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26 de julho, 2022

Barraco no ponto de táxi Segunda-feira, dia 25, foi o dia do taxista e alguns políticos foram comemorar. Candidato a deputado Federal, José Roberto Arruda […]

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Barraco no ponto de táxi

Segunda-feira, dia 25, foi o dia do taxista e alguns políticos foram comemorar. Candidato a deputado Federal, José Roberto Arruda (PL), se irritou com alguns apoios que ouviu a um concorrente, Gilvan Máximo (Rep), e desandou a falar com irritação. “Aqui, não. Vai tomar banho”, disse ao saber que parte da categoria estaria querendo apoiar o adversário. A sorte é que a deputada Flávia Arruda pulo na frente, tomou o microfone e justificou o descontrole do marido como “estresse”.

O novo rei dos taxistas

Quem reina de verdade entre os taxistas é o governador Ibaneis Rocha, que cumpriu todos os compromissos assumidos com a categoria. Depois de inaugurar um ponto de apoio do jeito que eles pediram e onde hoje funciona o sindicato, Ibaneis facilitou a burocracia para a renovação das licenças, conseguiu que fosse construído um posto de gasolina a ser administrado pelo sindicato, o que certamente vai baratear o combustível para os profissionais. E hoje o GDF também usa o TaxiGov no transporte de servidores em trabalho, o que representa uma renda a mais para a categoria.

Ibaneis lidera até pelo telefone

Pesquisa eleitoral feita pelo telefone não tem a mesma qualidade e eficiência das consultas presenciais, mas mesmo nesse caso o governador Ibaneis Rocha lidera amplamente a disputa eleitoral no DF hoje. O instituto Big Data o coloca a frente – e com folga – de todos os adversários. No principal cenário ele aparece com 35% de intenção de voto contra 21% de Reguffe. Pela esquerda, quem aparece melhor é o candidato da federação liderada pelo PT, Leandro Grass, com 9%, enterrando as pretensões de Rafael Parente (PSB) de unificar o campo canhoto nas eleições.

A bola fora de Paco

O vice-governador Paco Britto, tão leal durante todo o mandato, deu uma bola fora ao não convidar o governador Ibaneis Rocha para a convenção de seu partido, o Avante. Os oportunistas não faltaram, do senador Izalci Lucas (PSDB) a deputada Paula Belmonte (Cid), que chegou a usar o microfone para fazer críticas ao governo ao qual Paco Britto pertence. Paco não está rompido com o governador – teve várias reuniões na semana passada – mas anda machucado com a decisão da coligação de excluí-lo da chapa majoritária. Pelo jeito, Britto achava que a vaga era vitalícia.

Em busca do tempo perdido

O ex-senador Paulo Octávio (PSD) retorna hoje à ribalta política do Distrito Federal. Ele viajou para participar da cerimônia de casamento de um dos filhos, na Suiça, no pior momento para suas pretensões políticas. Acabou ficando de fora da chapa majoritária de Ibaneis Rocha, a quem sempre disse apoiar, perdendo a vaga de vice-governador para Celina Leão (PP). Agora vai tentar recuperar o tempo perdido.

Um pé em cada canoa

Não será fácil. Paulo Octávio cometeu o erro primário de ficar com um pé em cada canoa, jurando apoio a Ibaneis Rocha, mas próximo de José Roberto Arruda – os dois grupos olhavam com desconfiança para as tentativas de aproximação dele. Quando os tripulantes optaram por uma das canoas ele afundou; agora terá que optar por uma candidatura avulsa ao Senado (contra Flávia Arruda, o que é difícil), apoiar outro candidato a governador ou concorrer a deputado federal.

Uma questão doméstica

Na última hipótese, Paulo Octávio teria um problema doméstico, já que um de seus filhos, com o nome de André Kubistchek, já foi lançado para concorrer à Câmara Federal. Teria que desistir, em nome do pai. Uma quarta opção seria o ex-senador, ex-governador e um dos empresários mais bem-sucedidos do Distrito Federal entrar na chapa como suplente de Flávia Arruda, mas ainda assim teria que disputar espaço com o Republicanos, partido que pleiteia a vaga.

 

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