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8 de agosto, 2023

IBANEIS NÃO SEGUE LULA Ao contrário de muitos governadores, Ibaneis Rocha (MDB) não tem seguido a cartilha do Governo Lula (PT). Dois exemplos recentes: a […]

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O governador Ibaneis Rocha - Foto: Paulo H Carvalho/agência brasília

IBANEIS NÃO SEGUE LULA

Ao contrário de muitos governadores, Ibaneis Rocha (MDB) não tem seguido a cartilha do Governo Lula (PT). Dois exemplos recentes: a suspensão do Auxílio Gás e a extinção do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim). São dois programas do Governo Bolsonaro criados na pandemia. O primeiro surgiu em socorro às famílias que queimavam lenha porque não tinham dinheiro para comprar gás. O segundo atendeu ao sonho de Bolsonaro de militarizar escolas públicas. Por entender que os dois programas são importantes para o DF, Ibaneis decidiu mantê-los.

Gás da esperança

A suspensão do Auxílio Gás foi determinada na sexta-feira (4) pelo Ministério do Desenvolvimento Social, que bloqueou R$ 262 milhões do programa, prejudicando 2 milhões de famílias. O bloqueio, contudo, não afetou o DF. Três dias antes do corte, a Secretaria de Desenvolvimento Social liberou R$ 41,8 milhões aos programas DF Social, Cartão Prato Cheio e Cartão Gás. Do total, R$ 7 milhões foram para reabastecer o Cartão Gás usado por 70 mil pessoas. Assim, ao contrário de Lula, Ibaneis não cometeu a maldade de cortar o gás que aquece a esperança de centenas de famílias pobres.

Escolas não fecham

Já a decisão de desmontar o Pecim foi tomada em julho pelo Ministério da Educação. A ordem é desativar 200 escolas cívico-militares em todo o país. Ibaneis não aceitou. Das 17 escolas que participam do programa no DF, 13 continuarão seguindo o modelo híbrido. As outras quatro podem ser desativadas se os Ministérios da Educação e da Defesa cancelarem a parceria com o GDF. Mas a vontade de Ibaneis é manter essas e criar novas escolas cívico-militares.

ADE DE CEILÂNDIA

Antes que agosto termine, Ibaneis deve entregar as obras de urbanização dos Setores de Indústrias e de Materiais de Construção que formam a Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) de Ceilândia. O GDF investiu R$ 67 milhões nas obras. Resultado: 18 km de vias asfaltadas, 18 km de ciclovias, 54 mil m² de estacionamentos e 400 metros de galerias fluviais. Obras que atendem 270 pequenas e médias empresas, beneficiam mais de 2 mil funcionários e que vão atrair mais clientes, ajudando a gerar novos empregos e a aquecer a economia do DF.

ANDERSON TORRES

Ainda é incerto o depoimento de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF, à CPI da Câmara Legislativa que investiga as ações golpistas em Brasília. O depoimento dele está marcado para a próxima quinta-feira (10). Mas depois de passar hoje horas se explicando à CPI Mista dos Atos Golpistas, Anderson ainda não confirmou se vai ou não à CLDF. Se for, pode ficar em silêncio, prerrogativa autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Seja qual for a decisão de Anderson, Chico Vigilante (PT), presidente da CPI distrital, promete não deixar barato.

Reta final

Os trabalhos da CPI terminam em setembro. Até lá, além de Anderson, mais três cabeças coroadas devem depor: Leonardo Cardoso, diretor de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do DF (dia 17); Mauro Cid, tenente-coronel do Exército (dia 24); e Reginaldo Leitão, coronel da PMDF (dia 31).

GRASS FAZENDO GRAÇA

O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Leandro Grass (PV), faz das tripas coração para esticar o minúsculo orçamento do Iphan. São R$ 628 milhões para 2023. Grass canta de galo por destinar a merreca de R$ 2 milhões para financiar o programa de Educação Patrimonial, voltado à valorização e preservação do patrimônio cultural brasileiro. A “bolada” será fatiada entre os 26 estados brasileiros e o DF. Ou seja, R$ 74 mil para cada unidade da federação. Grass só pode estar fazendo graça.

 

Armando Guerra
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