Brasília Agora


POLÍTICA

Assessor do deputado distrital Daniel Donizet pede exoneração do cargo

18 de julho, 2023

O assessor do deputado distrital Daniel Donizet (PL), Marco Aurélio Oliveira Barboza, pediu exoneração do cargo nesta segunda-feira (17). Ele foi denunciado por agressão por […]

Assessor do deputado distrital Daniel Donizet pede exoneração do cargo

O assessor do deputado distrital Daniel Donizet (PL), Marco Aurélio Oliveira Barboza, pediu exoneração do cargo nesta segunda-feira (17). Ele foi denunciado por agressão por uma garota de programa. A exoneração foi publicada.

Segundo a mulher, o crime ocorreu em março passado e o deputado também estava no local. Daniel Donizet e Marco Aurélio de Oliveira Barbosa negam as acusações. O inquérito está em sigilo e, embora a denúncia inicial tenha sido feita na 5ª DP, na Asa Norte, a investigação está com a 10ª DP, do Núcleo Bandeirante.

Em nota, também assinada pela defesa do assessor, Marco Aurélio disse pediu exoneração “para que as denúncias infundadas que estão sendo atribuídas a mim, não recaiam ao parlamentar por oportunismo político”. O assessor afirma ainda que vai continuar contribuindo com as investigações para provar sua inocência.

A exoneração de Marco Aurélio foi publicada nesta terça-feira (18), no Diário Oficial do DF.
Segundo o Portal da Transparência, em abril o salário líquido recebido pelo assessor foi de R$ 17,2 mil. O gabinete do deputado Daniel Donizet informou que ele não vai se pronunciar.

As denúncias

A mulher que denunciou as agressões mora em São Paulo e disse à polícia que estava em Brasília a trabalho. De acordo com a vítima, o assessor Marco Aurélio Oliveira Barboza bateu no rosto dela, e estava muito bêbado.

A mulher contou que no dia 22 de março ela foi até uma boate, no Setor de Indústrias Gráficas (SIA) onde conheceu o deputado Daniel Donizet, o assessor dele e um terceiro homem que estava no grupo. Conforme o depoimento à Polícia Civil, os três fecharam um programa com ela e outras duas garotas, e os seis foram no mesmo carro para um motel na Candangolândia.

“Chegando lá, cada uma foi com o seu par. Eu fui com o Marco Aurélio e, durante o ato sexual aconteceu um crime gravíssimo, onde ele começou bater no meu rosto violentamente porque ele estava muito bêbado, não só ele, mas os outros”, diz a mulher.

A garota de programa registrou ocorrência de lesão corporal na 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte, onde fez exame de corpo de delito. “Foram constados, se eu não me engano, dez ou onze lesões corporais, não só no olho, mas no corpo todo”, conta a mulher.

As agressões

No depoimento à Polícia Civil, a jovem disse que ficou com Marco Aurélio no mesmo quarto que o restante do grupo. Segundo ela, ninguém tentou parar as agressões. “Eu pedindo para ele parar e ele não parava, ele começou a acertar o meu olho, a machucar o meu olho, ele não parava, e tirou a camisinha. Todos omitiram socorro, inclusive o Daniel Donizet”, diz a mulher.

Marco Aurélio era comissionado e trabalha no gabinete de Daniel Donizet. Segundo o Portal da Transparência da Câmara Legislativa do DF (CLDF), em abril ele recebeu um salário líquido de R$ 17,2 mil.

“Me senti coagida, né? Sabia que se tratavam de autoridades, até mesmo as meninas ficaram com medo de alguma reação. Então, eu não reagi, não chamei a polícia no momento”, conta a mulher. Ela afirmou ainda que o assessor a enforcou e a segurou com força, pelos braços, além de tentar ter relação sexual sem camisinha, contra a vontade dela. (Do G1/DF).