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Relembre sete pontos que levaram à guerra entre Rússia e Ucrânia
25 de agosto, 2022Conflito, iniciado em 24 de fevereiro com a invasão de Moscou, completa nesta quarta-feira seis meses de combates contínuos A guerra na Ucrânia completou na […]
Conflito, iniciado em 24 de fevereiro com a invasão de Moscou, completa nesta quarta-feira seis meses de combates contínuos
O grande estopim para a guerra na Ucrânia foi a tentativa de Kiev de aderir à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). A aliança do Atlântico, que tem como grande financiador e comandante os Estados Unidos, estava muito próxima do governo de Volodmir Zelenski quando a guerra começou
2) Invasão da Crimeia
Entretanto, as rusgas entre a Rússia e a Ucrânia, em especial durante o governo de Zelenski, tiveram como primeiro ponto crítico a anexação da Crimeia, realizada pelas Forças Armadas russas oito anos antes, em 2014. Sem grande resistência, Moscou garantiu a anexação da península ao sul do território ucraniano.
“Esta guerra russa contra a Ucrânia e contra toda a Europa livre começou com a Crimeia e deve terminar com a Crimeia, com sua libertação. Hoje é impossível dizer quando isso acontecerá”, disse o presidente ucraniano em um pronunciamento no início de agosto
Ao mesmo tempo em que a Crimeia passou ao controle de Moscou, grupos separatistas pró-Rússia decidiram exigir a independência das regiões de Donetsk e Lugansk, estabelecidas no Donbass, região mais ao oeste da Ucrânia
Diferentemente do que ocorreu na Crimeia, neste local as Forças Armadas da Ucrânia lutaram contra os separatistas, que supostamente recebiam apoio militar velado da Rússia desde 2014. Todo esse suporte, que aconteceria por baixo dos panos, se tornou público quando Putin assinou um documento de reconhecimento da independência de Donetsk e Lugansk, na mesma semana em que invadiu a nação vizinha
Outro fator que despertava a atenção de Moscou era uma suposta xenofobia contra a população russa que morava na Ucrânia. Em diversos discursos, Putin citou a importância de defender os falantes da língua russa onde quer que estejam
6) Neonazistas ucranianos
Parte desta xenofobia foi creditada aos neonazistas ucranianos, que, segundo o governo da Rússia, estariam inseridos em gabinetes de Zelenski. Um dos pretextos para o confronto, então, seria a “desnazificação” do país. De acordo com especialistas, existem, de fato, neonazistas na Ucrânia, assim como também na Rússia. Logo, esse não seria um pretexto válido para iniciar uma guerra
7) Ucrânia e União Europeia
Assim como a aproximação entre Ucrânia e Otan irritava Putin, o mesmo acontecia com os acenos da União Europeia a Kiev. O bloco econômico, unânime entre países ocidentais do Velho Continente, não é visto com bons olhos na região de influência russa, delimitada, basicamente, pelos territórios da extinta República Soviética
A União Soviética, inclusive, foi citada múltiplas vezes por Putin no início da guerra. Segundo o presidente da Rússia, as atuais questões separatistas na Ucrânia foram criadas por uma reorganização errada das fronteiras na época da grande república. Ainda de acordo com o líder de Moscou, os arranjos implementados pelos mandatários da época fizeram com que regiões centenárias da Rússia passassem para as mãos da Ucrânia