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Haddad vai discutir o arcabouço fiscal com líderes no Congresso

20 de março, 2023

Lula pediu e o ministro deve debater o tema com Lira, Pacheco, José Guimarães e Jaques Wagner, antes do anúncio oficial O ministro da Fazenda, […]

Haddad vai discutir o arcabouço fiscal com líderes no Congresso
Segundo Fernando Haddad, o novo arcabouço fiscal será anunciado antes da viagem de Lula à China - Foto: Marcelo Camargo/ABr

Lula pediu e o ministro deve debater o tema com Lira, Pacheco, José Guimarães e Jaques Wagner, antes do anúncio oficial

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-fei­ra (20) que seguirá a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação ao encontro com outros líderes e chefes de Poder antes do anúncio oficial do novo arcabouço fiscal. Ainda nesta segunda, ele se encontrará com os líderes do governo na Câmara e no Senado para debater a proposta.

“O presidente orientou que, antes do anúncio oficial, fossem feitas algumas conversas importantes com os presidentes das duas Casas [Arthur Lira e Rodrigo Pacheco], com os líderes [do Congresso] e com alguns economistas que não fossem de mercado para evitar contágio, informação privilegiada”, disse.

Segundo o ministro, o novo arcabouço fiscal será anunciado antes da viagem de Lula para a China, marcada para o próximo sábado (25/3). Haddad confirmou que, entre esta segunda (20) e terça-feira (21), ele se encontrará com lideranças do governo no Congresso Nacional, na sede do Ministério da Fazenda.

De acordo com a agenda do ministro, ele se reuniu com o deputado federal José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, assim como com Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado. Após a reunião com os líderes das duas casas, Haddad se encontrou com Arthur Lira. E está na programação encontro com Rodrigo Pacheco ainda nesta segunda-feira.

Copom

Haddad também indicou que a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), marcada para terça e quarta-feira (21 e 22/3), não está entre as preocupações do governo para acelerar o anúncio do novo arcabouço.

“Sobre o anúncio antes do Copom, são duas agendas diferentes, têm a sua dinâmica. Não podemos atropelar esse processo de conversa, e tem que sair algo sólido, que faça sentido, e não vai ser o açodamento que vai nos levar a essa situação”, declarou o ministro.

Atualmente, a taxa básica de juros em 13,75% ao ano é motivo de críticas do governo contra o BC. “Um rombo orçamentário foi patrocinado pelo afã do governo anterior, de se reeleger a todo custo, e agora temos a maior taxa de juros real do mundo”, afirmou. (Do Metropoles.com).

Para Alckmin, novas regras fiscais vão levar à queda de juros

O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), criticou nesta segunda-feira (20/3) a taxa de juros mantida pelo Banco Central, mas avaliou que a apresentação de um novo arcabouço fiscal pelo governo deverá abrir caminho para a redução desse índice.

Alckmin participou de seminário promovido hoje pelo BNDES – Foto: Joédson Alves/ABr

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta semana e Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, soma esforços ao governo Lula (PT) contra a manutenção da taxa de juros em 13,75%.

“Não há nada que justifique ter 8% de juros real acima da inflação quando não há demanda explodindo e quando o mundo inteiro tem praticamente juros negativos”, argumentou Alckmin, em seminário promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Alckmin avaliou que o país pode, “com a nova ancoragem fiscal, superar essa dificuldade”, referindo-se aos juros. Segundo Alckmin, o novo arcabouço fiscal “vai combinar curva da dívida – de um lado, superávit, e de outro lado, controle de gastos”. Ainda nas palavras do vice-presidente, “é uma medida inteligente e bem feita”.

O governo se esforça para apresentar, ainda nesta semana, as regras fiscais que deverão substituir o teto de gastos criado sob o governo de Michel Temer (MDB). O projeto precisará ser aprovado pelo Congresso. Em sua fala, Alckmin avaliou ainda que a proposta de reforma tributária que o governo elabora para mandar ao Congresso “está madura” e também é fundamental para a economia brasileira. (Do Metropoles.com).