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Divulgada pesquisa por amostra de domicílios de 2018 e 2021

15 de dezembro, 2022

Considerada o principal instrumento de aferição para conhecer o Distrito Federal e suas 33 regiões administrativas (RAs), a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) […]

Divulgada pesquisa por amostra de domicílios de 2018 e 2021
Destaque da Pdad desses anos é o aumento da população idosa no DF - foto: Marcelo Camargo/ABr

Considerada o principal instrumento de aferição para conhecer o Distrito Federal e suas 33 regiões administrativas (RAs), a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) teve o relatório referente aos anos de 2018 e 2021 publicado, no início desta semana, pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF). Um dos dados em destaque é o aumento da população idosa do Distrito Federal.

Em 2018, a Pdad contabilizou 2.881.900 habitantes no Distrito Federal. Em 2021, esse número passou para 3.010.881. Foi observada uma ampliação do topo da pirâmide etária, indicando aumento da população idosa, com destaque para a população feminina, contingente no qual se constatou maior expectativa de vida.

Em razão da dinâmica habitacional do DF, alguns resultados devem ser interpretados com cautela, já que não refletem exatamente a mesma área de cobertura. Na Pdad 2018, além de haver apenas 31 RAs (posteriormente adaptadas para 33 com desagregação de Arniqueira e Sol Nascente/Pôr do Sol), a cobertura foi menor, pois áreas como o Assentamento 26 de Setembro, em Vicente Pires, e o Morro da Cruz, em São Sebastião, foram incluídas depois.

Trabalho e renda

Entre as duas edições da pesquisa, houve redução da população economicamente ativa – índice que reúne pessoas ocupadas ou desempregadas. Em 2018, 61,4% da população em idade ativa (pessoas com 14 anos ou mais) estava economicamente ativa. Já em 2021, esse percentual caiu para 58,9%.

Quanto ao rendimento do trabalho principal, o maior grupo era o de trabalhadores que recebiam de R$ 1 mil a R$ 2 mil em ambos os anos, correspondendo a 39,5% em 2018 e 39% em 2021. Em média, a remuneração mensal do trabalho principal passou de R$ 4.116 para R$ 3.908, representando uma queda real de 5%.

Tanto em 2018 quanto em 2021, a maioria dos domicílios tinha uma renda de R$ 2 mil a R$ 5 mil – 33,8% e 33,2%, respectivamente. Em média, o rendimento domiciliar passou de R$ 7.396 para R$ 6.936, uma queda próxima de 6%. Em resumo, pode-se afirmar que a pandemia contribuiu para o desgaste na renda da população do Distrito Federal.

Domicílios

A pesquisa contabilizou 883.213 domicílios particulares ocupados em 2018 e 963.812 em 2021, a maioria dos quais são casas (68,9% e 63,6%, respectivamente), seguidas por apartamentos (28,7% e 33,7%, respectivamente), que cresceram exponencialmente entre as duas edições, sugerindo uma verticalização que pode ser observada principalmente no Guará e em Águas Claras. Moradias populares, como Riacho Parque e Paranoá Parque, Crixás e, futuramente, Itapoã Parque, contribuíram para a verticalização.

Em 2018, 89,9% dos domicílios tinham acesso próprio à internet. Já em 2021, esse percentual chegou a 95,5%. Somando os domicílios com acesso próprio e compartilhado com outros domicílios, é possível afirmar que o acesso à internet está praticamente universalizado no DF.

Infraestrutura urbana

No que se refere ao abastecimento de água, esgotamento sanitário e fornecimento de energia elétrica, foi observado aumento na cobertura dos serviços, com percentuais acima de 90% nas duas edições.

Sobre o recolhimento de lixo, 80,9% dos domicílios em 2018 e 95% em 2021 eram atendidos por serviço de coleta convencional. Destaca-se o crescimento de domicílios atendidos por coleta seletiva, de 49,8% para 83%. Em relação à rua de acesso dos domicílios, os percentuais são similares em ambos os anos.

O estudo aponta que cerca de 95% dessas vias eram asfaltados e tinham iluminação, por volta de 91% tinham calçadas e pouco mais de 77% contavam com drenagem pluvial. Além disso, a percepção de policiamento regular passou de 53,1% dos domicílios em 2018 para 65,8% em 2021. Tais resultados apontam para uma quase universalização dos serviços públicos e da infraestrutura urbana.