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Defesa vai pedir revogação de prisão preventiva de Filipe Martins, preso em operação que apura tentativa de golpe

14 de fevereiro, 2024 / Por: Agência O Globo

O ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência foi preso na semana passada por pedido da PF. Investigação aponta que ele seria um dos responsáveis por apresentar minuta

Defesa vai pedir revogação de prisão preventiva de Filipe Martins, preso em operação que apura tentativa de golpe
Filipe Martins — Foto: Reprodução/Instagram

A defesa do ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República Filipe Martins vai apresentar, nesta semana, um requerimento de revogação da prisão preventiva alegando que a medida não é necessária. Martins foi preso na semana passada no âmbito de uma operação da Polícia Federal que apura suspeita de que uma organização criminosa planejou um golpe de Estado com o intuito de manter o então presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Os advogados do ex-assessor afirmaram que em caso de negativa do relator, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, vão solicitar que a matéria seja apreciada pelo colegiado.

Na investigação, a PF aponta que Filipe Martins foi uma das pessoas que apresentou a Bolsonaro, em novembro de 2022, uma minuta de decreto para executar um golpe de Estado. O documento detalhava supostas interferências do Judiciário no Executivo e decretava a prisão de diversas autoridades, dentre elas Moraes e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A minuta foi depois alterada, mas manteve a determinação de prisão de Moraes.

A defesa do coronel do Exército Marcelo Câmara também informou que vai entrar, na próxima quinta-feira (15), com um agravo regimental pedindo que Moraes reconsidere a prisão preventiva do militar. “A prisão preventiva foi medida extrema absolutamente desnecessária e merece ser revista”, afirmou Eduardo Kuntz. Câmara, que foi assessor especial no gabinete da Presidência da República no governo Bolsonaro, foi preso no âmbito da mesma operação.

Outro alvo da operação que teve a prisão decretada foi o coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa Netto. Ele estava nos Estados Unidos e chegou ao Brasil na madrugada do último domingo (11). O militar está detido no Batalhão da Guarda Presidencial. O quarto preso na operação foi o major das Forças Especiais do Exército Rafael Martins de Oliveira. Na investigação, a PF obteve diálogos dele com o tenente-coronel Mauro Cid no qual os dois discutiram o pagamento de R$ 100 mil para custear a ida de manifestantes a Brasília.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também foi preso durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão depois que a polícia encontrou com ele uma arma ilegal. O político foi solto no sábado (10).


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