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CULTURA

LUZ ÆTERNA – Ensaio Sobre o Sol 

5 de fevereiro, 2024 / Por: Centro Cultural Banco do Brasil /Brasília

Com entrada gratuita; as sete obras de artistas brasileiros que unem arte e tecnologia

LUZ ÆTERNA – Ensaio Sobre o Sol 
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

De entidade divina nos primórdios, ao papel crucial na criação da eletricidade, a jornada da principal estrela do universo é o fio condutor da exposição inédita “LUZ ÆTERNA – Ensaio Sobre o Sol”, que estreia no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília em 09 de fevereiro. Com entrada gratuita, a mostra segue até 05 de maio e depois percorre as unidades do CCBB no Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.

Sete obras imersivas evocam a poética do Sol ao unir arte e tecnologia para proporcionar experiências sensoriais. Por meio de projeções digitais e instalações interativas, a exposição convida os participantes a vivenciarem a evolução e o poder deste corpo celeste, essencial à vida na terra.

Sete artistas brasileiros, que usam a tecnologia digital e a luz como elementos primordiais, foram convidados a criar as obras site specific, concebidas exclusivamente para os espaços do Centro Cultural. Na exposição, ilustram o que acontece quando o Sol, transformado em luz artificial e eletricidade, é incorporado pela mente de um artista.

Obras e Artistas

Criada em 2019 por Felipe Sztutman e Antonio CurtiAYA é um estúdio brasileiro de new media art focado em projetos culturais, incluindo obras de arte, instalações imersivas e exposições que exploram a arte digital e novas mídias.

Gênesis se apresenta como uma obra de arte imersiva projetada para transportar o espectador para uma jornada visual e sensorial, explorando a história e a influência do Sol. Esta sala imersiva de projeção é concebida como um espaço onde os visitantes podem vivenciar a evolução e o poder do Sol. Gênesis busca não apenas esclarecer a importância do Sol em múltiplos aspectos da existência, mas também provocar uma reflexão sobre a relação entre natureza, tecnologia e sociedade.

Bruno Borne – Perihelion, 2019

Bruno Borne (Porto Alegre, 1979) é doutor em poéticas visuais pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGAV/UFRGS). Em seus trabalhos, trata de questões sensoriais e espaciais relacionando ambiente de exposição, obra e espectador. Produz videoinstalações, esculturas e impressões com técnicas de computação gráfica e procedimentos ligados à arquitetura.

Em Perihelion (2019), o céu é captado, reprocessado e projetado, em tempo real, no interior da sala, como uma câmera obscura. Nesse engenhoso processo, relógios concêntricos são postos em ação. O primeiro, uma elipse, tem o ciclo de um minuto e vai da escuridão à luz intensa, com um som que, sinestesicamente, funciona como um sino de anunciação. O segundo dura uma hora, marcando a rotação em torno de um espelho convexo circular (espécie de Lua, que reflete e difunde a luz do céu no ambiente). O terceiro circuito se estende do solstício de verão até seu equinócio.

Arthur Boeira e Gustavo Milward – Aquarela de Íons, 2024

Gustavo Milward, também conhecido como Drawlim, é um artista multimídia que se concentra em novas mídias e linguagens de tecnologia digital. Buscando sempre ultrapassar os limites da interdisciplinaridade, ele explora a relação entre performance, dispositivos tecnológicos, espaços físicos e virtuais.

Arthur Boeira é programador, artista visual e músico e atua desde 2015. Seu trabalho se materializou a partir de uma constante pesquisa da filosofia da ciência e tecnologia aplicada à arte. A partir de trabalhos híbridos, o artista visa criar um espaço de reflexão e aprendizado por meio de interatividade e participação ativa do público.

