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Paulo Octávio para governador?

O empresário Paulo Octávio ainda não se livrou completamente dos processos nascidos na operação Caixa de Pandora, quando era vice-governador, há 12 anos. Mesmo assim lançou seu nome para disputar o Governo do Distrito Federal, representando seu partido, o PSD, e impulsionado pela chamada bancada da mágoa, ainda inconformada com a decisão de José Roberto Arruda de disputar uma vaga de deputado federal.

Viagem ficou cara

Paulo Octávio estava na Europa, mais precisamente na Suíça, quando foi fechada a chapa majoritária encabeçada por Ibaneis Rocha (MDB) e composta por Celina Leão (PP) como candidata a vice-governadora e Flávia Arruda (PL) para o Senado. A ausência cobrou seu preço e ele ficou de fora da composição. Agora foi lançado pelo vice-presidente de seu partido no DF, Virgílio Neto, o que por si só é estranho.

Fazendo jogo duplo

Mas este não foi o único erro. Paulo Octávio, segundo apoiadores de Ibaneis, fez jogo duplo, levando e trazendo informações para Arruda durante as negociações de paz do grupo. Chegou-se a especular que ele sairia na chapa de Arruda, quando este ainda era candidato. Celina Leão (PP) viu a oportunidade e não vacilou: pulou na frente e conquistou a vaga de vice-governadora.

Pesquisa está na rua

O empresário, um dos mais ricos de Brasília, chegou a dizer que a afirmação de Virgilio Neto é só uma especulação e que nada será definido antes da convenção do dia 5 de agosto, na convenção regional do partido. Mas já se sabe que há uma pesquisa sendo feita com o nome dele pela primeira vez colocado como candidato ao governo, conforme testemunhou um amigo da coluna, entrevistado pelo pesquisador. Quem encomendou?

Patrão e trabalhadores juntos?

O presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, muito amigo de Paulo Octávio, também estaria fazendo injunções para uma aproximação com Carlos Lupi, presidente do PDT, para que os dos partidos se juntassem no Distrito Federal. É uma chapa Frankenstein, mas parece que na política brasileira está valendo tudo, até unir trabalhistas com patrão. O empresário já esteve com a senador Leila Barros algumas vezes.

Quando P.O. pediu para sair

Paulo Octávio chegou a assumir o governo do DF quando Arruda deixou a cadeira para escapar de uma inexorável cassação, mas não aguentou o rojão por muito tempo. Poucos dias depois pediu para sair do cargo, também com medo de uma cassação, já que seu nome apareceu nas acusações do ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, incluindo imagens de um assessor direto recebendo dinheiro vivo.

E o sol nasceu quadrado

Em 2014, Paulo Octávio se envolveu em outro escândalo, chegando a ser preso, acusado de participar de um esquema de corrupção de agentes públicos para a concessão de alvarás. O empresário ficou preso por cinco dias.

Fogo de palha

Um importante empresário da cidade, também bilionário, duvida da candidatura de Paulo Octávio ao governo. Assim que soube da notícia, não escondeu a opinião dos comensais que estavam jantando com ele: “Não sai. Aposto com quem quiser”.

Prédios alugados para o GDF

O mesmo empresário cita os prédios que Paulo Octávio aluga para o GDF como um empecilho para que ele enfrente o grupo de Ibaneis Rocha. Um dos prédios alugados é o suntuoso 700, edifício localizado na Asa Norte e que abriga a Secretaria de Saúde. Este empresário especula que Paulo Octávio fature cerca de R$ 3 milhões de reais por mês só alugando imóveis para o GDF. Mas isso pode ser só fruto de maledicências.

Contra Arruda jamais

Outro motivo citado pelo megaempresário aos amigos é que, segundo ele, jamais Paulo Octávio enfrentaria Arruda em uma disputa eleitoral, muito menos a mulher dele, Flávia Arruda, candidata favorita a ocupar uma vaga de senadora, a mesma que ele pleiteia. Nos próximos dias (ou horas), teremos as cenas dos próximos capítulos.