Reguffe, o sumido, está de volta

O senador Reguffe está há mais de seis anos no Senado, período em que pouco se ouviu falar dele. Ficou anos sem partido, isolado, sem conseguir articular politicamente nada de interesse do Distrito Federal, mas está pronto para ressurgir, usando a mesma estratégia de quando foi candidato a deputado distrital, federal e senador: corpo a corpo virtual.

Assinado, Zé

Esta semana ele disparou uma mensagem de WhatsApp a grupos de apoiadores com uma pequena entrevista à TV Globo, falando de projeto sobre químio oral e colocando um telefone à disposição para quem quiser conversar. No final ele assina: “Abraço forte, Zé (Reguffe).

Não fiz, mas não gastei

Reguffe está há 10 anos no Congresso Nacional – mais quatro na Câmara Legislativa – e não tem exatamente um portfólio de realizações para mostrar. Mas acredita na força das parcas economias que faz no gabinete, onde tem menos servidores do que o Senado Federal oferece a cada parlamentar. É como um adversário disse gaiatamente: “o slogan deve está pronto: não fiz nada, mas não gastei”.

Para onde vai Wally?

De qualquer modo, Reguffe ainda não sabe a qual cargo vai concorrer. O Podemos, partido que enfim o abrigou, prefere que ele seja candidato a deputado federal para fortalecer a legenda num momento crucial para todas as agremiações políticas – o fim das coligações nas eleições para cargos proporcionais deve fazer encolher o número de partidos, já que muitos vão desaparecer. Mas há quem acalente o sonho de vê-lo concorrendo ao Governo. Dizem as más línguas que seria o candidato favorito do governador Ibaneis Rocha, que adoraria enfrentá-lo em um debate.

Ninguém morreu

Já se disse que na política não há morte. Pois hoje (26), durante a inauguração da Ponte do Jóquei, uma nova saída de Vicente Pires, quem apareceu na solenidade foi o ex-deputado distrital José Edmar, que durante muitos anos foi do círculo íntimo do ex-governador Joaquim Roriz e defendeu moradia popular (inclusive incentivando algumas invasões de terra pública). Mesmo sem direito a falar no microfone, o ex-parlamentar fez questão de exprimir sua opinião, gritando.

Ponte para todos

José Edmar elogiou o governador Ibaneis Rocha pelo trabalho feito em Vicente Pires, transformando a cidade em apenas dois anos e disse que a ponte que foi inaugurada não é um benefício apenas para os moradores da região, mas também para quem mora no Guará, Águas Clara e Taguatinga, porque haverá maior fluidez no trânsito. Só faltou dizer que é candidato.

Desculpe o transtorno

A inauguração ocorreu apenas dois dias depois de um grande engarrafamento provocado por um acidente de trânsito na região. Se a ponte já estivesse pronta não haveria o problema que demorou pelos menos três horas para ser resolvido, causando transtornos a centenas de motoristas que passavam pela região.

Duplas impagáveis…

O cinema ofereceu grande duplas para o divertimento das multidões de fãs. Abott e Costello, o Gordo e o Magro, Oscarito e Grande Otello… a lista é enorme. Agora a política vai dar sua contribuição: o senador Izalci Lucas quer convencer o ex-senador Cristovam Buarque a formar uma chapa com ele nas próximas eleições. Izalci quer porque quer disputar o governo e quer ter Cristovam como candidato a senador na chapa.

…mas oportunistas

O esquisito na história é que, há apenas três anos, os dois disputaram o senado, quando Izalci levou a melhor, não sem antes despejar todo tipo de adjetivo maldoso contra Cristovam. Em seus discursos – que estão gravados – Izalci disse que Cristovam não trabalhava, nunca tinha feito nada por Brasília, era incompetente e ultrapassado. De repente, para a nova eleição, Cristovam parece ser o candidato a senador mais preparado, na ótica torta e oportunista de Izalci.

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