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27 de julho, 2023

BELMONTE E A SAÚDE A deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania) voltou a disparar sua metralhadora contra a saúde pública do DF. Embora elogie e reconheça […]

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BELMONTE E A SAÚDE

A deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania) voltou a disparar sua metralhadora contra a saúde pública do DF. Embora elogie e reconheça da importância das obras que estão sendo entregues pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), Belmonte vê apenas caos na rede de saúde. Ela, porém, pouco tem feito para melhorar o sistema. Ao contrário. É dela a proposta que destina para eventos culturais, como shows de música sertaneja, recursos de emendas parlamentares que, obrigatoriamente, têm que ser investidos em áreas essenciais, como a saúde pública.

O maridão da Paula

Ao mirar em Ibaneis e na saúde, Paula tenta tirar do foco o motivo das suas noites mal dormidas: a inevitável convocação do maridão Luis Felipe Belmonte para depor na CPI Mista que apura o golpismo do 8 de Janeiro. A comissão quer saber quem financiou o acampamento dos “patriotas” no QG do Exército, o ataque à sede da Polícia Federal e o vandalismo na Praça dos Três Poderes. O milionário empresário teria sido um dos financiadores.

DESAFIOS DO HEMOCENTRO

A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) mata um leão por dia para manter abastecido o seu banco de sangue.  Todos os meses, o Hemocentro promove campanhas para coletar sangue. Utiliza até ônibus especial, que roda o DF em busca de doadores. Mas com as férias de julho, os doadores sumiram e o estoque de alguns tipos de sangue caiu.

Estoque oscila

O estoque mais crítico é o do tipo O Positivo, o mais comum. Preocupa também a baixa quantidade de outros três tipos sanguíneos: A, B e AB Negativos. Já em situação regular encontra-se o tipo O Negativo. Contudo, está normal o estoque de sangue A, B e AB Positivos.

Novos doadores

Em agosto, o presidente da FHB, Osnei Okumoto, volta a intensificar a campanha de doação de sangue para normalizar o abastecimento. Além de contar com tradicionais grupos de doadores, como a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, pretende atingir novos públicos. Mira, por exemplo, nos 360 calouros da recém-inaugurada Universidade do Distrito Federal (UnDF).

SANGUE AZUL

O Hemocentro ainda aguarda a solidariedade dos médicos do DF. Mas se depender do eterno presidente do SindMédico, Gutemberg Fialho, vai continuar aguardando. Em 30 anos no comando do sindicato, Gutemberg jamais promoveu campanha para motivar a categoria a doar sangue. Ele mesmo não deu uma gota do seu sangue ao Hemocentro. Dizem que Gutemberg acredita ter sangue azul.

Marajá da saúde

Ele pode não ter sangue azul, mas ganha salário de marajá. Gutemberg recebe por mês dois salários do GDF, uma pela Secretaria de Saúde e outro pela Secretaria de Planejamento. Juntos, somam R$ 40 mil. Bela grana para quem há 30 anos não entra num posto da rede de saúde pública.

 NOVO CONDOMÍNIO

Residencial Arona. Este é o nome do novo condomínio que surge no Jardim Botânico – para desespero dos 53 mil moradores da região. O loteamento fica no Km 4 da Rodovia DF-140, sentido Jardim Botânico-Jardim ABC (Cidade Ocidental-GO). Ocupará 4,2 hectares, o equivalente a quatro campos do Mané Garrincha. Com 50 lotes, poderá abrigar 212 habitantes, média de 4 pessoas por terreno.

Impacto no trânsito

O maior impacto do Arona será no trânsito na DF-140, por onde diariamente trafegam 50 mil veículos provenientes do ABC, Mangueiral, São Sebastião e dos condomínios do Jardim Botânico. Para melhorar o trânsito na região, o GDF já duplicou a DF-001, vem duplicando a DF-140 e está construindo o viaduto do Jardim Botânico.

Audiência pública

Para discutir o Relatório de Impacto de Vizinhança do Arona, o Instituto Brasília Ambiental promoverá audiência pública no dia 24 de agosto. Até lá, moradores da região vão promover manifestações contra o novo condomínio. Não passarão.

 

Armando Guerra
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