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Caos financeiro, perda de relevância, redução de torcida e inferioridade perante rivais: entenda como o Vasco passou de potência a coadjuvante em 20 anos Com as constantes pancadas levadas pelos vascaínos nos últimos 20 anos, uma frase entrou recentemente no vocabulário de torcedores e até de veículos oficiais do clube: “O Vasco é pra quem …
Caos financeiro, perda de relevância, redução de torcida e inferioridade perante rivais: entenda como o Vasco passou de potência a coadjuvante em 20 anos
Com as constantes pancadas levadas pelos vascaínos nos últimos 20 anos, uma frase entrou recentemente no vocabulário de torcedores e até de veículos oficiais do clube: “O Vasco é pra quem acredita”. Quem acreditaria que uma camisa que vestia nomes como Romário, Edmundo, Felipe, Pedrinho e os Juninhos no fim do século passado estaria representada hoje por jogadores desconhecidos e com rara presença na Seleção?
Credito: DANILO FERNANDES/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
Do quarto título nacional em janeiro de 2001 ao iminente quarto rebaixamento em fevereiro de 2021, o que deu errado? Há seis meses, em agosto, o Vasco chegou a liderar o Brasileiro, mas nem de perto lembrava aquele esquadrão do fim dos anos 90 e início de 2000, que começou com fórmula caseira em 1997, além de desconhecidos oriundos de times pequenos, e foi impulsionado com o aporte do Bank of America – antes chamado Nations Bank.
A parceria que começou em abril de 1998 terminou em fevereiro de 2001 com uma série de processos judiciais, acusações de falta de pagamento do banco ao clube e dívidas milionárias. Antes, permitiu o retorno de Edmundo (comprado à Fiorentina em 1999) e Romário – então os dois atletas mais bem pagos do país – e outros reforços badalados como Juninho Paulista, Euller, Viola, Júnior Baiano e Jorginho.
Foto: – AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
De 1997 a 2000, o clube empilhou taças. Estadual (no início dos anos 1990 chegou ao inédito tricampeonato), Rio-São Paulo, dois Brasileiros, Libertadores e uma Mercosul inesquecível pela virada contra o Palmeiras por 4 a 3, após estar com desvantagem de 3 a 0. O Vasco entrava no século 21 como, indiscutivelmente, uma das maiores potências esportivas do Brasil.
Pois voltemos a 2021, prestes a alcançar o quarto rebaixamento e com apenas um título nacional no século. Se era o clube carioca com mais participações em Libertadores até 2001 – sete contra seis do Flamengo -, hoje o Vasco vê o rival aumentar sua vantagem ano a ano. Na próxima temporada, a equipe rubro-negra disputará a principal competição continental pela 17ª vez, contra nove participações vascaínas.
Fora de campo, o clube que iniciou o século com um dos principais patrocínios do país vive há anos em penúria financeira. Em 2019 – os balanços de 2020 ainda não foram divulgados -, o Vasco teve apenas a 12ª maior receita do Brasil, bem atrás de equipes de torcida consideravelmente menor, como, por exemplo, Internacional, Athletico-PR e Fluminense.
Nessas duas décadas, o que não mudou em São Januário foi a briga pelo poder. Presidente do clube em 11 dos últimos 20 anos, Eurico Miranda, sempre amado e odiado, morreu em 2019, mas sua imagem ainda divide fileiras, como mostrou a última eleição. Roberto Dinamite, entre 2008 e 2014, e Alexandre Campello, de 2018 a 2020, foram os outros presidentes vascaínos no século – Jorge Salgado assumiu no dia 22 de janeiro deste ano.
Com taças de Brasileiro conquistadas nas três últimas décadas do século passado, o Vasco chegou a quatro títulos nacionais em janeiro de 2001 – em final remarcada depois da queda do alambrado em dezembro de 2000, contra o São Caetano. Desde 1971, quando a competição ganhou o nome de Campeonato Brasileiro, o time era superado apenas pelo Flamengo (com uma Copa União) em número de taças. Hoje também fica atrás de Corinthians, Palmeiras e São Paulo – o Santos é outro com mais títulos do que o Vasco porque a CBF passou a considerar as conquistas da Taça Brasil.
Figurante nas principais competições do país nos últimos 20 anos, o clube acumula novas dívidas, sustentou fama de não pagar salários em dia e, para sobreviver, recorre a venda precoce por valores irrisórios da ainda resistente fábrica de craques de São Januário.
Dentro de campo, o Vasco superou os rivais em apenas uma categoria neste século: número de rebaixamentos. Dos 12 clubes de maior torcida do país, é o único que está na iminência de cair pela quarta vez nos últimos 20 anos. Apenas o Botafogo, com três quedas, segue de perto o rival no quesito.
