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Corpo de jovem que morreu após encontro com jogador da base do Corinthians passará por exames

31 de janeiro, 2024 / Por: Agência O Globo

A delegada que registrou o caso, Dalva Cristina de Oliveira, da 30ª DP (Tatuapé), determinou que o corpo de Lívia fosse levado para o IML

Corpo de jovem que morreu após encontro com jogador da base do Corinthians passará por exames
Lívia Gabriele da Silva Matos morreu após encontro com jogador da base do Corinthians — Foto: Reprodução / instagram

O corpo da jovem de 19 anos que morreu após um encontro com um jogador da base do Corinthians, em São Paulo, passará por exames complementares para se saber a causa exata da morte. Segundo o boletim de ocorrência, o médico que atendeu Lívia Gabriele da Silva Matos contou que ela tinha um corte de aproximadamente cinco centímetros em sua parte íntima. No entanto, ele não conseguiu confirmar se a lesão foi ocasionada pela relação sexual que ela manteve com o jogador Dimas Cândido De Oliveira Filho ou por algum objeto.

A delegada que registrou o caso, Dalva Cristina de Oliveira, da 30ª DP (Tatuapé), determinou que o corpo de Lívia fosse levado para o IML. Ela solicitou a realização dos exames necroscópico, toxicológico e sexológico. O caso foi registrado como morte súbita, sem causa determinante aparente. Em nota, o Corinthians informou que “aguarda a investigação dos fatos e está à disposição para colaborar com as autoridades e as famílias”.

Entenda o caso

Dimas e Lívia conversavam através de uma rede social há alguns meses e marcaram um encontro na casa dele, no Tatuapé, na noite de terça-feira. Era a primeira vez que eles se viam. Segundo Dimas contou à polícia, ele sairia de férias e viajaria para João Pessoa, onde reside sua família. Durante o encontro, eles mantiveram relação sexual usando preservativo e que não consumiram álcool ou drogas. Ele acrescentou, contudo, que Lívia levou à sua casa dois cigarros eletrônicos e que continham uma espécie de óleo dentro, o que foi aprendido pelos policiais.

Lívia Gabriele da Silva Matos tinha um corte na parte íntima, cuja origem não foi possível ser determinada
Jovem de 19 anos morreu após encontro com atleta Dimas Candido de Oliveira Filho, de 18 anos, em apartamento na Zona Leste de SP – Foto: Reprodução

O jogador relatou ainda que eles voltaram a ter relações e que neste momento ele percebeu que Lívia desmaiou. Ele relatou que acionou o SAMU e, por telefone, foi orientado a fazer massagem cardíaca nela até a chegada da ambulância. Depois que o socorro chegou, ele se revezou nas massagens com a enfermeira e que acompanhou a jovem até o Hospital Municipal de Tatuapé.

Dimas relatou ainda que, com a ajuda da enfermeira, conseguiu desbloquear o telefone de Lívia e ligar para a mãe dela. E que a enfermeira conversou com a irmã de Lívia e contou o que estava acontecendo e para onde ela seria levada. A irmã dela, segundo Dimas contou à polícia e está registrado no B.O., teria dito que ela bebeu cerveja durante a tarde e tomava remédio contra a ansiedade.

Família aciona a polícia

A Polícia Militar foi acionada pelo pai de Lívia, que é PM reformado. Rubens Chagas Matos, em depoimento, confirmou a versão dada por Dimas de que a enfermeira teria conversado com a família e informado o estado de saúde da jovem. Ele disse ainda, que ela tinha contato que iria visitar uma amiga e depois assistir a uma partida do Corinthians em um bar. O pai de Lívia contou que ela não usava drogas e não tinha o costume de ingerir bebida alcoólica.

Ainda segundo Rubens, Dimas teria dito que o pai dele teria comprado uma passagem para que ele viajasse para Minas Gerais. Mas o orientou a ficar em São Paulo por causa da gravidade do caso. Ele ainda relatou que Dimas não demonstrou ter “esboçado nenhuma preocupação ou sentimento por sua filha”. Eles chegaram a se desentender e a polícia foi acionada.

Rubens contou que o médico confirmou que Lívia teve três paradas cardíacas e que a hemorragia havia sido controlada. Contudo, 40 minutos após essa conversa, ela teve uma quarta parada respiratória.

A delegada esteve na casa de Dimas e registrou que o imóvel, composto por sala, cozinha, dois quartos e banheiro, tinha poucos móveis e que havia “pequena quantidade de sangue em cima do colchão do casal e no chão, uma camisinha usada e em cima de um pequeno móvel dois cigarros eletrônicos”.