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25 de abril, 2023

A LIÇÃO DOS “SELVAGENS” Os brancos rotulam os índios de selvagens, mas não é isto que está sendo visto em Brasília. Desde domingo, mais de […]

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A LIÇÃO DOS “SELVAGENS”

Os brancos rotulam os índios de selvagens, mas não é isto que está sendo visto em Brasília. Desde domingo, mais de 6 mil índios, representando 300 etnias de todo o país, estão acampados próximo ao Teatro Nacional, a poucos metros da Praça dos 3 Poderes. Vieram participar da 19ª edição do Acampamento Terra Livre, que este ano tem como tema “O futuro indígena é hoje. Sem demarcação não há democracia!”. Eles permanecem no local até sexta-feira. Até hoje, a Secretaria de Segurança Pública do DF não registrou uma única ocorrência policial que pudesse desabonar a civilidade dos índios, ao contrário daqueles brancos enlouquecidos, que tocaram o terror na Praça dos 3 Poderes no 8 de Janeiro.

Sem sinais de invasão

Os índios trafegam livremente pela Esplanada dos Ministérios. Em grupos, sobem a rampa do Congresso Nacional, tiram foto em frente ao Palácio do Planalto e olham com curiosidade para o Supremo Tribunal Federal (STF), de onde esperam que saiam a decisões para as demarcações de terras indígenas, estagnadas no Governo Bolsonaro. Mas em momento algum os índios dão sinais de que pretendem invadir os prédios das instituições, como o fez a tribo bolsonarista.

Índios passam no teste

Vale lembrar que o local onde os índios estão acampados e circulando integra a Área de Segurança Especial, criada pelo GDF no início de abril para proteger os prédios públicos, garantir a mobilidade urbana e assegurar manifestações democráticas na região central de Brasília. O Acampamento Terra Livre é a primeira grande manifestação após o 8 de Janeiro. Pela tranquilidade do evento – pelo menos até hoje –, os índios passaram no teste.

MEMORIAL NÃO DECOLA

A criação de um memorial para que os ataques aos Três Poderes não sejam esquecidos, corre o risco de não sair do papel. Motivo: o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que construiria o memorial, não tem grana nem para comprar cafezinho. O orçamento do Iphan para 2023 é de pouco mais de R$ 400 milhões. Leandro Grass, presidente do Iphan, promete, porém, passar o chapéu para construir o que ele batizou de Memorial da Democracia. A conferir.

REPUBLICANOS NA MIRA

A cúpula do Republicanos do DF está na mira da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal goiana que apura denúncias de corrupção na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Os vereadores da comissão ameaçam convocar para prestar esclarecimentos integrantes do chamado “Grupo Brasília”, entre eles o presidente e o vice-presidente do Republicanos candango, respectivamente Wanderlei Tavares e o irmão dele, Egmar Tavares. A dupla teria forte influência sobre o prefeito Rogério Cruz, do mesmo partido, alvo central das investigações.

Proteção à mulher

Já é lei o pacote de diretrizes que a Câmara Legislativa aprovou para enfrentar a violência política contra mulheres no Distrito Federal. A lei, sancionada no dia 20 de abril pelo governador Ibaneis Rocha, prevê a adoção de medidas que assegurem o direito e a liberdade política das mulheres em espaços públicos ou privados.

Paz nas escolas

A Secretaria de Educação avança em busca da tranquilidade e da segurança nas escolas públicas do DF. Acaba de ser criada a Comissão Permanente pela Paz nas Escolas da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal. Foi também instituído um protocolo para que sejam notificadas denúncias de violência física, psicológica e sexual nas unidades escolares. Melhor do que colocar policiais armados dentro das escolas.

Prato Cheio

Cai hoje (25) na conta de cada um dos 13.809 novos beneficiários o crédito de R$ 250 pago pelo programa Prato Cheio. No total, são 100 mil famílias atendidas pelo GDF. O BRB promete concluir em maio o pagamento a todas as famílias cadastradas, incluindo 5.847 homens e mulheres que vão receber o benefício pela primeira vez.