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Brasil fica fora da lista de países considerados hostis pela Rússia

7 de março, 2022

Em comunicado divulgado pelo governo russo nesta segunda (7), estão países como Estados Unidos, Japão, Reino Unido e Canadá Putin e Bolsonaro, durante visita do […]

Brasil fica fora da lista de países considerados hostis pela Rússia
Foto: Divulgação/Pixabay

Em comunicado divulgado pelo governo russo nesta segunda (7), estão países como Estados Unidos, Japão, Reino Unido e Canadá

Putin e Bolsonaro, durante visita do presidente brasileiro à Rússia

ALAN SANTOS/PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

O Brasil ficou fora da lista divulgada pelo governo da Rússia que indica os países e territórios considerados hostis por apoiarem diretamente a Ucrânia. A listagem inclui Estados Unidos, Canadá, Ucrânia e Japão, e foi publicada nesta segunda-feira (7) pela agência de notícias Tass.

Aparecem como países contrários a Putin: Austrália, Albânia, Andorra, Reino Unido, os 27 países da União Europeia, Islândia, Canadá, Liechtenstein, Micronésia, Mônaco, Nova Zelândia, Noruega, Coreia do Sul, San Marino, Macedônia do Norte, Singapura, Estados Unidos, Taiwan, Ucrânia, Montenegro, Suíça e Japão. Todos impuseram sanções econômicas ao governo russo diante da invasão das tropas lideradas por Putin à Ucrânia.

Tanques e soldados russos na Ucrânia. Investida começou na madrugada do dia 24 de fevereiro após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, autorizar uma operação militar na região separatista no leste ucraniano e decretar lei marcial

Bombeiros trabalham em prédio residencial danificado na rua Koshytsa, no subúrbio da capital, Kiev. Neste mesmo dia, enquanto famílias fogem para países vizinhos, homens entre 18 e 60 anos são orientados a permanecer na Ucrânia e lutar

Edifício residencial é atingido por míssil em Kiev. No terceiro dia de ataques, a Rússia anuncia a expansão da ofensiva militar 'em todas as direções' na Ucrânia e destrói o Antonov-225 Mryia, o maior avião do mundo, após ataque na capital, Kiev

Explosão durante a madrugada ao sul de Kiev, onde central de combustíveis foi atingida, no mesmo dia em que a Ucrânia protocola ação no Tribunal de Haia contra a Rússia e a União Europeia autoriza € 450 milhões para a compra de armas para ucranianos

Soldados ucranianos fazem ronda em meio a ruas desertas. No quinto dia de conflito, a Fifa anuncia a expulsão da Rússia da Copa do Mundo de 2022, no Catar, e a Ucrânia decide libertar presos com experiência militar para lutar contra a Rússia

Rússia derruba torre de transmissão em Kiev e população fica sem televisão, dia em que a Rússia solicita o bloqueio de emissoras de rádio e de TV críticas ao governo e os Estados Unidos sugerem excluir a Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU

Bombardeio em prédio deixa ao menos quatro mortos em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. Além disso, os sete maiores bancos russos são expulsos do Swift (sistema mundial de comunicação interbancária)

Ataque russo provoca incêndio na maior usina nuclear da Ucrânia. No oitavo dia, a Unicef já calcula meio milhão de crianças que deixaram a Ucrânia como refugiadas e a Alemanha anuncia o fornecimento de 2.700 mísseis adicionais à Ucrânia

Casa destruída após bombardeio russo nos arredores de Kiev. Neste dia, um ataque aéreo russo matou duas crianças e cinco adultos na região de Kiev e, nos Estados Unidos, um senador pediu aos russos assassinato de Putin

O Brasil não foi mencionado no comunicado. No dia 27 de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro disse que o país adotará uma posição de neutralidade em relação ao conflito. O chefe do Executivo brasileiro ressaltou que é preciso agir de forma a não gerar consequências ao Brasil, frisando a importância do setor agropecurário. “A cada cinco pessoas no mundo, uma é alimentada pelo Brasil. Nossa posição tem que ser de bastante cautela”, justificou.

Bolsonaro chegou a desautorizar um comentário do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que repudiou os ataques russos e comparou Vladimir Putin ao ditador nazista Adolf Hitler.

O chefe do Executivo federal ponderou que Mourão cometeu uma “peruada”. Segundo Bolsonaro, apenas o presidente da República deveria se manifestar sobre o assunto, visto que a Constituição versa que compete privativamente ao presidente manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos.

“Quem fala desse assunto é o presidente, e o presidente chama-se Jair Messias Bolsonaro, e ponto-final. Então, com todo respeito a essa pessoa [Hamilton Mourão], ela está falando algo que não lhe deve, que não é de competência dela, é de competência nossa. Quem está falando está dando peruada naquilo que não lhe compete”, afirmou Bolsonaro.

 

Fonte: BRASÍLIA | Hellen Leite, do R7, em Brasília