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SAÚDE

Associação acolhe mulheres vítimas de alcoolismo

1 de novembro, 2022

Todo o processo é realizado pela AAF, organização que atua por meio de grupos terapêuticos A nutricionista Isabela Cristina, de Mossoró (RN), 40 anos, começou […]

Associação acolhe mulheres vítimas de alcoolismo
Período de isolamento social provocado pela pandemia, principalmente ao longo de 2020 e 2021, levou as pessoas a aumentar o consumo de álcool

Todo o processo é realizado pela AAF, organização que atua por meio de grupos terapêuticos

A nutricionista Isabela Cristina, de Mossoró (RN), 40 anos, começou a beber ainda na adolescência, de forma recreativa. Sua dependência do álcool foi um processo que progrediu pouco a pouco ao longo da vida adulta. A situação foi evoluindo até que veio a pandemia. “Comecei a beber todos os dias, naquele confinamento, assistindo lives. A partir de certo momento, comecei a acordar às 5h e começava a ingerir álcool, até meu marido me alertar sobre o uso excessivo e eu decidir buscar ajuda”, lembra.

O período de isolamento social provocado pela pandemia, principalmente ao longo de 2020 e 2021, levou as pessoas a aumentarem o consumo de álcool. Um estudo realizado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) em 33 países da América Latina e do Caribe apontou que 42% dos entrevistados no Brasil relataram alto consumo de álcool durante esse período, particularmente entre as mulheres. Embora não tenha sido causa, a pandemia acabou desvelando um problema que vem gerando preocupação em especialistas: o aumento do consumo de álcool pela população feminina.

GRUPOS TERAPÊUTICOS

Uma das características do processo de acolhimento e tratamento da dependência do álcool feito na Associação Alcoolismo Feminino (AAF) é a organização por meio de grupos terapêuticos. São seis ativos no momento: codependência, transtornos alimentares, prevenção de recaídas, violência contra mulheres, LBTQIA+, maternagem e familiares. Esses grupos tratam algumas das principais especificidades do alcoolismo entre mulheres.
Além disso, há 14 profissionais voluntárias, que incluem psicólogas e nutricionistas, que apoiam a recuperação dessas pessoas. Pelo menos 7 reuniões e rodas de estudos ocorrer semanalmente de forma virtual. Integrantes da AAF também costumam promover palestras em empresas, clínicas de recuperação, escolas, universidades e instituições da sociedade civil.