Sabe o que são platitudes? Reguffe explica

Banalidades, vulgaridade, sensaboaria, insipidez, monotonia, lugar-comum. Todos esses substantivos são sinônimos de platitudes, que é a palavra que mais se encaixa para definir o modorrento discurso do senador Reguffe, quando lançou sua candidatura ao GDF, na última sexta-feira (24). Soou muito estranho – até entre os aliados – que o senador tenha dito que impõe certas condições para manter a candidatura. Ou seja: Reguffe disse que desceu do muro falando de cima do muro.

Esqueçam o que eu falei

Certa vez o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso justificou uma posição adotada como político, adotada contrariamente ao que ele pensava quando estava na oposição, dizendo: “Esqueçam o que eu escrevi”. Com o senador Reguffe vale o mesmo.

Memória está na internet

O senador Reguffe foi um dos maiores opositores do estapafúrdio e bilionário fundo eleitoral, quando de sua aprovação no Congresso Nacional. Agora será um dos maiores beneficiados pelo dinheiro farto do chamado fundão. Vai ser difícil Reguffe explicar ao eleitor que mantém a coerência. Quem quiser saber o que ele achava do fundão é só acessar a internet: https://youtu.be/EU6OY0T3Sh4 . É o dinheiro que ele vai torrar na campanha agora.

Pandemia? O que é isso?

Aliás, nem coerência, nem decência. Reguffe disse que há pacientes esperando por cirurgia há três anos, mas não foi capaz de dizer que neste interim o mundo todo enfrentou uma pandemia que obrigou a maioria das pessoas a ficar em casa e que drenou todos os recursos dos profissionais da saúde. Muitos médicos, enfermeiros e técnicos perderam a vida no combate ao vírus durante este período triste da história. Faltou empatia ao senador.

Protegido na mansão

Aliás, o senador Reguffe foi um exemplo durante a fase mais grave da pandemia: não saiu de casa. Ficou protegido entre as paredes da mansão que comprou no Lago Sul.

Reclamações são muitas

Na semana passada, no lançamento da candidatura de João Renato, do União, à deputado distrital, Reguffe já tinha começado a falar dos problemas de atendimento na saúde pública. Reclamou que pessoas ficam muito tempo esperando por um atendimento, que os exames demoram e toda a ladainha de um oposicionista. Lembrou que mandou recursos para a saúde, mas já tinha dado o tom de que não respeitaria a decência que sempre o caracterizou.

O que é bom ele esconde

Reguffe só falou dos problemas. Mas preferiu esconder que o atual governador, Ibaneis Rocha, foi o governante que mais aplicou as emendas dos parlamentares, mesmo as que vieram de um oposicionista como ele. Ao contrário de governos anteriores, o GDF transformou a intenção de deputados e senadores em realidade, em obras e ações efetivas, como a reforma de seis UPAs e a construção de mais sete, a construção de ampliação de três hospitais (serão cinco até o final do ano) e até a construção do Hospital do Câncer Jofran Frejat.

Recursos engavetados

O caso do Hospital do Câncer é exemplar. Reguffe destinou alguns recursos ao Fundo Nacional de Saúde – e não ao hospital –, mas o projeto ficou engavetado na Caixa Econômica Federal por quase 10 anos. Durante este período, Reguffe não cobrou providencias de seu dileto amigo, o ex-governador Rodrigo Rollemberg. Quem destravou tudo e deu início às obras foi Ibaneis. Mas isso Reguffe não falou. Aliás, nem lembrou que o mundo passou por uma pandemia que deixou quem pode – como o senador – trancado em casa.

A dupla está de volta

O ex-governador Rodrigo Rollemberg é um entusiasmado incentivados da campanha de Reguffe para o governo. É a paga do período em que o senador apoiou seu governo. Não adiantou muito: poucas vezes o Distrito Federal foi tão abandonado.