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Leandro Grass apoia o passado

Em seus primeiros anúncios no horário gratuito, Leandro Grass, o candidato petista – ainda que esverdeado –  tem dito: “vamos retomar o Distrito Federal”. Há quem desconfie que não é boa política, afinal, remete ao trágico governo de Agnelo Queiróz, o último sob o jugo do PT, quando escândalos de corrupção se avolumaram, inclusive levando o governador e seu vice para a prisão, assim como o então secretário de saúde, Rafael Barbosa.

Uma UPA sem médicos

O governo petista é mais lembrado pela construção do monumental estádio de futebol, Mané Garrincha, que custou cerca de R$ 2 bilhões, do que pela boa gestão pública. Não faltou dinheiro na época, tanto que várias obras foram iniciadas, mas deixaram a desejar. Uma das maiores UPAs do Brasil, por exemplo, foi construída na Ceilândia, mas o que ficou na memória das pessoas é que ela foi inaugurada sem médicos e enfermeiros.

O naufrágio de Agnelo

A pista exclusiva para ônibus na saída sul – o BRT – também foi obra dos petistas, mas também ficou pela metade. Esqueceram de fazer os terminais rodoviários nas cidades e as vias de interligação, fazendo com que o projeto naufragasse. Em resumo: os problemas de gestão foram tantos que o então governador Agnelo nem chegou ao segundo turno na tentativa de se reeleger.

Quem vai embarcar na viagem?

O que Leandro Grass está prometendo é voltar a esse passado que ninguém, em sã consciência, quer reviver. Os petistas não definiram boas prioridades nas obras, na área social ou mesmo na saúde, como os vários escândalos deixaram transparecer. Se Grass quer “retomar” o DF devia espiar o que essa história conta para os brasilienses.

As contas do empresário não batem

Paulo Octávio está fazendo sua propaganda política baseada no seu sucesso com empresário, mas precisa caprichar nas contas. Numa de suas inserções do horário gratuito, ele chega a dizer que o Distrito Federal tem 16% de desempregados, mas não é verdade. O IBGE divulgou recentemente que o DF tem o menor índice de desemprego dos últimos seis anos, 11,5%, mostrando que a recuperação econômica do período pós-pandemia vem sendo mais vigoroso que as mais otimistas previsões.

Do elogio à crítica

Não dá para dizer que Paulo Octávio não sabe do índice verdadeiro, já que antes de se lançar candidato ao GDF, ele elogiava abertamente o governador Ibaneis Rocha e o ex-secretário de Economia, André Clemente, exatamente pela condução da economia, incluindo a redução do nível de desemprego. Depois de lançar a candidatura, o empresário parece ter assumido uma postura de oposição gratuita. Pena que seja embasada numa mentira.

Izalci, o pendurado

Ninguém explorou o fato na propaganda eleitoral ainda, mas Izalci Lucas (PSDB) disputa o GDF pendurado numa decisão liminar que pode cair a qualquer momento. Condenado a quatro anos e quatro meses de prisão por desvio de computadores que eram destinados a escolas públicas e foram parar em seus comitês, o candidato pode ser impugnado a qualquer dia.

Uma briga esquisita

É estranha a briga entre Izalci Lucas e a deputada federal Paula Belmonte (PPS). Ela começou querendo a vaga de Izalci na disputa ao GDF, mas desistiu e quer ser candidata a deputada distrital. Mas o líder da federação dos dois partidos no Distrito Federal está dificultando como pode o pleito da parlamentar. Tem gente achando que é birra.

Empresários perguntam

O candidato à reeleição Ibaneis Rocha participou da sabatina que o Codese-DF está fazendo com todos os candidatos a governador. A afirmação que mais impactou foi a que 82% dos pleitos da entidade já estão contemplados no Plano de Governo para o próximo mandato. Não ficou nenhuma dúvida de quem é o candidato do empresariado.