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Cadeia em Nova York onde rapper aguarda julgamento abriga hoje Luigi Mangione, tem ala especial e já recebeu detentos como ex-presidente de Honduras
O cabelo e a barba de Sean Combs estão grisalhos. Tintura de cabelo não é permitida no Centro de Detenção Metropolitano de Nova York, onde ele está preso. O café da manhã é servido às 7h. A sala de ginástica conta com tapetes de ioga e uma pequena cesta de basquete. O espaço comum no alojamento no estilo dormitório onde ele passa seus dias conta com mesa de pingue-pongue e televisão. Há um telefone, que ele usou para falar com o rapper Ye e também com seus filhos — no aniversário de 55 anos dele, em 4 de novembro, eles fizeram uma serenata no viva-voz.
“Obrigado a todos por serem fortes e obrigado a todos por estarem ao meu lado”, disse Combs num vídeo divulgado pela família.
A prisão do Brooklyn recebeu muitas críticas ao longo dos anos por ser um lugar cheio de mofo, pragas e negligência, problemas que o Departamento Penitenciário Federal se comprometeu a resolver. Por quase sete meses, seu inquilino mais famoso tem sido Sean Combs, que aguarda julgamento em circunstâncias muito distantes da vida mansões e privilégio que ele desfrutava.
O magnata da música, também conhecido como Puff Daddy e Diddy, pode pegar anos de prisão se for condenado pelas acusações de extorsão e tráfico sexual que enfrentará quando seu julgamento começar no mês que vem. Seus advogados argumentaram, após sua prisão em setembro, que Combs deveria ficar em liberdade até o julgamento.
Três audiências foram dedicadas a argumentos em torno do risco que ele representava à comunidade, além da possibilidade de manipulação de testemunhas, caso fosse libertado sob fiança. Três juízes decidiram que sim, ele representava um risco. Então Combs, que se declara inocente das acusações, foi forçado a se virar na problemática unidade que abriga mais de 1.100 detentos e é assolada por uma reputação de conflito entre seus guardas e violência dentro de seus muros.
Em documentos judiciais, a acusação descreve Combs como o líder de uma conspiração violenta que cometeu sequestros, incêndios e crimes relacionados a drogas, enquanto permitia o abuso sexual de mulheres por Combs.
Os advogados dele afirmam que as acusações, na verdade, se concentram em sexo consensual com namoradas de longa data. A defesa reconhece que Combs teve “relacionamentos complicados”, bem como com álcool e drogas, mas argumenta que esses problemas não “o tornam um mafioso ou traficante sexual”.
Enquanto se prepara para o julgamento, Combs ocupa uma área da prisão conhecida como 4 Norte, uma unidade no quarto andar onde cerca de 20 homens estão alojados.
A unidade costuma abrigar detentos de alto escalão. Recentemente, esteve por lá Sam Bankman-Fried, um magnata das criptomoedas condenado por fraude. Outros detentos comuns na 4 Norte são informantes, como ex-membros de gangues que o governo quer separar da população carcerária em geral.
Quando Combs foi preso pela primeira vez, seus advogados esperavam que ele fosse levado para a Unidade Habitacional Especial da prisão, um espaço restrito em que o preso passa 23 horas por dia dentro de uma cela. As condições na 4 North são muito mais brandas.
Gene Borrello, um ex-detento que disse ter sido colocado lá porque ajudou o governo a condenar membros da Máfia, disse que, em comparação com outras unidades da prisão, “você não tem nada com que se preocupar”.
Os detentos geralmente têm liberdade para se movimentar pela unidade, que conta com fileiras de beliches, televisores, um micro-ondas e a sala onde os detentos costumavam se exercitar em colchonetes com bolas de ginástica, disse Borrello. Há várias verificações obrigatórias diárias no beliche, supervisionadas por agentes penitenciários.
Os banheiros têm cabines, e os detentos fazem suas refeições em mesas dentro da área comum da unidade, disse Borrello, que esteve lá pela última vez em 2023. Os detentos não têm acesso à internet, mas podiam assistir a filmes e ouvir música em tablets disponíveis para compra na cantina, disse ele.
Outros ex-ocupantes da ala incluem Genaro García Luna, ex-alto funcionário da lei no México, e Juan Orlando Hernández, ex-presidente de Honduras. Luigi Mangione, que compartilha um advogado com Combs, aguarda julgamento na mesma prisão, mas não está na mesma unidade.
Bankman-Fried, que está recorrendo de sua condenação por fraude, esteve na unidade com Combs até o mês passado, quando foi transferido. Pouco antes de sua transferência, concedeu entrevista em vídeo ao ex-apresentador da Fox News, Tucker Carlson, que perguntou sobre Combs.
“Ele tem sido gentil”, respondeu. “É uma posição em que ninguém quer estar. Obviamente, ele não quer. Eu não quero. Como você disse, é uma situação meio deprimente.”
Combs se reúne com membros de sua equipe jurídica com frequência, às vezes em uma sala de conferências fora da área comum de sua unidade. Ele recebeu um laptop sem Wi-Fi — a pedido de seus advogados — para analisar a montanha de evidências que os promotores entregaram antes do julgamento. Ele pode usar o laptop entre 8h e 15h30 todos os dias na sala de visitas da unidade ou em uma sala reservada para detentos fazerem videochamadas.
