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29 de agosto, 2022

Esquerda se junta e pode unir a direita Lideranças do setor produtivo do Distrito Federal estão fazendo carga para que Paulo Octávio desista de sua […]

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Foto: Acácio Pinheiro

Esquerda se junta e pode unir a direita

Lideranças do setor produtivo do Distrito Federal estão fazendo carga para que Paulo Octávio desista de sua candidatura ao GDF. O raciocínio é simples: ele tira alguns votos de Ibaneis Rocha e pode impedir uma vitória no primeiro turno. Como o mercado quer tranquilidade para trabalhar, o melhor é encurtar a decisão, até porque a disputa nacional promete ser encardida. O argumento é óbvio: se a esquerda uniu as candidaturas de Leandro Grass e Rafael Parente, está na hora de fazer o mesmo à direita.

A quem interessa?

O próprio empresário afirma que Ibaneis deve vencer as eleições e um empreiteiro confirma que Ibaneis Rocha tem apoio de todas as entidades empresariais por causa do trabalho desenvolvido nos últimos anos, como foi dito explicitamente em todas as entidades empresariais. Ninguém tem interesse em substituir um governador que tanto apoia a criação de empregos e o crescimento organizado da cidade. E pergunta: “A quem interessa um segundo turno?”

Vendedores de dificuldades

A resposta não é difícil. Interessa a quem quer negociar apoio, vender dificuldades para colher cargos e influência no futuro governo. É baseado nisso que um grupo de empresários vai voltar a falar com Paulo Octávio para que ele, não apenas deixe a disputa, mas declare apoio a Ibaneis. E deixe de lado as cassandras que vêm incentivando a candidatura que só serve à vaidade do empresário.

Reunião com a Fibra

Aliás, ontem o governador Ibaneis Rocha se reuniu com o presidente da Federação das Indústrias do DF (Fibra), Jamal Jorge Bittar, no Palácio do Buriti. A entidade já demonstrou apoio às políticas de desenvolvimento do governador.

Saída ainda sem explicação

A saída de Rafael Parente (PSB) da disputa pelo GDF ainda carece de explicação mais convincente, mas que talvez nunca venha. Parente tentou decolar, mas não havia uma base segura para o lançamento, já que seu padrinho, o ex-governador Rodrigo Rollemberg, continua enfrentando forte rejeição do eleitorado brasiliense. Para piorar, o partido não considerou que sua campanha seria uma prioridade e, portanto, ficaria sem financiamento.

A administração que condena

A desistência é o retrato da péssima administração política do PSB para essas eleições. Isso pode custar caro inclusive para a estrela da companhia, o ex-governador Rodrigo Rollemberg, que é candidato a deputado federal e corre o risco de ficar de fora da próxima legislatura por um erro de cálculo. O partido deve fazer apenas um parlamentar, mas Rollemberg fica atrás de Maria de Lurdes Abadia e Professor Israel.

Uma fortuna que incomoda

Mas sabe-se que Rafael Parente se incomodou muito depois de ser confrontado por Ibaneis Rocha num dos debates. Parente disse que Ibaneis tinha uma das casas mais caras do DF, carrão e que tinha de explicar a fortuna. Ibaneis disse que tudo estava declarado e atacou: “Quem tem que explicar fortuna é você”. Professor, Parente tem uma conta recheada de mais de R$ 9 milhões, registrada no TER.

Pobre milionário

E por falar em fortuna, é preciso prestar atenção em Paulo Octávio (PSD). Segundo candidato mais rico do Brasil – perde apenas para Marcos Moraes, candidato a suplente de senador em Goiás e herdeiro da fortuna da Votorantim – o empresário está andando com modelito de pobre. O carro é um Fiat básico, a calça é um modelo de sarja e a camisa, sempre azul clara, é de pano grosso. Paulo Octávio ainda não está pedindo dinheiro emprestado para completar a conta de luz, mas na toada que vai, não demora. E um gaiato ainda sustenta que o carro é um daqueles que faz test-drive numa das concessionárias do empresário. Gente maldosa.

 

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