A cada 11 anos, o Sol passa por um período de atividade magnética chamado ciclo solar. Durante esse tempo, os polos se invertem, o que resulta em períodos de baixa e alta atividade. O fenômeno é observado a partir da identificação de manchas solares. Em cada um desses ciclos, há uma mudança no campo magnético do Sol que afeta o espaço e o clima espacial e atinge as tecnologias da Terra. A próxima inversão acontece em 2024.

Aquarela de Íons propõe uma reflexão sobre a magnitude solar e seu poder de influenciar até mesmo corpos distantes em forma de data art. A obra envolve um sistema celestial e satélite que captura os íons solares e os apresenta de uma maneira imersiva e sensorial para o público, com a aproximação do espaço e território humano por meio de som, luz e imagem. A peça utiliza dados retroativos de fenômenos solares e apresenta um formato visual que narra as atividades solares das estrelas.

Ero – Fluido Solar, 2024

ErotidesNai, ou ERO, é uma diretora criativa pernambucana que iniciou seu trajeto no universo audiovisual dentro da moda e logo se adaptou aos efeitos visuais e às possibilidades tecnológicas do mundo cinematográfico. Especialista em metaverso e web3, a artista se destacou pelo desenvolvimento de ambientes imersivos, avatares e cenários digitais. Seus trabalhos abrangem uma variedade de projetos, dos quais podem ser mencionados Brazil Immersive Fashion WeekMeta Inovation e Design Week.

Fluido Solar se apresenta em uma obra de artes visuais participativa e imersiva que se inspira no conceito do círculo âmbar, que se situa no plexo solar dos seres vivos e simboliza o Sol de Thelema, trazendo consigo a verdadeira vontade individual e de centralidade da essência da vida. A obra apresenta de forma lírica e poética a busca pela iluminação, destacando o contraste entre o desconhecido e a luz interior de cada um de nós.

A peça artística desafia a bidimensionalidade ao flutuar no espaço central da sala, oferecendo raízes como conexão com a Terra e a natureza. Transformando-se em um espelho interativo, ela reflete a jornada de cada visitante, convidando-o à contemplação da própria essência e da luz interior. Essa experiência pessoal ressalta a autodescoberta como um processo íntimo e incentiva a partilha dessa luz para guiar outros em suas jornadas.

Leston – Céu Zero, 2024

Leston é músico, artista multimídia, creative technologist e desenvolvedor, Leston realiza trabalhos que, a partir de uma perspectiva crítica, tensionam as relações entre arte e tecnologia e entre música e visualidade. É criador dos projetos audiovisuais Orquestra Vermelha, Moiré, Menos e Ré. Também fez parte da Patife Band e compôs diversas trilhas sonoras para séries e filmes.

O horizonte, essa linha que separa o céu e a terra, está sempre distante. Por mais que tentemos nos aproximar, ele segue longe, no infinito. Mas o que aconteceria se, de alguma maneira, nós conseguíssemos capturá-lo? O que aconteceria se, finalmente, ele estivesse ao nosso lado e na altura dos nossos olhos?
Talvez assim fosse possível entender que o céu não é plano, como nos parece quando olhamos para cima. Talvez assim fosse possível entender que as coisas que vemos não acontecem apenas uma ao lado da outra, mas também uma atrás da outra.
Talvez assim fosse possível ver a luz se espalhando e dominando o espaço.

Informações

“LUZ ÆTERNA – Ensaio Sobre o Sol”
Local
: Centro Cultural Banco do Brasil Brasília |
Endereço: SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Especial Sul – Brasília – DF
Período
 | 09 de fevereiro a 05 de maio de 2024, das 09h às 21h | Local | Galerias 2, 4 e Pavilhão de Vidro |
Classificação indicativa: livre | Ingressos | em www.bb.com.br/cultura e na bilheteria do CCBB Brasília | Entrada Gratuita

Visite-nos

SCES, Trecho 2 – Brasília/DF
Contato: (61) 3108 7600 e [email protected]
Todos os dias, das 09h às 21h, exceto às segundas.