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ECONOMIA

Acionista da Americanas agora detém 12,5% das ações da empresa. Veja quem é

15 de julho, 2024 / Por: Agência O Globo

Segundo a empresa, Inácio de Barros Melo Neto possui 113 milhões de papéis ordinários da companhia, que está em recuperação judicial

Acionista da Americanas agora detém 12,5% das ações da empresa. Veja quem é
Fachada de uma filial das Lojas Americanas na Zona Norte do Rio — Foto: Divulgação

A Americanas informou ao mercado que o acionista Inácio de Barros Melo Neto passou a deter um total de 113 milhões de ações ordinárias da companhia, atingindo a posição equivalente a 12,52% do capital. A varejista, que está em recuperação judicial, não detalha, porém, quando essa participação foi atingida.

No início do mês, a Americanas divulgou que seus acionistas de referência — o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira — passariam a deter 49,2% do capital social da companhia após uma operação de aumento de capital. Atualmente a fatia deles é de cerca de 30% do capital.

Na sexta-feira, a ação da Americanas fechou o dia cotada a R$ 0,69. No pregão desta segunda-feira, por volta das 12h, era negociada a R$ 0,67.

Desde janeiro do ano passado, quando revelou inconsistências contábeis bilionárias, posteriormente classificadas como fraude, a varejista viu o preço de seus papéis despencar. No fim do mês passado, a Polícia Federal deflagrou a Operação Disclosure que apura a participação da antiga diretoria na fraude, estimada em R$ 25,3 bilhões. Os crimes investigados são de manipulação de mercado, uso de informação privilegiada e associação criminosa.

Pedido de extradição

Na semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) pediu a extradição do ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, da Espanha para o Brasil. A solicitação foi feita à 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro na noite da última quarta-feira, dia 10.

Gutierrez teve mandado de prisão expedido pela Justiça brasileira, entrou para a lista de procurados pela Interpol até ser detido em Madri, no fim de junho, pela polícia espanhola. Pouco depois porém, foi liberado ao entregar seu passaporte às autoridades de lá.

Caso o juiz acate a solicitação, o governo brasileiro deverá realizar um pedido soberano ao governo da Espanha para trazer de volta o executivo. Acredita-se, no entanto, ser pouco provável que as autoridades europeias aceitem, já que um acordo assinado em 1988 estabelece que Brasil e Espanha podem recusar a extradição de seus próprios cidadãos.

Além de brasileiro, Gutierrez possui cidadania espanhola. Inclusive, ele se mudou para o país logo que o escândalo das Americanas veio à tona.

No documento, o MPF argumenta que, caso a extradição seja negada, irá pedir que o ex-CEO da varejista seja processado e julgado na Espanha mesmo: “O presente requerimento se faz necessário na medida em que, caso negada a extradição, abre-se a possibilidade de processamento do requerido no Reino da Espanha”.


BS20240715153335.1 – https://oglobo.globo.com/economia/negocios/noticia/2024/07/15/acionista-da-americanas-agora-detem-125percent-das-acoes-da-empresa-veja-quem-e.ghtml