www.brasiliaagora.com.br.
AGORA-DF
1 de fevereiro, 2025Pressão sobre Reguffe não surte efeito A deputada federal Paula Belmonte (Cid) está perdendo a paciência. A pressão que ela e o marido – o suplente do senador Izalci, Luis Felipe Belmonte – estão fazendo sobre o senador Reguffe(foto), não vem surtindo efeito. O senador parece ter descoberto a verdadeira intenção por trás do apoio …
Pressão sobre Reguffe não surte efeito
A deputada federal Paula Belmonte (Cid) está perdendo a paciência. A pressão que ela e o marido – o suplente do senador Izalci, Luis Felipe Belmonte – estão fazendo sobre o senador Reguffe(foto), não vem surtindo efeito. O senador parece ter descoberto a verdadeira intenção por trás do apoio insistente para que ele dispute a eleição ao GDF, contra Ibaneis Rocha, e vem postergando sua decisão. Paula já fala em sair, ela mesma, na disputa.
À espera de Izalci
Enquanto isso, a deputada trava outra disputa, mais encardida, com o senador Izalci Lucas, pela indicação da federação formada entre PSDB e Cidadania. A federação já é uma realidade e, atualmente, o senador está inelegível, mas ainda assim insiste que poderá ser candidato ainda que com base em uma liminar – que ele ainda não tem. E nem adianta fazer pesquisa: os dois pontuam muito mal.
Uma deputada sem Lei
Mas a parlamentar tem problemas adjacentes. Paula Belmonte ainda não conseguiu aprovar um projeto de lei de sua autoria. Inclusive porque são muito pouco, alguns até estapafúrdios. Entre as poucas propostas que apresentou, destaca-se a que autoriza o uso da ozonioterapia no tratamento da Covid-19, tratamento que não tem qualquer comprovação científica da eficácia, pela qual o paciente – ou vítima? – recebe gás ozônio via anal ou vaginal. O projeto, apresentado em plena pandemia, continua devidamente engavetado. Tomara que continue.
Na bancada da bala
Paula Belmonte também defende propostas que incomodam até mesmo a cúpula do seu partido, o Cidadania, antigo Partido Comunista Brasileiro. A deputada, por exemplo, votou a favor do congelamento de salário de servidores públicos, da anistia a desmatadores de florestas e, com a bancada da bala, pela flexibilização da posse e comercialização de armas fogo. Rá-tá-tá-tá!
A favor da escola particular
A representante do Distrito Federal também foi a única parlamentar do Cidadania a votar contra a anistia da dívida das igrejas e contra a convocação de uma Convenção Interamericana contra o Racismo. Pior: também foi a única de sua bancada a votar para que fossem retirados recursos do ensino público para bancar escolas particulares.
Contra os servidores
Um dos votos mais controversos de Paula Belmonte foi a posição favorável ao congelamento dos salários dos servidores públicos. Muito fácil congelar salário de trabalhadores para uma empresária rica, poderosa e com mandato. Paula, assim como os demais deputados federais, ganha por mês R$ 33.763,00 ou R$ 405.156,00 ao ano, isso sem incluir o 13º e a verba de gabinete anual de R$ 1.340.107,08.
A turma dos bens
Em bens declarados à Justiça Eleitoral em 2018, ela acumulava uma fortuna de R$ 5.658.598,64. Dinheirama adquirida apenas em aplicações financeiras. Nesses três anos e meio de parlamento, a fortuna dela certamente não congelou. Isso sem contar o dinheiro do marido, Luis Felipe Belmonte, um dos advogados mais ricos do Distrito Federal. Ter dinheiro não é crime e nem pecado, mas os servidores não têm nada com isso.
Oposição ou situação?
O deputado Fernando Fernandes precisa se decidir. Passou todo o período de governo ao lado de Ibaneis Rocha, chegou a ocupar um dos mais prestigiados cargos do GDF – a administração regional de Ceilândia –, indicou vários cargos e votou em projetos do governo. Agora, às vésperas da eleição, está alimentando as redes sociais com críticas ao governo, como se fosse oposição. Não é.
Damares ainda em fuga
A ex-ministra Damares Alves (Republicanos) continua se apresentando como candidata ao Senado pelo Distrito Federal, mas tem dispensado entrevistas. Procurada por vários órgãos de imprensa, ela até chega a confirmar a conversa, mas sempre dá um jeito de desmarcar. Está ficando claro que não tem muito a dizer e quer evitar o constrangimento de que não sabe nada da unidade que quer representar.