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Campeões das edições de 2015 e 16 da Copa América, o Chile vem colecionando fracassos e não tem estimativa de crescimento no futebol em um futuro próximo
O Brasil terá uma boa oportunidade de afastar um pouco a pressão, nesta quinta-feira. A equipe comandada por Dorival Jr terá o Chile pela frente, às 21h, no estádio Nacional de Santiago, e em partida válida pelas Eliminatórias Sul-Americanas. Se enfrentá-lo seria uma dura tarefa há tempo atrás, hoje, o próximo adversário da seleção tornou-se um dos mais fracos de todo o continente, o que escancara o congelamento do futebol local nos últimos anos.
Os clubes chilenos passaram a ser, em sua grande maioria, administrados por “Sociedades Anônimas do Esporte Profissional” nos últimos anos. As SADPs ajudaram a reduzir os problemas financeiros dos mesmos, com pagamento de salários atrasados e de dívidas. Porém, segundo o jornalista esportivo chileno José Tomás Fernández Pumarino, esta mudança contribuiu para atual situação do futebol no país.
— Estas foram as últimas gerações que foram treinadas e fizeram categorias de base com os clubes esportivos sociais, antes das sociedades anônimas. Elas foram formadas por clubes que garantiam que seus estudos estivessem em dia, que cuidassem de sua alimentação e que competissem. Hoje, os dirigentes do futebol chileno não têm nenhuma relação ou interesse no clube do qual são proprietários e a única coisa que lhes interessa é a conta fechar no fim do mês, não perder dinheiro. Com isso, eles investem pouco na formação de novos jogadores — explicou o jornalista.
O Chile nunca teve grande tradição dentro do cenário sul-americano no esporte. No entanto, despontou como uma grata surpresa, sendo destaque a partir do ciclo para a Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil. Apesar de ter caído nas oitavas de final da competição, os títulos da Copa América nos dois anos seguintes consolidaram o ótimo trabalho de Jorge Sampaoli à frente da “geração de ouro” do país.
Para além da liga entre time e comissão técnica, a “La roja” tinha um arsenal de grandes jogadores, algo incomum na história do país. Bravo, Gary Medel, Charles Aránguiz, Marcelo Díaz, Arturo Vidal, Mauricio Isla, Eduardo Vargas e Alexis Sánchez foram alguns dos nomes que internacionalizaram o futebol chileno, na época, com passagens por times europeus, alguns para concorrentes dos principais títulos do continente.
Após ter conquistado a Copa América Centenário em 2016, a segunda consecutiva e também da sua história, o cenário começou a mudar. Apesar de ainda contar com parte dos jogadores que elevaram o Chile de patamar, a saída de Sampaoli causou um impacto negativo imediato. O novo comandante, Juan Antônio Pizzi, chegou com a difícil missão de substituir o mais vitorioso da história do país, e sequer chegou perto atender às expectativas.
O trabalho de Pizzi terminou de maneira melancólica, com a não classificação do país para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Na ocasião, o grande responsável por decretar o fim da “geração de ouro” foi justamente o Brasil. A equipe comandada por Tite, à época, derrotou os chilenos por 3 a 0, na última rodada das Eliminatórias Sul-Americanas e os deixaram de fora da competição.
Já com os grandes jogadores mais velhos e a escassez de joias, o Chile passou por um ciclo conturbado, para a Copa do Catar. Houve troca de comando, de Reinaldo Rueda (ex-Flamengo) para Martín Lasarte, no período, que não foi suficiente para recolocar o país na maior competição de seleções do mundo.
José Fernández afirma que o mau momento vivido pela seleção está totalmente interligado ao cenário de queda das equipes chilenas. Para ele, o sucateamento das categorias de base é consequência da falta de investimento dos empresários, donos dos clubes, que “sempre quiseram ter a sorte de encontrar um bom jogador e vendê-lo por uma quantia alta”, mas que pela falta de projeto, é algo raro no contexto atual.
— Hoje em dia, até mesmo os grandes clubes do Chile estão encontrando dificuldades para vender e, em geral, o nível caiu muito, principalmente pelo fato das novas gerações serem mal treinadas. Nosso torneio é de baixo nível, então imagine como são os do sub-20, 18 ou 17. Eles são vítimas e acabam indo para o profissional sem um bom processo de treinamento, o que prejudica a evolução do futebol nacional.
A uma rodada do fim do primeiro turno das Eliminatórias, o Chile ocupa a penúltima posição da tabela — neste momento. Com apenas cinco pontos conquistados em oito partidas, está cinco atrás da zona de classificação direta para Copa do Mundo. Caso fique fora da terceira edição seguida do torneio, a “La Roja” passará pelo mesmo jejum de participações de outra oportunidade.
Fora dos Mundiais de 1986, 90 e 94, a seleção chilena foi barrada pela Fifa de disputar as duas últimas por uma situação inusitada, em uma partida contra o Brasil. A decisão ocorreu após o goleiro Roberto Rojas fingir estar seriamente ferido por um rojão jogado pela torcida brasileira, para forçar um abandono da partida. O Brasil ganhava o jogo por 1 a 0 com 23 minutos restantes de jogo e uma derrota eliminaria o Chile da disputa.
Ao estudar o vídeo do jogo, a entidade máxima do futebol entendeu que o rojão não havia acertado Rojas e o evento todo não havia passado de uma encenação da equipe chilena. O goleiro foi banido para sempre do futebol, o Brasil ficou com o resultado de 1 a 0 e a Seleção Chilena acabou impedida de disputar partidas oficiais por cinco anos.
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