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A Água na Perspectiva do ESG

27 de março, 2023

Em sua definição mais simples, água é vida, todos os seres vivos precisam dela para sobreviver. Embora a água cubra 75% da superfície da Terra, […]

A Água na Perspectiva do ESG

Em sua definição mais simples, água é vida, todos os seres vivos precisam dela para sobreviver. Embora a água cubra 75% da superfície da Terra, apenas uma pequena quantidade dela é água doce, sendo esta usada diretamente por pessoas, animais e plantas para renovar a vida.

Comemorado no dia 22 de março, o Dia Mundial da Água, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1993, tem como objetivo conscientizar o público em geral sobre a necessidade de proteger os recursos para garantir a sobrevivência de todos os ecossistemas do mundo. Todos os anos, a ONU elege um tema para a reflexão que neste ano é “Acelerando Mudanças – Seja a mudança que você deseja ver no Mundo”. Dentre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o número 6 refere-se a meta de que todas as pessoas tenham acesso universal, equitativo e seguro à água potável e ao saneamento, até o ano de 2030.

Os seres humanos utilizam a água para a saúde, higiene, dignidade, produtividade e, em lugares com forte cultura religiosa e espiritual, pode representar uma conexão com a criação, a comunidade e até a si mesmo.

Nas perspectivas ambiental, social e de governança que compõem os pilares do ESG, a água representa um dos elementos que requer atenção, pois pode gerar muitos benefícios na produção de alimentos e o equilíbrio das temperaturas globais, mas também pode representar inundações, maremotos e catástrofes em encostas, algo que tem acontecido frequentemente no Brasil.

Neste sentido, a preservação com equilíbrio e racionalidade no uso adequado pode gerar melhores condições ambientais, sociais e de governança para a sociedade e as empresas.

Nas questões ambientais, a preservação e o uso racional da água podem proporcionar o acesso de todos, redução de catástrofes climáticas, manutenção dos regimes regulares de chuvas e produção agropecuária e florestal. A atividade humana nos níveis e na forma atual, potencializam as mudanças climáticas e interrompem os ciclos naturais da água e comprometem os ecossistemas de água doce.

No âmbito social, as oportunidades são importantes em decorrência do déficit causado nos últimos anos. A melhoria da saúde, da higiene e do saneamento básico poderá reduzir as doenças e faltas no trabalho, maior produtividade e felicidade no entretenimento e lazer.

Para o setor público e privado, na perspectiva da governança, são relevantes as oportunidades com a redução de riscos decorrentes da utilização inadequada da água, a geração de economia de recursos e custos de operação, a melhoria da qualidade dos produtos e a reputação das organizações, principalmente perante as novas gerações.

Muitas são as iniciativas no Brasil para o cuidado da água, mas ainda tem sido localizada e regional, havendo espaço destacado para ações estruturantes e nacionais, tanto do setor público quanto do setor privado.

Como exemplo de preservação, uso racional e governança com a participação social, temos a atividade que reúne mergulhadores e voluntários que fazem uma limpeza simbólica e educativa no leito e nas margens de uma represa. Junta-se a tradicional caminhada de limpeza realizada por funcionários de uma unidade de fabricação de cerveja, comunidade de pescadores e praticantes de esportes náuticos e voluntários engajados. Essa relevante ação ocorre no Reservatório da Unidade Hidrelétrica de Miranda abrange o município de Uberlândia (MG) e Indianópolis (MG), compondo uma área alagada de até 50,6 Km 2, com volume útil de 1,12 bilhões de m3 de água acumulada.

Considerando a dependência mundial na água potável, desde pequenas até grandes cidades, devem colaborar para gerir de forma sustentável este recurso inestimável e necessário para a sobrevivência humana, vegetal e animal.

Saiba mais acessando: brasiliaagora.com.br e ipemai.org.br.
Por Eduardo Fayet – Especialista em Relações Institucionais e Governamentais e ESG