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25 de julho, 2022

PT diante do candidato postiço O Partido dos Trabalhadores definiu Leandro Grass como candidato ao Buriti, marcando um momento histórico da agremiação no Distrito Federal, […]

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PT diante do candidato postiço

O Partido dos Trabalhadores definiu Leandro Grass como candidato ao Buriti, marcando um momento histórico da agremiação no Distrito Federal, já que é a primeira vez que a estrela ficará sem um candidato saído de seus quadros. Grass é do Partido Verde e ganhou a vaga por causa da federação fechada entre os dois partidos e o PCdoB. Resta saber como a militância vai se comportar diante de um candidato postiço.

Lucilene está recuperada

Mas o PT está unido em torna da candidatura de Lucilene Correa ao Senado. Alguns mais saudosistas ainda tentaram encaixar o nome de Geraldo Magela, mas Lucilene mostrou a força de quem passou a vida profissional dedicada ao Sindicato dos Professores e recuperou a preferência.

Cizânia na Câmara Federal

Na Câmara Federal é que a situação está mais grave. Depois que Agnelo Queiróz recebeu as bênçãos da executiva nacional do PT, a conflagração com o pessoal da deputada Erika Kokay aumentou. As contas mais otimistas do partido davam conta que era possível eleger dois deputados na próxima legislatura, mas os mais realistas sabem que este é um cenário dificílimo. E as pesquisas alimentam a cizânia: Agnelo e Erika estão muito próximos.

Agora vai

O PRTB desistiu de lançar o Comandante Winston como candidato a governador do DF. Ainda não houve protesto da militância. Para compensar, o PMN lançou o Coronel Moreno para disputar o cargo. Agora vai. Ninguém sabe para onde, mas vai.

A eleição e o martelo da Justiça

Nunca tantas decisões judiciais definiram tantas candidaturas quanto nessa, a começar de José Roberto Arruda que, candidato a deputado federal com a expectativa de ser o campeão de votos, ainda pendurado numa liminar. A permissão precária é assinada pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins, que reformou duas decisões anteriores do ministro Luiz Alberto Gurgel de Farias, durante o plantão de recesso do judiciário. Mas com a volta do ministro responsável pelo processo, no final do período, tudo pode acontecer.

Pendurado no STF

Arruda também está pendurado numa decisão do ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que vai julgar a retroatividade da Lei da Improbidade. Arruda só poderá concorrer a algum cargo legislativo se a lei beneficiar aqueles que porventura tenham cometido atos de improbidade administrativa na modalidade culposa, ou seja, sem a intenção de cometer a irregularidade, inclusive quanto ao prazo de prescrição para eventuais ações de ressarcimento. O julgamento está marcado para o dia 3 de agosto.

Efeito suspensivo

Mas as querelas judiciais vão além de Arruda. Candidato ao governo, o senador Izalci Lucas, também está por um fio. Condenado por peculato a quatro anos e quatro meses de prisão em regime semiaberto, o senador conseguiu um efeito suspensivo no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para pode disputar a eleição. Mas isso pode cair, até porque há um famoso e rico advogado da cidade muito empenhado em impedir a candidatura de Izalci e, quem sabe, até a cassação do restante do mandato dele.

Manobra de condenado

O senador Izalci foi condenado por desvio de computadores doados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e destinados a escolas públicas do DF, em 2009. Os equipamentos foram parar no comitê de campanha do então candidato. A benesse jurídica foi conquistada por uma manobra da defesa, que transferiu o processo para a Justiça Eleitoral.

Tem mais enrolados

Outros políticos também estão garantindo a participação nas eleições – ainda que possa haver decisões contrárias até a data do pleito –, caso de Roney Nemer, que deve tentar uma vaga de deputado federal pelo PP, e de Benício Tavares, que quer voltar à Câmara Legislativa, pelo Patriotas. Wigão, Tadeu Filippelli, Paulo Octávio, Agnelo Queiróz e Celina Leão, são outros políticos que enfrentam querelas judiciais, ainda que estejam em condições de se eleger.

Ventos mutantes

Ex-deputado distrital Rogério Ulysses é outro que está momentaneamente apto para ser candidato. Hoje filiado ao MDB, ainda não decidiu a que cargo vai concorrer. Mas como ocorre com todos acima, e outros políticos não citados, os ventos da Justiça podem mudar.

 

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