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A LUZ NO VERMELHO

O CONSUMIDOR do DF já começa a receber a “continha“ pela falta de chuvas em reservatórios. Embora possa parecer difícil explicar a falta de chuvas depois do toró que caiu esta semana no DF, a explicação é fácil: choveu sim, mas não como devia e onde devia. Resultado: consumidores com contas majoradas em mais de 25%. E pode piorar.

A LUZ NO VERMELHO (II)

PODE piorar porque o custo para a indústria fica mais alto ainda. E, claro, esse setor vai repassar esses valores para o consumidor final. Pegue-se, por exemplo, a indústria automobilística, que já prevê mais aumentos em seus produtos com base nos reajustes de tarifas elétricas.

A LUZ NO VERMELHO (III)

JUNTE-SE a isso o fato de que o governo federal, para assegurar a manutenção mínima das hidreléticas, ainda pretende restringir o escoamento de águas em represas, o que deve afetar a atividade agrícola. Como resultado: preços mais caros também na comida. Não é à toa que analistas comedidos já preveem inflação acima dos 6% ao ano até dezembro. Bem acima da meta prevista pelo Ipiranga.

E SINAL AMARELO

O COMITÊ gestor da crise da pandemia que alimenta o governador Ibaneis de informações que permitem a flexbilização ou não das medidas restritivas entrou em alerta máximo depois que os índices de ocupação das UTIs voltaram a ultrapassar os 90%. Além de monitorar esse índice, eles estão voltados para a remessa de vacinas que permitam a continuidade do processo de imunização da população. Se esta liberação sofrer descontinuidade e os índices subirem, virão nova medidas de restrição das atividades comerciais.

BONDADES ELEITORAIS

JÁ está no bolso do Ipiranga o “pedido” do presidente Bolsonaro para que os salários dos servidores sejam reajustados em pelo menos 5% em 2022. Não por acaso é ano eleitoral. Avesso a qualquer ameaça de novos gastos, e para o ministro salário é gasto, Guedes vai ter que se virar, porque o “pedido“ é fundamental para melhorar a popularidade do presidente.

Alívio nos eventos

O GOVERNADOR Ibaneis vai sancionar o projeto de lei aprovado na CLDF que permite isentar o IPTU e o IPVA de empresas do setor de turismo. Eventos, no período entre 1º de janeiro de 2022 e 31 de dezembro de 2024. O texto aprovado ainda reduz para o segmento, a partir de 1º de janeiro de 2022, a alíquota do Imposto Sobre Serviços (ISS), de 5% para 2%.

Alívio nos eventos (II)

O PROJETO é amplo e benefi cia dentro da cadeia do segmento setores como casas de show, fi lmagem de eventos, sonoplastia, atividades cênicas, circenses, apresentações teatrais, e atividade relacionadas a tratamentos de beleza.

MAIS POBRES E TRISTES

DE ACORDO com a pesquisa Bem-Estar Trabalhista, Felicidade e Pandemia, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), o país atingiu, em 2020, a pior nota média de satisfação com a vida desde 2006. Já a desigualdade, medida pelo chamado índice de Gini, atingiu o patamar mais alto, batendo também o recorde de toda a série histórica no primeiro trimestre de 2021.