PAULA BELMONTE E AS NOTÍCIAS FALSAS

A DEPUTADA federal Paula Belmonte (Cidadania) faz qualquer coisa pelos holofotes, inclusive – ou principalmente, não se sabe – espalhar notícias falsas, o que hoje vem sendo chamado de fake news. A parlamentar já vem sendo investigada por suas ações pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ao lado do marido, o advogado Luis Felipe Belmonte, o mesmo que tentou criar um partido político para o presidente Jair Bolsonaro mas naufragou. Mas não parou de inventar.

CONTRA A UPA QUE NÃO EXISTE

ELA está colocando mais argumento nas mãos de seus detratores ao disparar, em suas redes sociais, notícias falseadas sobre o atendimento das UPAs do Distrito Federal, na sua sanha de falar mal do governo Ibaneis Rocha. Ela enumerou seis das 13 UPAs, citando as unidades de Ceilândia, Vicente Pires, Samambaia, Núcleo Bandeirante, Paranoá e Sol Nascente – essa, aliás, nem existe. Talvez ela esteja se referindo à UPA Ceilândia II, mas é preciso conhecer a cidade para saber disso.

ATAQUE SÓ PREJUDICA QUEM PRECISA

AO PROPAGAR fake news contra as UPAs, Paula Belmonte não apenas se dá ao trabalho de gerar pânico, como também ataca o SUS, o consagrado Sistema de Saúde Pública que atende a população que mais precisa: os pobres. Rica e poderosa, com o plano de saúde do Congresso garantido, Belmonte não parece se preocupar com isso.

AS PERNAS CURTAS DA MENTIRA

O CAOS propagado pela nobre parlamentar não se sustenta diante do trabalho das UPAS. Às 19 horas do dia 2, quando Belmonte fez o post, as seis UPAS citadas estavam atendendo normal e plenamente a 201 pacientes, com uma equipe de 18 médicos. É o que demonstra o boletim do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF), emitido diariamente no início de todas as noites, sobre a situação em todas as 13 UPAs que administra.

AGORA DÁ CONDENAÇÃO

OS ANTIGOS dizem sabiamente que mentira tem pernas curtas, mas atualmente pode dar em condenação. Propagar fake news é crime, como bem sabe a deputada, que já responde por isso no STF.

A IRRITAÇÃO DE IZALCI

SE alguém quer ver uma pessoa irritada é só conversar com o senador Izalci Lucas (PSDB). Ele está profundamente contrariado com a deputada Paula Belmonte (Cid), que está se arvorando de candidata a governadora, se o senador Reguffe (União) preferir disputar a reeleição. Izalci reclama a vaga para si, mas como seu partido está federado ao de Belmonte, só um deles pode ser candidato e ele não abre mão da vaga, até porque o PSDB é maior.

REGUFFE FORA DA BRIGA

ELE reclama aos aliados que a deputada está em seu primeiro mandato e não mostrou ainda ao que veio. Brande o currículo parla-mentar e a atuação junto ao eleito-rado brasiliense. Quem vê tudo de camarote é o senador Reguffe, que não quer entrar na briga dos dois, até porque tem planos de continuar no Senado para lutar que algumas de suas propostas virem lei, mesmo correndo o risco de ser contestado por sempre ter lutado contra todo tipo de reeleição. A cidade aguarda as cenas dos próximos capítulos.

CENA POLÍTICA

NA INAUGURAÇÃO da bela escola que o GDF construiu em Planaltina a partir de um albergue abandonado há anos, uma cena chamou a atenção dos presentes. A deputada federal Flávia Arruda (PL), candidata ao Senado, virou-se para o ex-secretário e atual candidato a deputado Gilvan Máximo (Rep) e perguntou, se referindo a Damares Alves: “Onde está sua candidata ao Senado?”. Antes que Máximo pudesse ficar sem graça o governador Ibaneis Rocha intercedeu: “A Sua candidata ao senado está aqui, é a Flávia”. Pano rápido.

QUEM DISSE?

ALIÁS, uma perguntinha: quem disse que Damares tem voto no DF?