Impasse na federação entre PSDB e Cidadania

Dizem aqueles que espalham boas notícias, que está perto a solução do impasse criado com a federação do PSDB e Cidadania no Distrito Federal. Mas a verdade é que o presidente tucano e senador Izalci Lucas não admite outra posição no acordo que não seja sua candidatura ao GDF, o que contraria a posição da presidente do Cidadania, deputada federal Paula Belmonte, que tem tentado costurar uma coligação com outros partidos.

Izalci: frágil mas de pé

Quem assiste a contenda de longe vê faíscas, mas em política tudo é possível. Izalci tem sua posição fragilizada por causa do crime a que foi acusado – e condenado – por ter desviado equipamentos de informática destinado a escolas públicas para o próprio comitê de campanha, quando era secretário de Ciência e Tecnologia no governo Arruda. Ainda assim, munido de uma permissão judicial, ele quer disputar a eleição.

Notícia velha

Muita gente não se lembra, mas Izalci lançou sua candidatura ao governo do DF antes de todo mundo. Ainda antes da eleição de segundo turno em 2018, quando Ibaneis Rocha seria eleito, ele declarou que disputaria o próximo pleito, esquecendo o fato de que tinha sido eleito senador graças ao apoio do atual governador.

Arruda e os tribunais

O ex-governador José Roberto Arruda tem falado aos quatro ventos que será liberado para disputar as eleições. Ele, como ninguém, não sabe o que se passa na cabeça de um juiz, mas isso não impede o otimismo. Arruda só não diz qual será a disputa que vai entrar. Diante dos resultados de três pesquisas registradas pelo TER, ele pensa em deixar a tentativa de voltar ao governo para depois e pode tentar uma cadeira de deputado federal.

Olhando no espelho…

Quando voltou depois de cair no caso do painel, no Senado Federal, Arruda se candidatou à Câmara e foi o deputado federal mais bem votado do Brasil, com cerca de 25% dos votos. Ele está mirando no próprio exemplo para voltar à vida pública. O espelho pode ser bom conselheiro.

…e também no calendário

Arruda marca até data para ser liberado para as eleições: 2 de julho.

Atendidos, mas na fila

As filas nas agências do Cras – Centro de Referência de Assistência Social – são o calo do atual governo, mas a responsabilidade deve ser dividida com o governo federal que criou um questionário de 300 perguntas para que as pessoas sejam cadastradas. Demora demais e não revela muito mais do que um questionário menor. Mas o GDF deveria mostrar que a grande maioria das pessoas que estão nas filas já são atendidas por algum dos programas sociais.

Paulo Octávio nas ruas

O empresário Paulo Octávio, presidente do PSD, é um resiliente. Mesmo com os resultados pouco promissores das últimas pesquisas ele mantém sua candidatura na rua, circulando por todo o Distrito Federal de uma maneira que não se vi há tempos. P.O. sabe que é reconhecido por seu trabalho empresarial que, além de empregar milhares de pessoas, cuida bem dessas pessoas, que têm chance de crescer dentro das empresas a partir de cursos de qualificação.

Uma batalha épica

Mas a batalha por uma vaga – a única – no Senado será encardida como nunca foi numa eleição. A faixa mais à direita está embolada com Flávia Arruda, Damares Alves, Paulo Octávio e, sim, ele se diz candidato, Gim Argello (Pros); a do centro tem Reguffe (União) e Paulo Roque (Novo) e a da esquerda tem Rosilene Alves (PT) e quem vier pelo PSol/Rede e pelo PSB. A conclusão óbvia é uma só: vai sobrar candidato.

Deu ruim

Não está fácil a vida do senador Reguffe no União Brasil.