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31 de janeiro, 2025

VALE TUDO: CAIXÃO VIRA PALANQUE ALGUNS deputados distritais continuam confundindo caixão com palanque. Ao invés de buscarem ajudar na solução para problemas causados pela pandemia, tentam atrapalhar, sem se importar com a dor das famílias afetadas pelo vírus. O deputado Leandro Grass parece ter um certo orgulho em sapatear sobre os mais de oito mil …

VALE TUDO: CAIXÃO VIRA PALANQUE

ALGUNS deputados distritais continuam confundindo caixão com palanque. Ao invés de buscarem ajudar na solução para problemas causados pela pandemia, tentam atrapalhar, sem se importar com a dor das famílias afetadas pelo vírus. O deputado Leandro Grass parece ter um certo orgulho em sapatear sobre os mais de oito mil brasilienses vitimados ela covid-19, acreditando que vai conseguir notoriedade a partir do luto alheio. Grass não conseguiu convencer a maioria dos deputados que é melhor procurar algum eventual erro do que buscar meios para aumentar leitos e oferecer tratamento eficaz para as vítimas, ou ajudar a conscientizar as pessoas a não aglomerar, usar máscara e manter mãos limpas com água e sabão ou álcool. Agora, quer que a Justiça passe por cima da vontade soberana da CLDF, desrespeitando os colegas. E ainda ganhou apoio de outros sapateadores: Reginaldo Veras, Arlete Sampaio e Fábio Félix. Vale tudo por um voto.

A COMPANHEIRA IDEAL

A MINISTRA Flávia Arruda, ainda nova na política, já tem um currículo respeitável. Deputada federal mais votada no Distrito Federal nas últimas eleições, se destacou na Câmara inclusive como presidente da poderosa Comissão Mista de Orçamento e chegou ao primeiro escalão do governo federal. Méritos não lhe faltam. É comunicativa, articulada e sabe dosar suas atuações federais e locais. Por todos esses predicados, é uma desejada companheira de chapa. Mas há o que incomode pessoas que, sinceramente, querem o bem dela: o excesso de crédito ao ex-governador José Roberto Arruda, marido dela.

PELO PRÓPRIO CAMINHO

É COMPREENSÍVEL que ela valorize o papel de Arruda sempre que possível, mas em algumas aparições recentes ela exagerou. Quando esteve em Arniqueiras ontem (20), por exemplo, ela tentou mostrar que o governo do marido foi diferente dos últimos dois governadores – Agnelo e Rollemberg – afirmando que tudo havia começado com ele e que as obras de urbanização que vão ser iniciadas agora teriam sido feitas por ele. Não precisava tanto. Arruda ainda é dono de um caminhão de votos, mas foi preso, perdeu o cargo e está com os direitos políticos cassados até hoje. Flávia tem uma ampla avenida pela frente.

PAPEL DE PROTAGONISTA

MAS uma coisa ninguém discute: Flávia Arruda será um dos principais nomes na eleição de 2022, seja qual for o cargo que ela escolher. E pelos próprios méritos.

UM PT ALARANJADO…

O PARTIDO dos Trabalhadores não é mais o mesmo. Antes soberano e intransponível, uma ala importante da agremiação está defendendo abrir mão da cabeça de chapa no Distrito Federal em nome de um projeto federal. Há uma adiantada conversa com o Partido Socialista Brasileiro (PSB), de Rodrigo Rollemberg, para tentar fechar um acordo para levar a senadora Leila Barros, que um dia foi do vôlei, para a cabeça de chapa majoritária, deixando para o PT a vaga ao Senado – que pode ser da atual deputada Erika Kokay.

…OU MAIS VERMELHO AINDA

MAS não vai ser fácil fechar o acordo. Velhos petistas acreditam que o partido não pode abrir mão de lançar candidato a governador no Distrito Federal. Já têm até candidato: o ex-

-deputado Geraldo Magela, que é um nome mais palatável para unir outros partidos mais à esquerda e, mais importante, muito forte no partido. A queda de braço pode chegar ao supremo do partido, ou seja, o líder máximo da legenda, Luiz Inácio Lula da Silva é quem vai decidir.

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