CULTURA
Regiões do DF recebem a instalação coreográfica Sopro
31 de outubro, 2022Obra terá estreia inédita em novembro no Espaço Pé Direito e Complexo Cultural de Planaltina O tema da gestação da vida serviu de mote para […]
Obra terá estreia inédita em novembro no Espaço Pé Direito e Complexo Cultural de Planaltina
O tema da gestação da vida serviu de mote para a multiartista Marcia Regina adentrar em pesquisas sobre a “metamorfose”, a partir da relação entre humanos e as plantas. A pesquisa se iniciou em 2014 e, após anos, com a participação fundamental de artistas como Camila Torres, Nine Ribeiro e Ramesh Cantarino, as ideias se transformaram na instalação coreográfica Sopro. A produção conta com concepção geral, direção, pesquisa, dramaturgia, coreografia e atuação de Marcia Regina.
Com realização da cia. víÇeras e Baleia Filmes, a obra estreia na capital federal nos dias 4, 5 e 6 de novembro, no Espaço Cultural Pé Direito, na Vila Telebrasília – sexta e sábado às 20h, e no domingo às 19h, ingressos: R$ 15 (meia-entrada). Os ingressos podem para todas as apresentações podem ser adquiridos pelo link: https://www.sympla.com.br/evento/sopro/1760636/;
Já nos dias 10 e 11 de novembro haverá apresentações gratuitas no Complexo Cultural de Planaltina – dia 10, quinta-feira, às 15h e às 19h30 e dia 11, sexta-feira, às 19h30.
Uma das apresentações será voltada para escolas públicas, e outra para pessoas com deficiência auditiva, e contará com tradução em libras. O espetáculo não é recomendado para menores de 16 anos. Mais informações: Instagram @ciaviceras.
A obra conta com
recursos do Fundo
de Apoio à Cultura do
Distrito Federal
As primeiras ideias de Sopro surgiram em 2014, quando Marcia Regina manifestou o desejo de dançar com a amiga e parteira Rita Caribé. Em 2017, junto à artista Sabrina Cunha, Marcia uniu desejos e a escrita para criar a obra Sopro. Outras parcerias surgiram ao longo dos anos e agora a pesquisa será apresentada ao público em uma instalação coreográfica, que pretende abordar o surgimento e a transformação das vidas dentro de um espaço compartilhado com o público: um laboratório-jardim e suas múltiplas materialidades. Para além da instalação coreográfica, o trabalho ainda conta com a produção e exibição de um documentário, que se apresenta como extensão e continuidade da pesquisa, abarcando a linguagem audiovisual ao processo criativo.
“Quando comecei a esboçar o Sopro, em 2014, o desejo era abordar o tema da maternidade pelo viés da dança, junto com uma parteira em cena, podendo assim trazer pistas do que seria gestar uma vida. Com os amadurecimentos internos, uma pandemia, mudanças de visão sobre o que poderia ser a gestação em 2022, iniciei os processos de construção do espetáculo interessada em pesquisar a gestação da vida não só pelo ato humano, mas pelas várias formas possíveis. Daí surge o desejo de dialogar com não-humanos. As plantas entram neste diálogo do que possa ser gestar a vida, elas que sustentam a manutenção e o sopro da vida”, adianta Marcia Regina.
Segundo a artista, as plantas têm dado pistas de como nos movimentar e como perceber que os seres estão o tempo todo gestando a própria vida, num ato ininterrupto de metamorfoses e de migrações de um corpo para outro. Nesta produção, além da metamorfose, investiga-se a maternidade, o universo feminino, a Mãe Terra.