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POLÍTICA

Após retomar invasões e criticar ‘lentidão’ do governo federal, MST se reúne com ministro de Lula

12 de março, 2024

Wellington Dias estará em evento do movimento na quinta-feira; ocupações ocorrem em uma fazenda em Minas Gerais na última sexta-feira e em um terreno da Codevasf neste domingo

Após retomar invasões e criticar ‘lentidão’ do governo federal, MST se reúne com ministro de Lula
Wellington Dias com Lula — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Após promover as primeiras invasões de terra do ano e pressionar o governo Lula (PT) por uma maior agilidade na reforma agrária, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) irá se reunir com o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social) na próxima quinta-feira. Dias estará presente em uma celebração do MST em Ponta Grossa, no Paraná, pela conquista de um assentamento na região.

O acampamento Emiliano Zapata de 21 anos de existência está localizado em uma área de 630 hectares da Embrapa, que foi considerada improdutiva. Além do ministro, estará presente o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Paraná, Nilton Bezerra Guedes.

O evento ocorre dias após a retomada das invasões de terra na última sexta-feira. Desde então, dois terrenos estão ocupados: uma fazenda localizada no município de Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, e uma área da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Juazeiro, na Bahia.

A primeira se deu em Minas Gerais onde o movimento ocupou uma fazenda que alega ser improdutiva. Um fazendeiro, contudo, acionou a Justiça e pediu a reintegração de posse, que foi negada pelas autoridades.

O juiz de Direito Vara Agrária de Minas Gerais e Acidente de Trabalho da Comarca de Belo Horizonte, Luiz Felipe Sampaio Aranha, realizou uma visita técnica no acampamento nesta segunda-feira e uma audiência de conciliação ocorre na manhã desta quarta-feira.

Invasão a Codevasf

Após invadir a fazenda em Minas Gerais, o MST promoveu uma nova ocupação neste domingo. Cerca de trezentas famílias estão em uma área que pertence a Codevasf na Bahia, em protesto a falta de terras e acesso a água. Os sem-terra responsabilizam a estatal pela problemática.

Em nota, a Codevasf informou que a água disponível na região destina-se aos agricultores regularmente instalados no empreendimento. “A maior parte dos produtores atendidos pelo Projeto pratica a agricultura de caráter familiar. São 255 produtores familiares e 68 produtores empresariais, que atuam em 5,1 mil hectares”, disse a companhia.


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