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27 de abril, 2023

A greve anual dos professores Os professores da rede pública do DF marcham para mais uma greve. Na próxima quinta-feira, eles abandonam as salas de […]

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A greve anual dos professores

Os professores da rede pública do DF marcham para mais uma greve. Na próxima quinta-feira, eles abandonam as salas de aula e se dedicam ao ócio, sem pressa para retornar ao batente. Cenário que se repete a cada ano, seguindo o pragmático calendário de campanhas reivindicatórias elaborado pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), que prevê pelo menos uma paralisação geral a cada ano. Ano entra, ano sai, as bandeiras são quase as mesmas de sempre. Os estragos também.

Alunos e pais prejudicados

A greve é uma faca na garganta do GDF, que vai ter que se desdobrar para tentar atender ao rosário de reivindicações do Sinpro. Mas o prejuízo ficará mesmo para alunos e pais. Até os professores retornarem às salas de aulas, milhares de estudantes da rede pública ficarão fora das escolas por dias, semanas. Enquanto isso, os pais, simples trabalhadores, terão que fazer mágica para que os filhos fiquem em segurança enquanto as escolas estiverem fechadas. É também sacanagem com os alunos, que estarão sendo forçados a ficar sem um direito fundamental da cidadania: a educação.

Volta aos anos da pandemia

O cenário lembra os anos de pandemia, quando as escolas fecharam e os alunos ficaram enclausurados em suas casas com medo da Covid-19. Agora é a greve dos professores que esvazia as escolas e deixa alunos presos em casas enquanto os pais
estão fora, trabalhando. Quem vai cuidar dessa garotada? Certamente não é o Sinpro.

Grito contra a paz

O Sinpro deflagra a greve num momento delicado para o ambiente escolar, quando os mais diversos segmentos da sociedade e do governo, em todo o Brasil, lutam para combater a violência e retomar a paz nas escolas. Esta greve surge como um grito de guerra contra a paz. No mínimo é um péssimo exemplo que os mestres dão para os seus discípulos.

Qual é a nota?

Diante dessa grave situação provocada pela greve, qual nota merece o Sindicato dos Professores?

O boné

Há poucos dias, um modelito de boné uniu parlamentares distritais de ideologias opostas. Desfilaram na passarela do plenário da Câmara Legislativa o distrital Max Maciel (PSol) e a também distrital Paula Belmonte (PSol). Na cabeça, ambos ostentavam bonés de aba, desses que a garotada gosta de usar. É o modelito preferido de Maciel. A dupla fez questão de posar para fotos e distribuí-las nas redes sociais, acompanhadas de mensagens pouco convincentes, tipo: “Agora vamos caminhar juntos”. Não informaram para onde.

Reajuste das forças policiais do DF

Mesmo com todo empenho do governador Ibaneis Rocha e da bancada federal candanga, o Congresso Nacional não aprovou a recomposição salarial das forças de segurança do Distrito Federal. Um dos responsáveis pela derrubada da proposta foi o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), escudeiro do presidente Lula no Senado. Ele justificou dizendo que o GDF não teria enviado todas as informações ao Congresso. Balela. Se faltasse alguma informação, era só pedir que seria atendido. Randolfe é o mesmo senador que, no início desta legislatura, apresentou projeto de lei para acabar com o Fundo Constitucional, que ajuda a sustentar a segurança, a saúde e a educação do DF.

Contratos renovados e parados

O Diário Oficial do DF desta quinta-feira (27) traz a prorrogação, por mais 10 anos, dos contratos de duas operadoras de transporte público: a Urbi e a Marechal. Em dezembro de 2022, a Pioneira conseguiu renovar seu contrato. Outras duas empresas, a Piracicabana e a São José, ainda não tiverem seus contratos renovados. O contrato da São José termina em julho e a da Piracicabana em outubro. A Secretaria de Mobilidade não deve renovar o contrato da São José. Em breve, deve sair o edital de licitação para a bacia onde a São José opera.