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Seleção brasileira terá oito estreantes contra Inglaterra e Espanha

20 de março, 2024 / Por: Agência O Globo

Em convocação marcada por cortes, atletas tentam garantir minutos com Dorival Júnior

Seleção brasileira terá oito estreantes contra Inglaterra e Espanha
Beraldo, Galeno e Savinho são alguns dos 'calouros' da seleção — Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Passada a turbulência da troca de técnico que marcou o início de 2024, a seleção brasileira vive momento importante para os atletas que sonham em vestir — e continuar assim — a camisa Amarelinha. Com o começo de um novo trabalho, oito estreantes têm a oportunidade de mostrar a Dorival Júnior que merecem espaço com a proximidade da Copa América, entre 20 de junho e 14 de julho, nos Estados Unidos.

Os goleiros Léo Jardim e Rafael, os zagueiros Fabrício Bruno, Murilo e Beraldo, o meia Pablo Maia e os atacantes Savinho e Galeno foram chamados pela primeira vez e vivem a expectativa de ter seus minutos em campo nos amistosos de data Fifa contra Inglaterra, no sábado, em Londres, e Espanha, na terça-feira, em Madri. Não são os únicos: com convocações no currículo, mas ainda sem minutos com a seleção, o lateral-esquerdo Wendell, o volante João Gomes e o goleiro Bento também miram oportunidades.

O gol e a defesa são os setores com mais abertura hoje para os “calouros”. O time de Dorival Júnior está desfalcado de seus dois goleiros considerados titulares, Ederson e Alisson. Pelo histórico na seleção e regularidade no Brasileirão pelo Athletico, Bento pode sair na frente. Rafael, nome de confiança do treinador na época de São Paulo, e Léo Jardim, que vive momento individual iluminado com a camisa do Vasco, correm por fora.

Zaga com opções

O time também perdeu dois de seus principais zagueiros, Marquinhos e Gabriel Magalhães. Uma das vagas na defesa deve ser herdada por Bremer, mas a competição está aberta entre Fabrício Bruno, Murilo e Beraldo. Os dois primeiros são destaques da posição no futebol brasileiro por Flamengo e Palmeiras, respectivamente. O último foi outro atleta a trabalhar com o treinador no tricolor paulista e rapidamente ganhou espaço no time titular do PSG. Aos 20 anos, é quem está na frente na concorrência.

— Vamos observar bem a chegada de alguns jovens, imaginar que eles estarão em condição boa daqui a dois anos e meio. Fizemos reuniões com muitos jogadores, nem todos aqui estão, mas poderão estar futuramente. Tentamos fazer uma seleção que volte a nos representar de uma maneira séria, concentrada, focada, e tendo conhecimento do que representa vestir uma camisa como a nossa — explicou Dorival, após a primeira convocação.

No meio e no ataque, naturalmente, a briga por espaço é mais acirrada. Savinho, cria do Atlético-MG que despontou de vez no futebol europeu vestindo a camisa do Girona — emprestado pelo Troyes-FRA — tenta cavar espaço em meio a nomes como Vinicius Júnior, Richarlison, Rodrygo e Raphinha, atletas de Copa do Mundo, mais Endrick. Os dez gols e sete assistências em 33 jogos do jovem de 19 anos são suas credenciais por minutos nos dois amistosos.

Opção pelo Brasil

Situação não muito diferente da de Galeno. A seleção de Portugal, para a qual o atacante de 26 anos do Porto também poderia ter sido convocado, tinha interesse em chamá-lo. Mas pesou o desejo do atleta maranhense, de curta passagem no futebol do país (Trindade e Grêmio Anápolis, ambos de Goiás), em vestir a Amarelinha.

Se o torcedor brasileiro o conhece pouco, as referências são as melhores: o ponta-esquerda tem 24 participações em gol (13 gols e 11 assistências) em 38 jogos pelo Porto nesta temporada, que não é a primeira de brilho no futebol europeu.

Lista larga

Os espaços nesta primeira convocação surgiram por uma série de desfalques. Na reta final da temporada europeia, Dorival precisou cortar cinco nomes da lista inicial por problemas físicos. Além de Ederson, Marquinhos e Magalhães, Casemiro e Gabriel Martinelli também não se juntaram ao grupo. Os substitutos foram Léo Jardim, Bremer, Fabrício Bruno, Galeno e Pepê, lista com três “estreantes”.

Os nomes vieram da lista larga da comissão técnica, que tinha 60 jogadores como opções. O critério para a substituição é tático e de características, entre outros fatores menores que também influenciam, como a logística de ter o atleta mais próximo da concentração. Como foi o caso de Bremer, que atua na Juventus, da Itália, e já tinha passagem pela seleção.

—Até então, a preocupação foi tentar alinhar o máximo possível os nomes em uma configuração inicial. Agora detalhamos mais, procuramos um encaixe momentâneo de peças, até termos todos em condições, no campo, observando diretamente. Vai ser agora nosso grande desafio — explicou Dorival.


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