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CNI: produtividade do trabalho na indústria cresce 8% no 3º trimestre

2 de dezembro, 2020

Apesar de recuperação, indicador não deve crescer mais de 1% no ano Depois de seis meses seguidos de queda por causa da pandemia do novo […]

CNI: produtividade do trabalho na indústria cresce 8% no 3º trimestre
Tânia Rêgo/Agência Brasil

Apesar de recuperação, indicador não deve crescer mais de 1% no ano

Depois de seis meses seguidos de queda por causa da pandemia do novo coronavírus, a produtividade do trabalho na indústria recuperou-se no terceiro trimestre. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador subiu 8% de julho a setembro em relação ao trimestre anterior. O crescimento desconsidera as sazonalidades, oscilações típicas de determinadas épocas do ano.

A produtividade representa o volume produzido pela indústria da transformação dividido pela quantidade de horas trabalhadas. No terceiro trimestre, a produção subiu 25,8% em relação ao período de abril a junho. As horas trabalhadas aumentaram 16,4% na mesma comparação, o que indica que cada trabalhador produziu em média 8% a mais que nos três meses anteriores.

Com o desempenho do último trimestre, a indústria reverteu a queda da produtividade e passou a registrar crescimento de 7,2% em relação ao quatro trimestre de 2019. O nível alcançado no terceiro trimestre (111,2 pontos) é 4,5% superou o recorde anterior de 110,7 pontos registrado no quatro trimestre de 2017

Movimento temporário

Na avaliação da CNI, tanto a aceleração da produtividade no terceiro trimestre como a queda acentuada do indicador nos seis primeiros meses do ano são movimentos temporários que refletem a reabertura da economia. Segundo a confederação, o crescimento está ligado ao aumento da intensidade do trabalho depois de um período de pausa ou de pouco trabalho, não a ganhos de produtividade como maior qualificação do empregado.

Apesar da forte alta no terceiro trimestre, a CNI projeta que a produtividade do trabalho na indústria encerre 2020 com baixa expansão. De acordo com a entidade, o indicador fechará o ano com crescimento abaixo de 1%, mesmo que o ritmo de alta seja mantido no último trimestre.

 

Fonte: Agência Brasil