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27 de dezembro, 2023

O DIA DA DEMOCRACIA A direita extremista conseguiu criar datas cívicas após atos insanos. É o caso do Dia da Democracia, comemorado a cada 5 […]

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Foto: Joédson Alves/ABr

O DIA DA DEMOCRACIA

A direita extremista conseguiu criar datas cívicas após atos insanos. É o caso do Dia da Democracia, comemorado a cada 5 de outubro. Homenageia o jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura em 25 de outubro de 1975. Agora, o Governo Lula quer transformar o 8 de janeiro em data cívica. Um dia de comemorações para que o Brasil jamais esqueça da tentativa de golpe, marcada pelo quebra-quebra das sedes das instituições democráticas na Praça dos 3 Poderes. Ainda não é oficial, mas o próximo 8 de janeiro, quando se completa um ano do fatídico episódio, será devidamente celebrado como o Dia em Defesa da Democracia.

O 1º ano do 8 de Janeiro

A ideia de não apagar da memória dos brasileiros os atos antidemocráticos do 8 de janeiro é do presidente Lula. Ele decidiu manter o ministro Flávio Dino no Ministério da Justiça até aquela data, quando o senador maranhense deixa os cargos e toma posse como membro do Supremo Tribunal Federal. Não por coincidência, o plenário do Senado Federal será o palco das celebrações. As duas casas, assim como o Palácio do Planalto, foram alvo dos golpistas.

Operações integradas

O evento em defesa da democracia começou a ser organizado ontem no Centro Integrado de Operações de Brasília. Sentaram-se à mesa representantes do Ministério da Justiça, do Congresso Nacional, da Justiça Federal e da Secretaria de Segurança Pública. Mas faltou representante das Forças Armadas.

Falha corrigida

A Secretaria de Segurança do DF falhou absurdamente no dia da tentativa de golpe. Tem, agora, a oportunidade de se redimir publicamente, garantindo a segurança dos que participarem de eventos democráticos no Senado Federal e na Esplanada dos Ministérios no próximo 8 de Janeiro.

Força máxima

As ações a serem colocadas em prática serão anunciadas na próxima semana. Estuda-se o fechamento parcial da Esplanada e outras medidas para evitar confusão. Mas uma coisa é certa: a Polícia Militar vai estar com sua força máxima. Extremistas, dessa vez, não passarão. Que assim seja.

DEMAGOGIA DE PAULA

Tem cara, corpo, cheiro, jeito e trejeito de demagogia. E é pura demagogia a manifestação da deputada distrital Paula Belmonte, que em recente entrevista cobrou a punição dos bolsonaristas que depredaram os prédios da Praça dos Três Poderes. Quem a deputada acha que engana?

Apoio ao golpismo

A cobrança é demagógica porque o maridão de Paula, o empresário Luiz Felipe Belmonte, é investigado pela Polícia Federal acusado de ter financiado o acampamento golpista no Forte Apache. É demagogia porque os pais de Paula frequentavam o acampamento, embora ela tenha alegado que eles lá estavam apenas para “orar”. É demagogia porque Paula foi a única distrital a participar, no último dia 12, de ato bolsonarista na Esplanada dos Ministério em defesa do impeachment do presidente Lula e do ministro Alexandre de Moraes. Atitude que levou a direção nacional do Cidadania a expulsá-la do partido. Pode até não ser demagogia, mas que parece, parece. E muito.

TAPA NA CARA

O governador Ibaneis Rocha (MDB) deu um tapa com luva de pelica na cara da oposição e dos sindicalistas ao nomear, numa só canetada, 1.466 servidores. Eles irão atuar nas seguintes áreas: Educação (812 profissionais), Segurança (600), Saúde (21), Universidade do Distrito Federal (20), Procon (10) e Procuradoria-Geral do DF (3). Com mais essa leva, Ibaneis encerrará 2023 com o total de quase 8 mil servidores nomeados em menos de um ano.


AGRESSÃO URBANA

Enquanto a fiscalização dorme, prossegue a proliferação de outdoor em todas as cidades do DF. Agressão urbana que, além poluir a cidade, desvia a atenção dos motoristas.
Brasília não merece.


Armando Guerra
[email protected]