira de prefeito. A história sempre tem boas lições.

Campanha profissional

Pessoas importantes do tal “bolsonarismo” estão pressionando para que o presidente Jair Bolsonaro faça uma campanha profissional e não “aquela caricatura de campanha de 2018”. Até os aliados do Centrão já tentaram convencer, mas Bolsonaro acha que com Carlos Bolsonaro no comandado as redes sociais – e fora delas – a vitória é uma questão de tempo. O senador Flávio Bolsonaro é o coordenador da campanha da reeleição.

Delírio

Entre os tidos como bolsonaristas existe um delírio em circulação. É que esses seres estranhos acreditam que Jair Bolsonaro será reeleito nas eleições de outubro próximo. Só que o “raciocínio” não para por aí: a ideia é que em 2026 o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, já com seu curso de português concluído, seria o candidato à Presidência da República como representante do “bolsonarismo raiz”.

PEC milagrosa

Esperando um milagre para baixar a inflação de dois dígitos e o preço dos combustíveis, o governo Jair Bolsonaro quer aprovar uma PEC milagrosa. A ideia é que a medida reduza temporariamente os valores em momentos de alta. É bom lembrar que em governos passados já se tentou reduzir a inflação por decreto e não deu certo.

Boa candidata

A infectologista Luana Araújo, 40 anos, seria uma excelente candidata para as eleições de outubro próximo. Ela já chegou a ser funcionária do Ministério da Saúde por 10 dias em 2021. Só que descobriram que ela defendia demais a ciência, o que no governo de Jair Bolsonaro não é “boa coisa”.

Alckmin vice

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, tem boas “tiradas políticas”, mas errar é humano. Ele diz que acha impossível o   ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ser vice de Lula. Só que o petista vem emitindo sinais claros de que Alckmin é o nome. Só falta oficializar a chapa.

Dono da bola

Alguns comentaristas políticos conseguiram enxergar que o ex-presidente Lula deixou claro na entrevista recente o seguinte recado: “quem manda aqui sou eu”. Alguém para dizer o contrário?

Ministro negacionista

O cardiologista Marcelo Queiroga é o primeiro ministro da Saúde negacionista na história brasileira. Outra coisa curiosa: nem na época da ditadura militar o Brasil teve um general ocupando o Ministério da Saúde. O presidente Jair Bolsonaro conseguiu mudar isso quando nomeou o general Eduardo Pazuello, de triste memória.

Ramos fora do PL

O vice-presidente da Câmara, o amazonense Marcelo Ramos, está livre para voar. O parlamentar conseguiu judicialmente o direito de desfiliação do PL. O Tribunal Regional Eleitoral ao Amazonas reconheceu os argumentos de Ramos sobre a incompatibilidade de continuar no PL com a chegada do presidente Jair Bolsonaro. Até o próximo mês de março o parlamentar decidirá em qual partido irá se filiar.

Maldade

A maldade na política não escolhe hora ou lugar. O deputado Rodrigo Maia – atual secretário estadual de Projetos e Ações Estratégicas de São Paulo –  aceitou ser o coordenador da campanha do pré-candidato João Doria. Já sobram boatos de que Maia estaria pensando em abandonar a política.

Chacota

A campanha eleitoral para as eleições de outubro no DF continua na fase das articulações. O único já visto como possível derrotado é o candidato do PSDB, senador Izalci Lucas. A tese defendida pelos adversários é a de que a candidatura do tucano virou “chacota nas redes socais e nas cidades do DF”.

 

Carlos Honorato
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