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Cadastro de interessados será nesta quinta (3), no subsolo da sede do Instituto Brasília Ambiental, na Asa Norte, das 9h às 17h
Estudo realizado pelo IPEDF entrevistou quase 2 mil cuidadores, que revelaram o uso da tecnologia enquanto dão comida aos filhos, uma relação perigosa que compromete o desenvolvimento infantil
Tablet, celular ou televisão são algumas das tecnologias que chegaram com o propósito de ajudar na rotina, mas o uso excessivo pode causar transtornos e afetar o desenvolvimento saudável das crianças.
Wanessa Pereira de Assis, médica pediatra
Uma pesquisa inédita do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) revelou que mais de 60% das crianças entre 3 e 6 anos estão expostas a telas enquanto se alimentam. Essa realidade vai na contramão do que a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda. De acordo com o documento Menos Telas, Mais Saúde, “para todas as idades: nada de telas durante as refeições e desconectar 1 ou 2 horas antes de dormir”.
Segundo a pesquisadora responsável pelo estudo, Francisca Lucena, o objetivo é ter conhecimento de como está o desenvolvimento das crianças no Distrito Federal. “Por meio dos dados obtidos, nós poderemos nos aprofundar para interpretá-los e traçar medidas e recomendações em políticas públicas para mitigar esse uso excessivo de telas”, revela.
O método da pesquisa realizada foi o de amostragem probabilística. Os funcionários do instituto aplicaram um questionário junto aos responsáveis pelas crianças de até 6 anos residentes no DF. Ao todo, foram entrevistados 1.952 cuidadores em quatro grupos de regiões administrativas do DF.
Sindy Brito, tatuadora e mãe de Branca, de 10 anos
O estudo chegou à conclusão de que 62,3% das crianças de 3 anos, 68,7% das de 4 anos, 67,7% das de 5 anos e 68,8% das de 6 anos estão expostas às telas enquanto fazem alguma refeição. O resultado da pesquisa preocupa especialistas da área, que revelam os riscos de esse hábito afetar o desenvolvimento dos pequenos.
“Durante a alimentação, a criança perde o foco na comida e passa a se concentrar apenas na tela. Ela vai abrir a boca no automático sem prestar atenção no que come. Isso pode favorecer distúrbios alimentares, como obesidade e compulsão”, afirma a médica pediatra da rede pública de saúde Wanessa Pereira de Assis.
Para mais informações sobre o estudo, acesse o relatório completo e o sumário executivo.
Para a especialista, além dos distúrbios cognitivos e comportamentais, o uso das tecnologias enquanto se alimenta pode prejudicar também o relacionamento parental da criança com a família.
“Quando está utilizando um celular, tablet ou TV, a criança perde o vínculo na hora da alimentação. O foco na alimentação cria esse relacionamento entre pais e filhos, para trocar informações e conversar. Além disso, é uma oportunidade para a própria criança aprender os hábitos alimentares olhando o que os pais estão comendo”, completa Wanessa Pereira de Assis.
Ciente dos riscos que o uso excessivo das telas pode acarretar, a tatuadora Sindy Brito, de 31 anos, foi rigorosa quando a filha, hoje com 10 anos, era mais nova. “Quando a Branca era pequena, a gente permitia que ela assistisse a alguns desenhos infantis na televisão. Mas telas nunca foram permitidas durante as refeições. A hora de comer é hora de prestar atenção, se concentrar no sabor da comida, além de ser um momento em família. Hoje ela já está acostumada e não pede celular nem tablet enquanto se alimenta”, revela.
Cadastro de interessados será nesta quinta (3), no subsolo da sede do Instituto Brasília Ambiental, na Asa Norte, das 9h às 17h
Prevista para durar das 9h às 15h, na Avenida Ponte Alta, quadra 404, interrupção é necessária para garantir a segurança dos profissionais e da população
A maior parte desse montante, quase R$ 24,5 milhões, foi investida no programa Cartão Prato Cheio
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