Brasília Agora


COLUNAS

AGORA-DF

24 de abril, 2023

A doença do Sindmédico O Sindicato dos Médicos do DF (Sindmédico) está doente. Esta doença tem nome e sobrenome: Marcos Gutemberg Fialho da Costa. Médico […]

AGORA-DF
Presidente Gutemberg Fialho - Foto: https://www.sindmedico.com.br/diretoria-executiva/

A doença do Sindmédico

O Sindicato dos Médicos do DF (Sindmédico) está doente. Esta doença tem nome e sobrenome: Marcos Gutemberg Fialho da Costa. Médico obstetra dublê de advogado, Gutemberg entrou para o sindicato em 1998 como membro da Secretaria Jurídica. Em 2009 assumiu a presidência do sindicato e desde então desfruta da mamata, sem ser útil nem à categoria nem à sociedade.

Recorde sindicalista

O Sindmédico completa 45 anos em novembro. Gutemberg faz parte do comando da instituição há 35 anos, dos quais 14 longos anos presidindo o sindicato, um recorde na história do sindicalismo do DF. É, porém, muito tempo para pouco resultado.

Conquista prejudica pacientes

Durante todo esse tempo, o máximo que Gutemberg conseguiu foi a redução da jornada de trabalho dos médicos de 24 para 20 horas. A decisão agradou a categoria, mas prejudicou quem mais precisa dos médicos: os pacientes.

R$ 12 mil para não trabalhar

Com tanto tempo para se “dedicar” ao sindicato, falta-lhe tempo para cuidar dos pacientes da rede pública. Afinal, Gutemberg é servidor da Secretaria de Saúde desde janeiro de 1991. É lotado também na Secretaria de Planejamento, onde ingressou em setembro de 2010. Ele, contudo, está licenciado das duas secretarias, mas continua sendo pago religiosamente. Para não trabalhar, Gutemberg recebe salário de R$ 12 mil por mês.

MERENDA VEGANA

Alimentação vegana (comida que não tenha origem animal) pode vir a ser incorporada ao cardápio das escolas da rede pública do DF. Pelo menos, é isto que prevê projeto apresentado pelo deputado distrital Ricardo Vale (PT) à Câmara Legislativa do DF. O parlamentar apenas deixou de explicar como esta novidade será colocada em prática nas escolas públicas, que todos os dias lutam para que não falte comida de qualidade aos milhares de alunos da rede. Em tempo: Ricardo Vale adora um churrasco.

OS “JABUTIS” DA KOKAY

Reza a lenda política que jabuti não sobe em árvore, mas se lá estiver ou foi enchente ou foi mão de gente. Pois bem, a deputada federal Erica Kokay (PT-DF) está se consolidando especialista nessa façanha de violar as leis da natureza. Agora colocou uma emenda “jabuti” no projeto de lei 2969/2022, enviado pela Procuradoria Geral da República (PGR). Antes havia pendurado um “jabuti” no projeto de lei 3662/2021, enviado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

Benefícios para técnicos

Este “jabuti” tem o mesmo DNA do primeiro: a ascensão funcional de servidores que têm preguiça de fazer concurso público para melhorar o salário. Prevê que técnicos de nível médio passem a ter escolaridade de nível superior, igual como acontece com os analistas de nível superior do Ministério Público da União (MPU). Como fez antes, Kokay aproveitou o projeto do MPU para propor emenda prevendo benefícios semelhantes ao que havia feito na proposta do TJDFT em relação aos próximos concursos do Poder Judiciário da União. O projeto do MPU já passou na Câmara e agora tramita no Senado.

Rombo de R$ 22 bilhões

O Congresso Nacional, ao final de 2022, aprovou projeto semelhante, já transformado em lei. Esse “jabuti” deve gerar rombo de R$ 22 bilhões aos cofres públicos, caso os técnicos de nível médio exigirem equiparação salarial com os profissionais de nível superior. A diferença salarial chega a 64%. O mesmo pode acontecer no caso dos “jabutis” da Kokay. Quem paga a conta? A viúva de sempre.

Multas de trânsito

O Detran-DF arrecadou mais de R$ 50 milhões em multas entre janeiro e março de 2023. A arrecadação mostra que ou as ruas do DF estão cheias de pardais ou que os motoristas brasilienses são imprudentes. Afinal, esse volume equivale a R$ 556 mil em multa por dia nos três primeiros meses de 2023.