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1 de fevereiro, 2025

LEILA: DE ONDE VEIO, PARA ONDE VAI? A SENADORA Leila Barros se lançou candidata a governadora do Distrito Federal e já cometeu a primeira gafe: disse que queria ser a primeira governadora do DF. Alguém precisa avisar que não dá: a primeira foi e sempre será Maria De Lourdes Abadia. E Leila quer se apresentar …

LEILA: DE ONDE VEIO, PARA ONDE VAI?

A SENADORA Leila Barros se lançou candidata a governadora do Distrito Federal e já cometeu a primeira gafe: disse que queria ser a primeira governadora do DF. Alguém precisa avisar que não dá: a primeira foi e sempre será Maria De Lourdes Abadia. E Leila quer se apresentar como novidade na política. Também não dá: foi candidata derrotada a deputada distrital em 2014 e já é senadora há quatro anos.

CRISE DE IDENTIDADE

LEILA também precisa definir quem é. Candidata a distrital, se apresentou como Leila Barros; candidata a senadora – graças a uma sugestão do jornalista Paulo Fona – foi transformada em Leila do Vôlei. Deu certo, mas ela mexeu em time que estava ganhando e, eleita, voltou a ser Leila Barros. Agora, novamente candidata, está de partido novo, o PDT, mas voltou ao nome velho: Leila do Vôlei. Será crise de identidade?

ACUSAÇÕES ESTÃO NO AR

INDEPENDENTE do nome, no entanto, é bom Leila se preparar para a campanha, até porque terá que explicar as acusações que pesam sobre a OnG que ela e a também ex-jogadora Ricardo mantinham, gerindo uma das unidades das Vilas Olímpicas, ainda no complicado período do governo de José Roberto Arruda.

UMA HERANÇA MALDITA

E LEILA – Barros ou do Vôlei – ainda vai carregar toda a herança de Rodrigo Rollemberg, já que durante todo o governo ocupou a Secretaria de Esportes e o titular não se dispôs a defender seu legado numa nova disputa com Ibaneis Rocha. Mais do que Rafael Parente, que nem morava em Brasília na época do governo Rollemberg, Leila vai ter que responder pelo desastre administrativo que foi o governo anterior.

OS RECADOS DE IBANEIS

EM ENTREVISTA à TV Brasília, ontem, o governador Ibaneis Rocha mandou alguns recados importantes. Um deles para o senador Reguffe, que foi elogiado pela atuação como parlamentar que destinou suas emendas para obras no DF, especialmente na saúde. Mas como lembra um assessor, o governador deixa tacitamente a mensagem de que destinar dinheiro é uma coisa, construir é outra.

DIFÍCIL É DESTRAVAR

FOI o que aconteceu com o Hospital Oncológico, que está em construção ao lado do Hospital da Criança. Reguffe foi um dos parlamentares que destinou emendas para o projeto, que por incompetência do governo anterior não saiu do papel, até que Ibaneis Rocha foi eleito e destravou o emaranhado legal que impedia a obra.

ELOGIO A BIA KICIS

IBANEIS também mandou um recado para a deputada Bia Kicis (PL), reconhecendo sua atuação em favor do Distrito Federal na Câmara Federal. Desta forma, o governador corrigiu um deslize anterior, quando não citou a parlamentar entre os deputados que ajudaram o DF.

RECONHECIMENTO DE COMPETÊNCIA

O TERCEIRO recado foi para a Polícia Civil, já que na nota sobre a ação dos servidores públicos que agiram com presteza no caso do jornalista Gabriel Luiz, da TV Globo, ele não citou nominalmente a corporação, embora tenha citado a Secretaria de Segurança Pública. O governador achou por bem parabenizar diretamente os policiais civis que novamente deram um show, ao desvendar o crime em poucas horas.

FRANCO FAVORITO

O GOVERNADOR também acabou com todas as dúvidas sobre sua candidatura à reeleição. Ele afirmou que já tinha declarado que só disputaria se sentisse que a população o apoiava; e baseado nas pesquisas ele é o franco favorito até o momento. Ibaneis tem andado muito pelo DF e nunca foi mal recebido em qualquer lugar, o que aumenta a confiança dos seus apoiadores.

PRAGMATISMO FEDERAL

SOBRE a eleição nacional, o governador foi pragmático: “O PT nunca esteve e nem estará comigo na eleição, a maioria dos partidos que compõem a base estão com Bolsonaro; portanto, o presidente terá palanque no DF”. Ainda assim defendeu a candidatura da senadora Simone Tebet, do MDB, à presidência. “Um partido do tamanho do MDB tem que ter candidato à presidência da República para expressar suas ideias”, disse.

 

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