O julgamento no Tribunal Distrital dos EUA em Manhattan deve durar cerca de oito semanas. As declarações de abertura estão marcadas para 12 de maio.
Dentro do centro de detenção, localizado na orla do Brooklyn, perto de uma instalação de reciclagem, detentos do sexo masculino em prisão preventiva usam uniformes marrons de presidiários. Há um cardápio rotativo: a segunda sexta-feira do mês, por exemplo, traz lasanha e, para os vegetarianos, “pasta fazool”, além de espinafre e salada.
A cantina tem guloseimas como Snickers (US$ 5,95 o pacote com seis) e Cheez-Its (US$ 3,65), além de artigos de higiene pessoal e outros itens como rádios e relógios. Os detentos podem gastar até US$ 180 a cada duas semanas, usando o dinheiro que familiares e amigos mandam para os fundos da cantina.
Pacotes de cavala, conhecidos como “macks”, funcionam como uma espécie de moeda entre os detentos; são vendidos na cantina por US$ 1 cada.
Na unidade de Combs, visitantes são permitidos às terças-feiras. As ligações telefônicas têm duração máxima de 15 minutos cada e podem ser monitoradas pelo governo. Um clipe vazado da ligação de Combs com Ye, anteriormente conhecido como Kanye West, incluía trechos de Combs incentivando Ye a fazer novas músicas e prometendo ligar novamente.
“Faltam cinquenta e nove dias para o julgamento, então com certeza entrarei em contato, para me conectar com a sua energia”, diz Combs na gravação, antes de comentar o quão “triste” era sua situação atual. “Sou o Puff Daddy na cadeia”, lamentou.
Brad Rouse, consultor de réus que foram parar na cadeia do Brooklyn por acusações de tráfico de drogas em 2008, passou um ano em uma unidade estilo dormitório um andar abaixo de onde Combs está hospedado. A diferença entre a vida em comunidade e o isolamento é enorme, disse ele.
“Só poder interagir, jogar xadrez e conversar faz toda a diferença do mundo”, disse Rouse.
Durante anos, os advogados de defesa se opuseram às condições na prisão do Brooklyn, que se tornaram ainda mais difíceis desde o fechamento do Centro Correcional Metropolitano em Manhattan em 2021.
No ano passado, um juiz federal descreveu as condições na unidade do Brooklyn como “sombrias”, citando reclamações sobre isolamentos prolongados, falta de pessoal e demora no atendimento médico. Autoridades federais disseram que estão trabalhando para lidar com as reclamações e levar a sério seu dever de proteger seus detentos e funcionários.
Os advogados de Combs não se manifestaram publicamente sobre as condições de vida em 4 North, mas se opuseram ao monitoramento governamental de suas comunicações e à busca em suas anotações pessoais mantidas dentro da unidade.
No ano passado, os promotores disseram que, durante uma varredura planejada na prisão com o objetivo de descobrir “possível corrupção e contrabando”, um investigador tirou fotos de algumas das anotações pessoais de Combs. Eles incluíam material inócuo, como uma lembrança do aniversário de um membro da família e citações inspiradoras, junto com notas que o governo argumentou serem evidências de que Combs estava tentando obstruir a acusação, incluindo uma que se referia a ele instruindo alguém a encontrar “sujeira” em duas supostas vítimas.
“As evidências mostram que o governo está usando a detenção do Sr. Combs para espioná-lo e invadir suas comunicações confidenciais com seu advogado”, escreveu a defesa nos autos do processo.
Os promotores defenderam a busca como dentro da lei, mas disseram que não usariam nenhuma das anotações em seu caso contra Combs. Um juiz decidiu que seus direitos não haviam sido violados. A disputa forneceu uma pequena janela para as comunicações de Combs da prisão.
De acordo com os promotores, Combs comprou o uso dos privilégios telefônicos de outros detentos, orientando alguns a usarem sua conta de consumo. Em algumas dessas ligações, argumentam, ele elaborou estratégias sobre o uso de declarações públicas para afetar a percepção que o júri em potencial tinha dele. Também disseram que ele tentou contatar potenciais testemunhas por meio de ligações a três, o que lhe permite entra em contato com pessoas fora de sua lista aprovada.
Os promotores acusam Combs de organizar o vídeo publicado em seu Instagram com seus sete filhos desejando feliz aniversário. Após a publicação, disseram os promotores, Combs teria monitorado as métricas do post.
“O réu demonstrou uma capacidade extraordinária de fazer com que outros obedeçam às suas ordens — funcionários, familiares e detentos do MDC”, escreveram os promotores, referindo-se à prisão do Brooklyn.
A defesa afirma que as comunicações de Combs da prisão estão longe de ser criminosas. Seus meios de comunicação, incluindo o uso dos minutos de outros detentos, são uma prática comum, argumentaram seus advogados. Eles afirmaram que Combs não estava tentando obstruir a acusação, afirmando repetidamente que pretende enfrentar as acusações contra ele de frente.
Os riscos são altos. Combs já foi preso várias vezes, mas nunca passou um tempo significativo sob custódia durante esses casos. Agora, ele está se aproximando do oitavo mês. Se condenado, enfrentará a possibilidade de passar o resto da vida em uma prisão federal.
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