Confira como o Vasco perdeu espaço entre as maiores potências do país
Entre as sete maiores torcidas do país, somente a do Vasco diminuiu de tamanho entre 2001 e 2019, de acordo com pesquisas realizadas neste período. Na virada do século, a massa vascaína brigava com equilíbrio com são-paulinos e palmeirenses na disputa pelo posto de terceira maior do país. Já na pesquisa divulgada em 2019, há empate entre Vasco, Grêmio e Cruzeiro. Nesse levantamento, o São Paulo tem o dobro da torcida do clube carioca.
Neste tópico a disparidade fica nítida. Em suas oito primeiras décadas na elite do futebol profissional – o clube chegou à Série A do Carioca em 1923 -, o Vasco havia encarado um longo período de seca apenas nos anos 1960. Neste século, porém, já são duas décadas de figuração. Enquanto o Corinthians acumula a marca de nove títulos importantes no período, os vascaínos têm apenas a Copa do Brasil de 2011.
Mesmo no cenário estadual, o clube viveu 12 anos de jejum e conquistou apenas três títulos, em 2003, 2015 e 2016. Divide com o Fluminense o posto de grande com menos taças do Carioca nesse período.
Desde 2001, o Vasco leva vantagem no confronto direto contra apenas dois de seus 11 principais adversários no Brasil: Botafogo e Fluminense. Diante do Alvinegro, freguês histórico, a diferença entre vitórias e derrotas no período é de apenas uma.
Contra os outros nove times de maior torcida, o Vasco perdeu mais do que ganhou neste século. A maior superioridade no confronto direto é do Corinthians, que venceu 19 vezes os vascaínos e perdeu apenas cinco.
Análise de Rodrigo Capelo
O Vasco tem uma particularidade que o diferencia de muitos clubes. Houve momentos em que suas finanças estiveram saneadas. Em 1989, depois das vendas de Romário e Geovani, o clube praticamente não tinha dívidas e investia em aplicações financeiras. No fim dos anos 1990, jorraram os milhões de dólares do Bank of America. Em ambas as ocasiões, acredite, o orçamento foi até maior do que o do Flamengo.
A história não transcorreu bem para os vascaínos. Na virada do milênio, Eurico Miranda entrou em guerra com parceiros comerciais e com o mundo. O dirigente adotou uma postura agressiva em tudo o que fazia, inclusive investimentos. Endividou perigosamente o Vasco. E o clube não conseguiu alcançar um crescimento em nível adequado – nem a ponto de resolver seus problemas financeiros, nem para acompanhar o ritmo de rivais diretos.
O mercado tem uma medida para a saúde financeira: a relação entre receitas e dívidas. E a progressão não é nada boa. Em 2003, as obrigações já eram quase quatro vezes maiores do que a soma das rendas de um ano inteiro. Na verdade, o quadro era ainda pior. A torcida só não sabia disso. Ninguém sabia. O “aumento” repentino que se percebe em 2008 aconteceu porque, na virada de Eurico para Roberto Dinamite, uma série de dívidas foi tirada de baixo do tapete.
Maior rival vascaíno, o Flamengo também tinha finanças desorganizadas. A história rubro-negra começou a mudar em 2013, quando um grupo de executivos de mercado, aliado a outro grupo de jovens que se “infiltraram” na política, assumiu a administração na gestão Eduardo Bandeira de Mello. Receitas dispararam, pois estavam defasadas. Dívidas foram gradativamente reduzidas. A discrepância nos resultados em campo também é resultado da desigualdade fora dele.
O Vasco teve por muito tempo um perfil comparável ao do Palmeiras. Ambos tinham torcidas de tamanhos similares em pesquisas de institutos como Ibope e Datafolha, fator importantíssimo para determinar o potencial de arrecadação. E ambos tinham políticas complicadas. Só que o Palmeiras se organizou, a partir da chegada de Paulo Nobre em 2013, e ganhou força com um novo estádio e uma nova patrocinadora, a Crefisa de Leila Pereira. O Vasco ficou para trás.
Dez anos atrás, a concorrência do Bahia contra clubes de Rio e São Paulo era improvável. Os baianos chegaram à terceira divisão e passaram por crise financeira severa, sobretudo em 2008. A democratização em 2013, baseada numa intervenção judicial que arejou a política, foi o primeiro passo para uma reestruturação política, administrativa e financeira. Hoje é o Vasco que tem dificuldades para competir. Titular da equipe carioca em 2019, Rossi recusou a renovação e preferiu acertar com os baianos no início de 2020.
Fonte: Fred Gomes e Raphael Zarko – Rio de Janeiro/ge
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