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Setembro Verde alerta para doação de medula óssea

8 de setembro, 2020

Hemorrede é responsável pelo cadastro de novos doadores no Estado, que conta com 212 mil voluntários No Setembro Verde, que visa conscientizar a população sobre […]

Setembro Verde alerta para doação de medula óssea
Thalita Braga (texto e foto)/Idtech

Hemorrede é responsável pelo cadastro de novos doadores no Estado, que conta com 212 mil voluntários

No Setembro Verde, que visa conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, a Hemorrede Pública de Goiás intensifica a campanha para o cadastro de novos doadores de medula óssea.

Desde setembro de 2019 foram ampliados os pontos de cadastro de doadores de medula óssea para todas as unidades do interior e na unidade móvel, além dos cadastros no Hemocentro Coordenador Estadual Professor Nion Albernaz, localizado na Avenida Anhanguera, em Goiânia, o que facilitou o acesso dos voluntários.

Segundo a diretora-geral da Hemorrede, Denyse Goulart, “entre janeiro e agosto deste ano, nós realizamos 7.279 cadastros de doadores de medula óssea na Hemorrede. Embora esse número pareça alto, na verdade não é. A chance de um paciente encontrar um doador não aparentado, 100% compatível, é de 1 em 100 mil. Por isso, quanto mais cadastros, mais chances de encontrar doadores compatíveis”.

Foto: Divulgação/Idtech

A hematologista e diretora-médica da Hemorrede, Alexandra Vilela, ressalta a importância da doação da medula, cujo cadastro é feito uma única vez. “O transplante de medula óssea beneficia o tratamento de cerca de 80 doenças diferentes incluindo câncer, leucemias, linfomas, anemias”.

Ela orienta que para se tornar um doador é necessário ter entre 18 a 54 anos de idade, estar em bom estado de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante, e não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico.

“Para o cadastro, basta ir até umas das unidades Hemorrede com documento oficial com foto e informar o endereço completo, após isso será realizada a triagem e colhida uma amostra de sangue (5ml) para realização do teste de compatibilidade (HLA)”, explica.

Segundo a médica, a compatibilidade disponível hoje é de cerca de 25% nas famílias brasileiras, então 75% dos pacientes precisam recorrer à população em geral para encontrar doadores compatíveis. “Devido à dificuldade de compatibilidade, muitos voluntários se cadastram e nunca são convocados para efetivar uma doação, mas quando aparece um paciente e a compatibilidade é confirmada, a pessoa é convocada para decidir se fará, ou não, a doação”, relata.

Alexandra tranquiliza quem ainda não se cadastrou por medo da coleta da medula. “A coleta da medula pode ser feita de duas formas, por meio de punção direta da medula óssea, realizada na região do quadril, ou por punção da veia, realizada com a máquina de aférese”, pontua.

No caso do primeiro procedimento, o doador fica em observação por 24 horas e pode retornar para casa no dia seguinte. Já no caso da punção por aférese, as células são coletadas diretamente da corrente sanguínea, através de um procedimento de aférese que dura cerca de três a quatro horas, e, neste caso, o doador deverá receber uma medicação por cinco dias para estimular as células-tronco e não há necessidade de internação ou anestesia. A decisão sobre o método de doação mais adequado é exclusiva dos médicos assistentes, tanto do paciente quanto do doador, e será avaliada em cada caso.

As células coletadas do doador para o transplante são cadastradas no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), que reúne informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas, etc) de voluntários à doação de medula para pacientes que precisam do transplante.

Um sistema informatizado cruza as informações genéticas dos doadores voluntários cadastrados no Redome com as dos pacientes que precisam do transplante. Quando é verificada compatibilidade, a pessoa é convocada para efetivar a doação.

Hoje, já existem mais de 31 milhões de doadores cadastrados em todo o mundo. No Brasil, o Redome promove a busca de doadores no Brasil e nos registros estrangeiros. Em Goiás, existem cerca de 212 mil pessoas cadastradas como doadores voluntários, e, hoje, o Brasil é o terceiro maior banco de doação de medula óssea do mundo.

A diretora-geral da Hemorrede esclarece que, caso haja um doador compatível em qualquer lugar do país, o mesmo é acionado e tem todas as despesas de deslocamento e hospedagem custeadas pelo Ministério da Saúde.

Cadastro

A Hemorrede Pública de Goiás está sempre em busca de parcerias com empresas, órgãos e entidade para realização de ações externas para captação de novos doadores de medula óssea. Para solicitar uma ação na região metropolitana de Goiânia basta entrar em contato com o Hemocentro Coordenador pelo telefone (62) 3201-4570 ou 3201-4101, ou ainda pelo e-mail [email protected].

“Para este tipo de ação, nós enviamos uma equipe e é solicitada apenas a disponibilização de um espaço para coleta das amostras e a mobilização dos doadores”, explica Denyse. E para manter o cadastro no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) atualizado, basta acessar o site redome.inca.gov.br e informar seus dados pessoais, endereço e telefone.

Serviço:
Campanha de doação de medula óssea – Setembro Verde
Quando: Até 30 de setembro
Horas: 8 às 18 horas
Onde: Hemocentro Coordenador Estadual Professor Nion Albernaz (Avenida Anhanguera, nº 5.195, Setor Coimbra), em Goiânia e unidades da Hemorrede no interior do Estado – Rio Verde, Jataí, Catalão, Ceres, Iporá, Quirinópolis, Formosa e Porangatu.