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Campanha “A Sua Denúncia Salva” visa a prevenção do feminicídio

Objetivo é propor ações voltadas ao combate da violência contra a mulher; Este ano, DF registrou 9 casos

governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), lançou, na manhã desta quinta-feira (9/3), a campanha “A Sua Denúncia Salva”, contra o feminicídio.

“O movimento de mulheres é o que reequilibra a nossa sociedade. Peguei o pior índice de feminicídio da história do DF. Perdemos nove mulheres no DF este ano. Das nove, quatro nunca registraram boletim de ocorrência.”, afirmou Celina.

“Precisamos perceber que o Estado precisa melhorar. Estamos criando procedimentos e protocolos para que aquela mulher, no segundo momento de registro, já tenha acesso a equipamentos para que ela seja definitivamente protegida”, afirmou a governadora.

Na oportunidade, Celina destacou que a força-tarefa criada para propor ações voltadas à prevenção do feminicídio ganhou reforço da Câmara e do Senado Federal, em decreto publicado no Diário Oficial (DODF) desta quinta.

“Nós trazemos o olhar Federal e a oportunidade de agregarmos políticas públicas para trocar experiências. Vamos discutir os problemas e soluções e até aportes financeiros para o GDF. O objetivo é ampliar a proteção à mulher”, defendeu Celina.

Ela ressaltou que a força-tarefa é definitiva. “A sociedade civil organizada também irá participar. Já definimos metas para as nossas pastas e vamos nos reunir para alinhar onde precisamos avançar. Também anunciamos o lançamento com os valores das bolsas-auxílio para os órfãos do feminicídio e para o auxílio-aluguel das mulheres vítimas de violência doméstica”.

Celina Leão lembrou de projetos de lei aprovados por ela na Câmara dos Deputados, quando era parlamentar, e o trabalho para regulamentar essas leis no Distrito Federal, a exemplo de uma que determina às escolas da rede pública promoverem uma semana de combate à violência contra as mulheres.

Ainda segundo Celina Leão, todas as 84 leis aprovadas na Câmara Federal pela bancada feminina serão regulamentadas também no Distrito Federal.

A Sua Denúncia Salva

A campanha institucional será veiculada nas principais redes de rádio e televisão, além de mídias digital e impressa. A exibição teve início na quarta-feira (8/2), Dia Internacional da Mulher.

“É importante entender que a pauta da mulher deve ser de toda a sociedade, e não só do governo. É alarmante que 70% das vítimas de feminicídio não procuraram ajuda e muitas famílias sabiam e não denunciaram. A pauta da mulher tem que sair das páginas policiais. Vamos combater esse mal através de toda a sociedade”, acrescentou a secretária da Mulher, Giselle Ferreira.

Espaço de Poder

O evento desta manhã ocorreu no Auditório Lindberg Aziz Cury, na Câmara Legislativa do DF. Na ocasião, a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF), em parceria com a Secretaria da Mulher, promoveu a palestra Mulheres em Espaço de Poder.

O evento, organizado para comemorar o Mês da Mulher, aborda a realidade feminina no contexto de cargos de liderança e suas problemáticas quanto aos desafios para o empoderamento. (Do Metrópoles.com).

Câmara Legislativa do DF debate o papel da mulher na sociedade atual

ZULEIKA LOPES
Especial para o Brasília Agora

Aproximadamente 80 mulheres, das mais diferentes regiões administrativas e de categorias profissionais, foram agraciadas pela Câmara Legislativa do Distrito Feederal (CLDF) no Dia Internacional da Mulher-8 de março, com certificados de honra ao mérito. A sessão conjunta e os certificados foram assinados pelas distritais Jaqueline Silva, Dayse Amarilio, Doutora Jane e Paula Belmonte, o que demonstrou a união e o fortalecimento da bancada feminina na CLDF.

E foram momentos de reflexôes e posicionamentos encorajadores sobre a luta feminina por igualdade de direitos e por oportunidades no mercado de trabalho. A governadora em exercício, Celina Leão, em sua rápida explanação, sobre os 8 feminicídios acontecidos nos três primeiros meses de 2023, colocou uma novidade alvissareira para todas nós.

Em breve, a mulher que for à delegacia denunciar o agressor, já sairá com um celular na mão, onde poderá acionar o botão do pânico, quando estiver em perigo. Nos moldes de hoje, você precisa esperar a audiência das medidas protetivas e só depois entrar em um programa do judiciário para ter acesso ao botão do pânico, como é popularmente chamado.

Outra grande preocupação das distritais foi quanto às crianças órfãs dos feminicídios. Foram falados números estarrecedores, que no Distrito Federal podem chegar a 500. Projetos de lei, tanto no parlamento local quanto na Câmara Federal, estão sendo apresentados e votados para garantir um salário mínimo até os 18 anos às vítimas desta crescente tragédia familiar, desestruturante da sociedade.

A distrital de primeira legislatura Dayse Amarilio contou do seu impacto ao entrar pela primeira vez dentro da casa Abrigo para mulheres vítimas de violência, bem como a deputada Paula Belmonte relatou suas visitas ao presídio Feminino da Colmeia, localizado no Gama.

A ex-distrital e ex procuradora da Mulher da CLDF, Julia Lucy, em sua fala, alertou às mulheres quanto a sua bandeira do planejamento familiar. O direito da mulher de planejar quando e como engravidar ou, mesmo dela optar por não ser mãe. Esclareceu ainda da imposição da sociedade que induz a mulher a ficar em um casamento sofrendo constantes agressões até se tornar um feminicídio.

Como o @blogdazuleika teve acento à mesa diretora da condução dos trabalhos, no meu momento de fala, conclamei às mulheres que reflitam sobre a possibilidade de serem empreendedoras, abrir seu próprio negócio, mesmo que seja em casa, para terem a oportunidade de geração de renda enquanto cuidam da criação de seus filhos. Foi muito gratificante poder dizer que meu exemplo pode ser seguido.

Também em referência à data, a CLDF iniciou, na sessão ordinária de ontem (7), a votação de projetos de lei voltados à população feminina. Foram aprovados, em primeiro turno, duas propostas da deputada Jaqueline Silva. O PL 2.776/2022 institui o programa de enfrentamento ao assédio e à violência política contra a mulher a fim de estimular e garantir um ambiente seguro para elas nos espaços políticos. Já o PL 2.949/2022 cria a campanha “Agosto Lilás” voltado à conscientização pelo fim da violência contra as mulheres por meio de campanhas educativas. Ao longo deste mês, serão apreciados dois projetos de cada distrital em defesa das mulheres.