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9 de agosto, 2023

BAIANO ARRETADO Vamos combinar: é duro na queda o deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), relator do projeto do Marco Fiscal e pai do jabuti que […]

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Foto Lula Marques Agência Brasil

BAIANO ARRETADO

Vamos combinar: é duro na queda o deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), relator do projeto do Marco Fiscal e pai do jabuti que enxuga o Fundo Constitucional do DF. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), peitou o relator ao selar acordo com o Senado para que o jabuti, defenestrado pelos senadores, não retorne às mãos dos deputados. Cajado rebateu na lata: “se depender de mim, retorna-se tudo”. É o que pretende fazer na segunda-feira (14), quando apresenta nova versão do relatório. Ô baianinho arretado.

Prazo de validade

A aprovação do Arcabouço Fiscal – com ou sem o Fundo – está atrasada. Até 31 de agosto, o governo tem que enviar ao Congresso Nacional o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, a base do Orçamento Geral da União de 2024. É condição sine qua non do Palácio do Planalto: só depois de aprovado o novo Marco Fiscal é que a LDO será encaminhada ao Congresso. O Colégio de Líderes, porém, ainda não definiu a data da votação da reforma fiscal.

Tira o bode

Enquanto isso, aumenta a pressão do Governo Ibaneis e da bancada do DF para que os líderes retirem o bode da sala, no caso, o baiano arretado. Mas é preciso convencer também os 372 deputados governistas e oposicionistas que, na primeira votação do Arcabouço Fiscal, aprovaram o jabuti de Cajado. Missão difícil, mas não impossível.

NÃO DEU ONDA

Brasília não vai receber o presente prometido para marcar os 45 anos do Parque da Cidade, em 11 de outubro: a reforma da Piscina com Ondas. O presente quase foi comprado. Em abril de 2022, a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), que administra o parque, abriu licitação para contratar a empresa que faria a obra, prevendo inaugurá-la em 2023. O investimento de R$ 11 milhões já estava garantido: R$ 8 milhões via emenda parlamentar da então deputada Celina Leão (PP), hoje vice-governadora, e outros R$ 3 milhões do GDF. Mas a compra do presente esbarrou no Tribunal de Contas.

Entrou água

No dia 31 de maio de 2022, data limite para a entrega das propostas, entrou água na licitação. A Secretaria de Esporte suspendeu a concorrência após o TCDF trazer à tona falhas técnicas no edital que “poderiam comprometer o certame”. O processo então parou – e parado está.

 Grupo nada

As eleições de 2022 e o afastamento do governador Ibaneis Rocha do Palácio do Buriti por 65 dias no início de 2023, ajudaram a manter a licitação em banho-maria. Somente em abril deste ano, a SEL e a Secretaria de Projetos Especiais formaram um grupo de trabalho para corrigir as falhas apontadas pelo TCDF e retomar a licitação. Faltando dois meses para os 45 anos do parque, o grupo ainda nada. Nada apresentou, nada resolveu.

Parque Aquático

Outro presentão foi prometido para o aniversário dos 45 anos: o início das obras do Parque Aquático, projeto que prevê rio artificial sem ondas e toboágua. Inovações que elevariam o custo da revitalização da Piscina com Ondas para R$ 22 milhões. Assim como a reabertura da piscina, o projeto do Parque Aquático também continua debaixo d’água.

Operação Limpeza

A boa notícia: o Serviço de Limpeza Urbana vai dar uma geral no Parque da Cidade. A operação começa já no próximo dia 21. Homens e máquinas vão retirar latas e garrafas, remover restos de obras, podar árvores, limpar o Lago dos Pedalinhos. A Novacap participa da operação recuperando os canteiros de flores e acelerando o plantio de árvores do Cerrado no lugar dos velhos eucaliptos. A ordem é deixar o Parque da Cidade bem bonitinho para a festa dos 45 anos. Eduardo e Mônica agradecem.

 

Armando Guerra
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