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20 de junho, 2022

Antes das urnas, as pesquisas Mais uma série de pesquisas está vindo à luz esta semana, mostrando o grande interesse que as eleições do Distrito […]

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TSE - Tribunal Superior Eleitoral Urna eletrônica

Antes das urnas, as pesquisas

Mais uma série de pesquisas está vindo à luz esta semana, mostrando o grande interesse que as eleições do Distrito Federal despertam em vários setores. Algumas das consultas seguem todas as regras eleitorais, são registradas no Tribunal Regional Eleitoral e podem ser divulgadas ao público. Outras são para consumo interno de entidades empresariais ou mesmo empresas interessadas em apoiar algum candidato ou, quem sabe se preparar para a eventualidade das chances eleitorais dos partidos.

Liderança folgada para GDF

Nenhuma das pesquisas traz surpresa quando a consulta é para saber as chances dos candidatos a governador: Ibaneis Rocha (MDB) está sempre na liderança folgada, seja nas consultas espontâneas ou nas estimuladas, quando são apresentados vários cenários, com vários candidatos. Raros adversários alcançam dois dígitos percentuais na percepção dos eleitores, um ambiente de tranquilidade para o atual governador.

Complicação na presidência

Mas nas demais disputas eleitorais a situação não é tão tranquila, a começar pela eleição presidencial. O presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda está à frente de seu principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas a distância diminuiu nas últimas consultas. O desgaste de Bolsonaro começa a partir da confiança que o brasiliense tem nas urnas eletrônicas: os que confiam nos resultados são ampla maioria.

Emoção para o Senado

A disputa pelo Senado ganhou emoção com a entrada da ex-ministra Damares Alves (Rep) em campo. É a disputa em que as pesquisas mais divergem – algumas colocam até quatro competidores virtualmente empatados: a deputada Flávia Arruda (PL), Damares, o senador Reguffe (União) e a deputada Erika Kokay (PT). Kokay não será a candidata do partido; dará lugar a Rosilene Correa, mas mostra a força petista no DF.

Favoritismo e corrosão

Mas a consulta feita por uma entidade empresarial dá uma larga vantagem à Flávia Arruda. E ainda mostra o fenômeno da corrosão de votos sofrida pelo senador Reguffe desde que se instalou no União Brasil, um partido mais voltado à direita, campo em que o parlamentar não circula tão bem. Os eleitores de centro-esquerda parecem ter se decepcionado com a postura de Reguffe, que terá que refazer sua imagem ideológica.

Distância cobra seu preço

O senador Reguffe sempre trabalhou à margem dos partidos, se apresentando muitas vezes como um lobo solitário pela ética na política. Funcionou até hoje, mas agora ele parece estar na berlinda. Ter ficado mais de três anos sem partido em seu mandato como senador afastou Reguffe das comissões e das decisões mais importantes do Senado. Com a ida para o União, esse descompromisso com as agremiações ficou ainda mais evidente.

Escolha será difícil

Esta semana Reguffe deve se posicionar sobre o cargo que vai disputar. Não será escolha fácil como um pesquisador anotou: “A falta de posicionamento do senador Reguffe tem um preço: ele não consegue se consolidar em nenhum dos cenários para governo ou Senado”.

Na Câmara, congestionamento

Mas a grande disputa mostrada pelas pesquisas é pelas oito vagas de deputado federal, onde aparecem alguns grandes nomes da política brasiliense, incluindo três ex-governadores (podem ser quatro ou até cinco se José Roberto Arruda (PL) se livrar da ficha suja e Paulo Octávio (PSD) desistir de disputar o Senado). As novas regras eleitorais também dificultam a vida dos candidatos, já que exigem que cada partido – ou federação – consiga pelo menos 180 mil votos para fazer um candidato eleito.

Um deputado por partido

Além dos ex-governadores, outros políticos de expressão – e com votos, pelo menos em eleições passadas – estão na disputa. Especialistas em cálculos eleitorais acreditam que dificilmente um partido fará mais de um parlamentar na próxima legislatura federal. O cálculo só muda se um grande campeão de votos participar da disputa, casos de José Roberto Arruda e Reguffe, que têm potencial para se eleger e ainda contribuir para a eleição de um segundo parlamentar com a complementação dos votos de legenda.

 

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