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A Saúde como linha de atuação do S de ESG
28 de julho, 2023Por Eduardo Fayet – Especialista em Relações Institucionais e Governamentais e ESG – Saiba mais acessando: brasiliaagora.com.br e ipemai.org.br
A saúde é um aspecto fundamental contemplado pelo S de ESG, pois representa a preocupação com o bem-estar social das pessoas, além de estar diretamente alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Para as empresas, a saúde deve ser considerada não apenas como uma responsabilidade social, mas também como uma linha de atuação estratégica que pode impactar positivamente na produtividade e nos resultados do negócio, bem como na sociedade.
O componente da saúde tem um papel na medição dos indicadores do ESG, por meio de ações focadas no cuidado e promoção da saúde física e mental dos colaboradores, pelas quais as empresas podem reduzir o absenteísmo, que representa o número de dias de trabalho perdidos devido a doenças ou outras questões de saúde. Colaboradores saudáveis possuem menor propensão a faltar ao trabalho e maior engajamento e produtividade, refletindo positivamente nos resultados financeiros e operacionais da empresa.
Investir em programas de saúde e bem-estar pode contribuir significativamente para o alcance dos ODS relacionados, como acesso universal a serviços de saúde, redução da mortalidade infantil e melhoria das condições de saúde em geral. Além disso, ao priorizar programas de prevenção e cuidados a doenças, podem desempenhar um papel fundamental na construção de equipes e comunidades mais resilientes e no fomento de um ambiente propício para o desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões.
Programas de saúde e bem-estar podem contribuir para o alcance de outros indicadores do ESG, como a redução de acidentes de trabalho, o aumento da diversidade, inclusão no ambiente corporativo e o desenvolvimento de uma cultura organizacional voltada para o cuidado com as pessoas.
Para que um programa de saúde tenha materialidade no contexto do ESG, é necessário que as ações estejam alinhadas com os princípios da sustentabilidade e que sejam relevantes tanto para a empresa quanto para a comunidade em que ela está inserida. É importante que essas ações sejam conduzidas de forma transparente e que a organização esteja comprometida em medir e divulgar os resultados obtidos com os programas de promoção da saúde, demonstrando seu impacto positivo nas pessoas e na comunidade.
A preocupação com o ESG, incluindo a saúde, tem se tornado cada vez mais relevante para a reputação das empresas perante a sociedade e os consumidores. Isso pode atrair clientes engajados com a sustentabilidade e fortalecer o relacionamento com stakeholders, além de proporcionar uma vantagem competitiva no mercado.
Nesse âmbito, a Geração Z, composta por indivíduos nascidos entre meados da década de 1990 até o ano 2010, representa a geração economicamente ativa, que está entrando no mercado consumidor. Essa geração demonstra maior preocupação com questões ambientais e sociais e valoriza empresas que adotam práticas sustentáveis e têm ações concretas de responsabilidade social. Para as empresas que visam atrair e fidelizar essa geração, investir em programas de saúde no contexto do ESG pode ser um fator determinante.
A geração Z, como protagonista do futuro mercado de trabalho e de consumo, valoriza cada vez mais as empresas que têm ações sociais, ambientais e transparentes, o que reforça a importância das práticas de ESG, incluindo a saúde, como um diferencial competitivo e de sustentabilidade empresarial.
Por Eduardo Fayet – Especialista em Relações Institucionais e Governamentais e ESG – Saiba mais acessando: brasiliaagora.com.br e ipemai.org.br