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Cortes na oferta de petróleo podem levar o mundo à recessão, diz IEA

13 de outubro, 2022

Avaliação leva em conta que decisão dos países produtores tem potencial de aumentar as pressões inflacionárias e manter os juros em níveis elevados Opep+ decidiu […]

Cortes na oferta de petróleo podem levar o mundo à recessão, diz IEA
Agência Brasil

Avaliação leva em conta que decisão dos países produtores tem potencial de aumentar as pressões inflacionárias e manter os juros em níveis elevados

Opep+ decidiu conter a produção de petróleo

SERGEI KARPUKHIN/REUTERS – 28.1.2015
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A decisão do grupo produtor de petróleo Opep+ de conter a produção elevou os preços e pode levar a economia global à recessão, avalia a IEA (Agência Internacional de Energia) em relatório divulgado nesta quinta-feira (13).

“A deterioração implacável da economia e os preços mais altos provocados por um plano da Opep+ para cortar a oferta estão diminuindo a demanda mundial de petróleo”, disse a agência com sede em Paris, que inclui os Estados Unidos e outros países consumidores importantes.

“Com pressões inflacionárias implacáveis e aumentos das taxas de juros cobrando seu preço, as cotações mais altas do petróleo podem ser o ponto de inflexão para uma economia global já à beira da recessão”, acrescentou em seu relatório mensal do petróleo. O alerta da agência destaca uma divergência com a Arábia Saudita, maior exportador de petróleo do mundo e líder de fato da Opep.

O presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu “consequências” não especificadas para as relações com a Arábia Saudita após a medida da Opep+, mas Riad rejeitou as críticas e disse que a medida não era política e visava equilibrar o mercado e conter a volatilidade.

As perdas reais de oferta provavelmente serão de cerca de 1 milhão de barris por dia e não os 2 milhões de barris anunciados pela Opep+, bloco que une o clube de produtores e aliados como a Rússia, disse a AIE.

As restrições de capacidade que afetam a produção em outros membros da Opep significam que a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos entregarão a maior parte das reduções, disse a AIE, enquanto novas sanções do G7 e da União Europeia à Rússia podem restringir ainda mais a oferta global.

 

  • Fonte: ECONOMIA | por Reuters