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Em Brasília, Coletivo Instrumento de Ver estreia espetáculo circense

9 de dezembro, 2022

Trata-se da peça “23 fragmentos desses últimos dias”, que fez grande sucesso durante temporada na França iretamente do outro lado do oceano, o espetáculo circense […]

Em Brasília, Coletivo Instrumento de Ver estreia espetáculo circense
Artistas costumam se apresentar como acrobatas, técnicas, produtoras, realizadoras, criadoras, pipoqueiras e circenses - foto: João Saenger

Trata-se da peça “23 fragmentos desses últimos dias”, que fez grande sucesso durante temporada na França

iretamente do outro lado do oceano, o espetáculo circense “23 fragmentos desses últimos dias” desembarca em Brasília para duas únicas apresentações. A produção franco-brasileira nasceu, em 2019, da colaboração entre o coletivo brasiliense Instrumento de Ver e a companhia francesa Le Troisième Cirque.

Em 2022, após uma temporada de criação e circulação europeia que contou com 26 apresentações em cidades da França, Suíça e Bélgica, o espetáculo que também esteve no Festival de Circo do Brasil, em Recife, volta à capital para grande estreia.

Para conferir esse belíssimo manejo de objetos não descartáveis, os candangos já podem garantir o ingresso, com desconto na compra antecipada, pela página do Sympla. A produção conta com o apoio do Instituto Francês, da Ville de Paris, da Embaixada da França no Brasil e do Le Troisième Cirque.

Responsável pela circografia da obra, a francesa Maroussia Diaz-Verbèke propõe a dinâmica do espetáculo, desenhado na sua pesquisa original sobre a escritura do circo. No picadeiro estão as artistas Beatrice Martins, Julia Henning e Maíra Moraes, integrantes do Coletivo Instrumento de Ver, e convidados especiais, um trio brasileiro bem variado: o dançarino carioca André Oliveira, o frevista e contorcionista pernambucano Lucas Maciel e Marco Motta, circense baiano radicado na Espanha.

Em cena, os seis artistas trazem à luz questionamentos sobre o atual momento. Cercando-se de objetos tão frágeis como nós, convidam o público a procurar o botão do futuro e encontrar o heroís­mo em comemorar o crescente número de problemas, precursores de tantas soluções.

Por meio de performances e técnicas impressionantes como o equilibrismo, o faquirismo, o contorcionismo e a acrobacia e de danças de rua, como os brasileiríssimos passinho carioca e frevo, um novo mundo é criado, peça por peça, fragmento por fragmento.

De acordo com Beatrice Martins, a estreia do espetáculo na capital federal é um retorno ao seu lugar de origem. “A montagem começou em Brasília em 2019 e teve a criação interrompida por com a pandemia. Retomamos a sala de ensaio em 2021 e convidamos três novos artistas, o que mudou bastante o espetáculo que mostramos como uma pré-estreia aqui na cidade. Estamos ansiosas para mostrar ao público brasiliense o que fizemos por esse mundão afora!”

Segundo o coletivo, trata-se de um convite ao extraordinário. Os artistas vão correr, sambar, equilibrar, se misturar, bagunçar as emoções e colocar um monte de coisa junto no picadeiro. “Vamos fazer uma bagunça boa daquelas.”

Para completar essa mistura tão típica de nossas expressões culturais, a trilha sonora da obra, cuidadosamente pensada e criada para dar ritmo e contagiar a plateia, é composta apenas por músicas brasileiras. A playlist é resultado da curadoria cuidadosa dos pesquisadores Cícero Fraga, de Brasília, e do francês Loïc Diaz Ronda e celebra tanto a música brasileira contemporânea como os tradicionais forró e frevo.tivo Instrumento de Ver.

Serviço

23 fragmentos desses últimos dias
Local: Teatro Galpão Hugo Rodas, Espaço Cultural Renato Russo, 508 Sul
Data: quinta-feira (15) e sexta-feira (16)
Horário: a partir das 20h
Ingresso: a partir de R$15 a meia-entrada, no Sympla (1º lote)
Classificação indicativa: livre