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Unidade Mista de Pesquisa do Cacau reúne experiência e tecnologia para alavancar produção nacional

7 de maio, 2021

Novo espaço é resultado da parceria entre Ceplac e Embrapa, com investimentos de R$ 4,7 milhões em quatro linhas de pesquisa OMinistério da Agricultura, Pecuária […]

Unidade Mista de Pesquisa do Cacau reúne experiência e tecnologia para alavancar produção nacional
Foto: Reprodução/Internet

Novo espaço é resultado da parceria entre Ceplac e Embrapa, com investimentos de R$ 4,7 milhões em quatro linhas de pesquisa

OMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por intermédio da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) inauguraram uma Unidade Mista de Pesquisa e Inovação (UMIPI) do Cacau em Ilhéus, na Bahia. Para fortalecer a cadeia produtiva do cacau, serão investidos R$ 4,7 milhões em quatro linhas de pesquisa, além de transferência de tecnologia entre as instituições.

Unidade Mista de Pesquisa do Cacau reúne experiência e tecnologia para alavancar produção nacional

O Brasil já foi o 2º maior produtor mundial de cacau, e, atualmente, ocupa a 7ª posição – Foto: Banco de imagens

A parceria para a UMIPI alia o conhecimento da Ceplac – responsável por um dos maiores bancos de germoplasma de cacau do mundo – e a infraestrutura da Embrapa.

A ministra Tereza Cristina destacou que a UMIPI é a base para revitalização da cacauicultura e o alcance da meta de autossuficiência na produção de cacau até 2025. Para cumprir a meta, segundo a ministra, é necessária a união da cadeia produtiva e o uso intensivo de tecnologia. “Em busca da meta de autossuficiência, esperamos conseguir destinar, ao longo dos próximos dois anos, cerca de R$ 15 milhões ao setor. Promoveremos a expansão da área plantada, a ampliação da produtividade e a melhoria do produto.”

Tereza Cristina ressaltou que a cultura “oferece múltiplos benefícios, desde a geração de emprego e renda à preservação da floresta e à fixação de carbono”.

Foto: Carlos Silva/Mapa

Perspectiva

Depois de enfrentar pragas, quedas de preço, fechamento de roças e desemprego, a cacauicultura no Brasil vive uma fase de recuperação e perspectiva de aumentar a produção em 60 mil toneladas nos próximos quatro anos. O Brasil já foi o 2º maior produtor mundial de cacau, e, atualmente, ocupa a 7ª posição, atrás de Costa do Marfim, Gana, Equador, Camarões, Nigéria e Indonésia.

A produção anual, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é estimada em 250 mil toneladas, sendo que o Pará figura como maior estado produtor com aproximadamente 129 mil toneladas por ano. A Bahia aparece na sequência, com 113 mil toneladas. Além de produtor de cacau, o Brasil é o 5º maior produtor de chocolate do mundo. O ranking é o mesmo quando se fala em consumo da iguaria, que faz parte do dia a dia do brasileiro. Toda essa indústria é responsável por 300 mil empregos diretos.

O secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, do Mapa, Fernando Camargo, ressalta que o Brasil tem uma característica única no mundo em relação ao cacau. O país é representativo de atividades em toda a cadeia cacaueira: produz a semente, processa o cacau, fabrica chocolate, exporta cacau e chocolate, além de ter o público consumidor interno.

Linhas de pesquisa

Uma das linhas de pesquisa da UMIPI será voltada para caracterização, avaliação e conservação de recursos genéticos do cacau com eficiência e economicidade. A Ceplac reúne mais de 4.549 acessos a germoplasma, distribuídos em quatro coleções. O diretor da Ceplac, Waldeck Araújo, explica que, apesar de ocupar posição de destaque, estudos apontam que essas coleções conservam apenas 20% da variabilidade existente na região amazônica brasileira.

Foto: Divulgação

Outro tema a ser pesquisado é em relação ao melhoramento genético da espécie a partir de clones de cacaueiros com resistência a pragas como a monilíase e a vassoura de bruxa.

 

Com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento